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O papel da educação corporativa nos resultados das empresas

Athena Bastos

Athena Bastos


Neste artigo, falaremos sobre a importância da educação corporativa para o mercado de tecnologia: o que é, diferença entre educação empresarial e treinamentos corporativos, universidade corporativa, objetivos e benefícios na atração e retenção de talentos, assim como estratégias de aprendizado empresarial.

“As pessoas são o maior ativo empresarial”. Todos já ouviram essa frase em algum momento, porque, de fato, são as pessoas que movem as organizações. Em um contexto de alta movimentação, pedidos de demissão, concorrência por profissionais e escassez de talentos, a frase parece ainda mais poderosa.

Por mais evoluída que seja uma tecnologia ou uma metodologia corporativa, são as pessoas por trás da operação que dão vida a esses processos até a entrega de valor. E se uma peça chave se faz ausente, tudo pode ruir. O mercado tech bem sabe.

Nesse contexto, as empresas de tecnologia assumiram o protagonismo da gestão de conhecimento, com estratégias de educação corporativa.

Afinal, se as pessoas são importantes, é preciso dar os recursos para implementar os processos com agilidade e inovação. É preciso formar os profissionais de que se precisa. E tudo isso somente é possível com uma experiência de aprendizado estratégica.

educação corporativa

O que é educação corporativa?

Educação corporativa é uma prática empresarial que promove a cultura de aprendizagem entre colaboradores e colaboradoras, bem como estimula a gestão do conhecimento, contribuindo tanto para o desenvolvimento profissional quanto para o crescimento da organização.

Segundo Jeanne Meister, a educação corporativa é um:

“guarda-chuva estratégico para desenvolver e educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as estratégias da organização”

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A experiência de aprendizagem pode envolver:

  • Trilhas de aprendizado diferenciadas;
  • Universidade corporativa;
  • Benefícios em escolas de tecnologia, cursos e treinamentos;
  • Workshops internos;
  • Programas de e-learning, entre outros.

Todas as ações devem ser pensadas para se encaixar na rotina de trabalho. Mais adiante, falaremos de que maneira o microlearning pode contribuir para isso.

Ainda, a estratégia pode se vincular a planos de desenvolvimento individual (PDI), o que permite a preparação para funções e cargos, bem como o reconhecimento pela dedicação.

Para que as estratégias sejam mais assertivas, no entanto, a educação corporativa precisa estar alinhada aos objetivos empresariais.

Dessa maneira, o time de RH ou Talent & Development deve questionar:

  • Qual o intuito da educação organizacional?
  • Quais as Soft Skills e Hard Skills mais demandadas, interna e externamente?
  • Quais as Soft Skills e Hard Skills mais demandadas, interna e externamente?
  • Quem serão as pessoas beneficiadas?
  • O incentivo será individual, setorial ou organizacional?
  • O que se deseja desenvolver?
  • O que é necessário para iniciar os projetos de desenvolvimento corporativo?
  • Quais métricas serão analisadas? Engajamento em cursos? Finalização de cursos em um determinado período?
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Quais os princípios da educação corporativa?

A partir das teorias de Marisa Eboli e Jeanne Meister, observam-se 7 princípios da educação corporativa, quais sejam:

  1. Competitividade: a educação corporativa é um diferencial competitivo;
  2. Perpetuidade: a educação corporativa é parte de um processo da cultura organizacional;
  3. Conectividade: a educação corporativa vem também das conexões entre as pessoas e da democratização das informações;
  4. Disponibilidade: os meios de aprendizado corporativo devem ser acessíveis;
  5. Cidadania: a educação nas organizações estimula a cidadania, o pensamento crítico e a ética dentro e fora da empresa;
  6. Parceria: a organização precisa de apoio de fornecedores e parceiros para promover a educação corporativa;
  7. Sustentabilidade: a educação precisa trazer valor e resultados ao negócio.
princípios da educação corporativa

Evolução da Educação Corporativa

Apesar de parecer se tratar de um conceito atual, a educação corporativa tem uma trajetória desde sua origem até as abordagens atuais, com a elaboração de diversos estudos para uma melhor compreensão do tema.

Na idade média, esse conceito era propagado pelas Guildas Medievais, que nada mais eram do que associações de profissionais de pessoas que trabalhavam como sapateiras, ferreiras, alfaiates, marceneiras, carpinteiras, artesãs, artistas, entre outros.

Essas guildas, eram formadas hierarquicamente por mestres, oficiais e aprendizes, nas quais os mestres transmitiam conhecimentos técnicos específicos aos demais membros.

Já no século XX, grandes empresas começaram a promover treinamentos para áreas como liderança e vendas, com workshops presenciais. Nos anos seguintes, os programas de liderança e parcerias com instituições educacionais ganharam destaque.

No século XXI a revolução digital trouxe e-learning avançado, aprendizado personalizado e adaptativo. Alinhada a estratégias de negócios, a educação corporativa também passou a atender a treinamentos remotos e de bem-estar.

Nesse contexto, fica clara a evolução da educação corporativa com o passar do tempo, evoluindo de treinamentos técnicos básicos para uma abordagem abrangente, visando o desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas, alinhado às estratégias de negócios e às demandas das empresas.

Diferença entre educação corporativa e treinamentos corporativos

Para Idalberto Chiavenato, “treinamento é a educação profissional que adapta a pessoa para um cargo ou função. Seus objetivos situados no curto prazo são restritos e imediatos, visando dar à pessoa os elementos essenciais para o exercício de um cargo”.

O conceito de educação corporativa, por outro lado, engloba toda a experiência de aprendizado dentro de uma organização, inclusive em treinamentos.

Ademais, o treinamento corporativo pode envolver 5 tipos de mudanças comportamentais:

  1. Transmissão de informações, como políticas da empresa, produtos e outros;
  2. Desenvolvimento de habilidades, como Hard Skills relacionados à função ou a tarefas futuras;
  3. Desenvolvimento ou modificação de atitudes, como Soft Skills e mudanças comportamentais;
  4. Desenvolvimento de conceitos, para facilitar a aplicação prática, desenvolver lideranças e elevar o nível de generalização;
  5. Criação de competências individuais e
  6. duráveis, como aumentar conhecimento, habilidades, julgamentos e atitudes.
diferença entre educação corporativa e treinamento corporativo

Educação corporativa — Exemplos

Como vimos, a educação corporativa envolve o desenvolvimento de habilidades, conhecimentos e competências das pessoas colaboradoras de uma empresa, visando melhorar o desempenho, a produtividade e a inovação.

A seguir, listamos alguns exemplos de programas de educação corporativa que as organizações podem implementar:

Treinamento em Habilidades Técnicas e Tecnológicas

  • Cursos de treinamento em software específico;
  • Treinamentos em novas tecnologias relevantes para o setor da empresa;
  • Workshops de programação, análise de dados, design gráfico, etc.

Desenvolvimento de Liderança e Habilidades Gerenciais

Treinamento em Compliance e Ética

  • Treinamentos sobre regulamentos, políticas internas e conformidade legal;
  • Cursos de ética empresarial e responsabilidade social.

    Desenvolvimento de Habilidades Interpessoais

  • Treinamento em habilidades de comunicação, incluindo falar em público e escuta ativa;
  • Workshops de construção de relacionamento, empatia e inteligência emocional.

Desenvolvimento de Produtos e Serviços

  • Treinamento sobre novos produtos/serviços lançados pela empresa;
  • Cursos de atendimento ao cliente e experiência do cliente.

Inovação e Criatividade

  • Workshops de brainstorming e ideação;
  • Programas de estímulo à inovação e intrapreneurship.

Desenvolvimento de Competências Digitais

  • Treinamento em marketing digital, mídias sociais e estratégias de SEO;
  • Cursos de análise de dados, analytics e métricas online.

Treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho

  • Treinamento em práticas seguras no ambiente de trabalho;
  • Workshops sobre ergonomia e prevenção de acidentes.

Desenvolvimento de Idiomas e Comunicação Internacional

  • Aulas de idiomas estrangeiros para colaboradores e colaboradoras que lidam com clientes internacionais;
  • Treinamento em comunicação intercultural.

Treinamento em Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental

  • Workshops sobre práticas sustentáveis no local de trabalho;
  • Treinamentos em gestão de resíduos e redução de pegada de carbono.

Esses são apenas alguns exemplos de como a educação corporativa pode ser implementada nas empresas. O objetivo é adaptar os programas de treinamento às necessidades específicas da organização, para garantir o crescimento contínuo e o desenvolvimento das pessoas colaboradoras.

Aprendizado corporativo e gestão do conhecimento

A educação corporativa pode e deve andar em conjunto às estratégias de gestão do conhecimento. Afinal, o aprendizado corporativo é uma forma de manter o conhecimento dentro da organização.

O conhecimento, em si, pode ser visto como uma “propriedade” das pessoas. No entanto, ele pode ser transmitido e compartilhado entre pessoas e times, para garantir que todos entendam bem os processos e atuem em conjunto para os objetivos empresariais.

A gestão do conhecimento, então, é o conjunto de métodos e tecnologias utilizadas para gerenciar os recursos internos de conhecimento da organização. Isso contribui para aumentar a competitividade da empresa, bem como melhorar seu desempenho.

A seguir, vamos falar sobre o papel das universidades corporativas dentro desse propósito.

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Universidade Corporativa

Principalmente nas grandes empresas, o tema das universidades corporativas é cada vez mais comum, em conjunto às estratégias de Talent & Development e educação corporativa.

Segundo Monteiro et al.:

“Para se manterem competitivas, as empresas enfrentam diferentes desafios econômicos, tecnológicos ou relativos ao mercado de trabalho e às características dos trabalhadores, como, por exemplo, o desejo de decidir quando e onde trabalhar, visando o equilíbrio da vida pessoal com a profissional. [...] Ao mesmo tempo, precisam investir no desenvolvimento contínuo das pessoas. [...] Neste cenário, a educação mediada por tecnologia, ou a distância (EAD), aplicada ao ambiente corporativo é vista como uma opção factível na concepção de instrumentos que possibilitem a aprendizagem e a qualificação continuada durante a vida profissional”

Chiavenato explica que “as universidades corporativas se preocupam acentuadamente com a criação e desenvolvimento de competências individuais duráveis, exatamente como resposta às mudanças que estão ocorrendo e preparando as pessoas para isso.”

É preciso ressaltar que a educação empresarial não depende da estrutura para a criação de uma universidade corporativa. E estratégias assertivas de experiência de aprendizado podem contar com a aliança entre universidades, desenvolvidas internamente, e cursos externos.

O benefício da universidade corporativa é que a empresa possui maior controle sobre o que será disponibilizado. E ela pode ser bastante vantajosa, principalmente para treinamentos de transmissão de informação.

Contudo, os desafios de oferecer conteúdos diversos e de qualidade, levam muitas empresas a buscar por alternativas paralelas, como cursos online sobre temas mais especializados.

Assim, ao mesmo tempo em que a organização pode promover a cultura do aprendizado com os conteúdos por ela produzidos ou sob sua demanda, também investe em qualificação com reconhecimento de mercado, preparando seus times para o futuro.

Qual o foco da educação corporativa para os objetivos empresariais

O objetivo da educação corporativa é desenvolver pessoas colaboradoras, capacitando-as para gerar resultados, desenvolver o senso crítico, inovar e encontrar soluções para as demandas do negócio.

Chiavenato, também a partir da teoria de Jeanne Meister, traz as competências necessárias para os novos ambientes de negócios, na perspectiva do aprendizado organizacional:

  • Aprender a aprender;
  • Comunicação e colaboração;
  • Raciocínio criativo e solução de problemas;
  • Conhecimento tecnológico;
  • Conhecimento global dos negócios;
  • Liderança;
  • Autogerenciamento da carreira.

Qual o objetivo da educação corporativa em tecnologia

A educação corporativa tem sido um diferencial estratégico na área de tecnologia.

Veja, por exemplo, o que Amanda Van Nuys destaca em introdução ao Workplace Learning Report do LinkedIn:

“Agora nós temos a oportunidade de criar uma verdadeira cultura de aprendizado contínuo para construir um local de trabalho mais equiparado e inovar de maneiras que dificilmente imaginaríamos. [...] Tudo começa pelas skills. Nós precisamos ajudar nossos times a desenvolver skills que inspirem aprendizes, gerentes e executivos a co-criar uma cultura de aprendizado que recompense o que os colaboradores já sabem e o ritmo em que aprendem novas habilidades de alta demanda”.

Com o movimento intenso de profissionais, escassez de talentos e crescimento de demandas, o setor de tecnologia utiliza a educação corporativa para capacitar pessoas para as funções mais requeridas.

Não é por acaso que áreas de T&D e L&D despontaram nos últimos anos. Isto porque oferecem a oportunidade de conduzir o aprendizado corporativo com vista no que a organização mais precisa.

Já vimos empresas desenvolvendo laboratórios de inovação não apenas para trazer novas ideias de negócio, mas também formar profissionais, dos níveis iniciantes aos avançados, um investimento em pessoas que certamente retornará para os resultados corporativos.

Quais são as vantagens da educação corporativa?

Antes de falar das vantagens da educação corporativa, vale trazer as razões pelas quais as empresas estão investindo no desenvolvimento de colaboradores e colaboradoras. Segundo Jeanne Meister, essas são algumas das motivações:

  • Emergência da organização não hierárquica, enxuta e flexível;
  • Advento e consolidação da economia do conhecimento;
  • Redução do prazo de validade do conhecimento;
  • Novo foco na capacidade de empregabilidade para a vida toda;
  • Mudanças no mercado da educação global.

Dessa maneira, são vantagens da educação corporativa:

  • Agilidade de negócio;
  • Tomada de decisão estratégica;
  • Práticas e processos mais sustentáveis para o negócio;
  • Renovação do conhecimento;
  • Potencialização da capacidade humana;
  • Adaptabilidade corporativa.
vantagens da educação corporativa

Para além de tudo isso, a educação corporativa também pode contribuir para criar a sensação de pertencimento à empresa. Quando as empresas implementam estratégias de educação colaborativa, estimulam a criação de uma comunidade corporativa.

Assim, se a finalidade da educação, num primeiro momento, era o desenvolver pessoas individualmente, agora se torna desenvolver pessoas coletivamente.

A importância da educação empresarial na gestão de pessoas

Se por um lado a educação corporativa ou empresarial contribui para o crescimento da própria empresa, por outro é vista como benefício para os colaboradores e colaboradoras.

Diante da concorrência por profissionais, de fato, as pessoas estão mais seletivas com as empresas em que escolhem trabalhar. E a possibilidade de se desenvolverem no ambiente de trabalho, adquirindo conhecimento duradouro e, por vezes, com certificação, é visto como um benefício.

Veja, então, de que modo a educação empresarial impacta positivamente sua empresa.

Recrutamento e Seleção

Na área de Recrutamento e Seleção, a educação corporativa tem tanto o papel de oferecer um benefício a mais a candidatos e candidatas, quanto representa uma oportunidade para as empresas.

Entre as práticas inovadoras que visam solucionar o problema da escassez de talentos, está a formação de profissionais iniciantes para essas posições.

Dessa maneira, a etapa de Recrutamento e Seleção pode ter um olhar mais voltado aos potenciais das pessoas que se candidatam, ainda que não tenham a qualificação ou experiência desejadas em um primeiro momento.

No onboarding enfim, a pessoa contratada passará por treinamento de formação e preparação, conforme as necessidades de sua função e da área em que será inserida.

Estratégias de Reskilling e Upskilling

Assim como a educação corporativa abre portas para a formação de pessoas recém-contratadas, também permite o desenvolvimento interno, com estratégias de Reskilling e Upskilling.

Reskilling é o desenvolvimento de skills em uma área diferente da formação da pessoa, horizontalmente. Ou seja, dialoga bastante com a recolocação interna e é bastante interessante quando a mobilidade pode oferecer oportunidades para posições de difícil demanda.

Enquanto isso, Upskilling se relaciona ao aprimoramento de skills na mesma área, verticalmente. Então, pode contribuir para acelerar o aprendizado de profissionais mais iniciantes ou formar pessoas para posições mais seniores.

Ambas as estratégias contribuem para a recolocação interna e a preparação para novas funções.

Employer Branding

O Employer Branding contribui tanto para a retenção de talentos quanto para a atração de novos talentos. Afinal, quanto mais positivo for o trabalho em uma empresa, quanto melhor a sua imagem para o mercado, também mais atrativa ela será.

Nesse sentido, a educação corporativa possui um papel que ultrapassa o benefício direto a colaboradores e colaboradoras.

O incentivo ao aprendizado desperta nas pessoas a sensação de pertencimento e de valorização dentro da organização, tornando sua experiência com a empresa mais positiva. Em consequência, as pessoas tendem a engajar mais e divulgar mais a organização.

Retenção de Talentos e engajamento

Pessoas valorizadas tendem a ficar mais tempo em um lugar. Pessoas que aprendem tendem 2x mais.

Segundo a pesquisa do LinkedIn que citamos anteriormente, as empresas que promovem mais a mobilidade interna, com incentivos ao Reskilling e aprendizado de novas funções, tendem a contar com pessoas que permanecem até o dobro de tempo junto a elas.

Portanto, investir em educação corporativa é investir em relações mais duradouras entre empresa, colaboradores e colaboradoras.

Em um mercado profissional concorrido como o da tecnologia, isto significa ter menos gastos com turnover, além de contar com pessoas mais felizes em suas funções e qualificadas para elas.

Mas a educação empresarial também engaja pessoas. Assim como aproxima empresa, funcionários e funcionárias, a experiência de aprendizagem permite que as pessoas se sintam parte do resultado final e engajem mais nas ações corporativas.

Business Agility

A educação corporativa possui inúmeros benefícios, alguns dos quais são particulares de cada empresa. Porém, não poderíamos deixar de mencionar os benefícios em Business Agility.

Business Agility é o modelo que visa aumentar a capacidade e a velocidade corporativa de adaptação, transformação e entrega de resultado e valor aos clientes.

Os últimos anos despertaram muitas empresas para a necessidade de atuarem com rapidez, transformando seus processos para as exigências do contexto. Contudo, isto somente foi possível na medida do domínio da técnica e da cultura corporativa.

A educação corporativa, ao incentivar uma cultura de aprendizado contínuo, impulsiona a atualização em novas técnicas e o olhar para as tendências, garantindo não apenas a adaptação e flexibilidade exigidas pelo mundo contemporâneo, como também um pensamento pautado pela inovação.

Recomendação de livros

Para saber mais sobre educação corporativa, aqui estão algumas recomendações de livros:

  • Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos”, Marisa Eboli;
  • Educação corporativa: a gestão do capital intelectual através das universidades corporativas”, Jeanne Meister;
  • Quando os gigantes aprendem a dançar”, Rosabeth Moss Kanter;
  • Recursos humanos: o capital humano das organizações”, Idalberto Chiavenato.

Como construir uma cultura organizacional de aprendizado

Para ajudar você a construir uma cultura organizacional de aprendizado, em que as estratégias de educação corporativa possam alcançar seu potencial, trazemos 3 conceitos essenciais:

  • Lifelong Learning;
  • Microlearning;
  • E-learning.

Lifelong learning

Qual conhecimento será necessário amanhã? Talvez a linguagem de programação utilizada a mais de uma década seja atualizada. Talvez surja uma nova. A tendência é que com a evolução tecnológica, também as Hard Skills se modifiquem. E as empresas precisam acompanhar esse processo.

Lifelong learning é o conceito de educação ao longo da vida, de aprendizado contínuo.

"O conceito de educação ao longo da vida é a chave que abre as portas do século XXI; ele elimina a distinção tradicional entre educação formal inicial e educação permanente". (Jacques Delours)

Ler notícias, acompanhar movimento de mercado, fazer cursos e treinamentos, novas formações. Tudo isso se relaciona ao lifelong learning.

É claro que a escolha de se desenvolver continuamente é individual, mas a empresa pode incentivar esse movimento através da cultura organizacional e da educação corporativa.

Muitas pessoas deixam de se desenvolver por não encontrarem espaço e tempo, diante das necessidades pessoais e profissionais.

Oferecer, então, esta oportunidade, é uma forma de apoiar o desenvolvimento, não obstante o direcionamento às necessidades funcionais e corporativas.

Veja uma live com a Globo sobre o tema:

https://www.youtube.com/live/goByIMuMZkY?feature=share

Microlearning

Microlearning é uma metodologia de aprendizado e desenvolvimento a partir de doses de conhecimento de curta duração, mas alto foco.

Assim, permite que as pessoas se aprofundem em temas, gradativamente, por meio de aprendizado contínuo, planejado e segmentado.

Anteriormente, mencionamos que o microlearning é uma boa prática para a educação corporativa, porque permite maior flexibilidade e adaptação da rotina. Veja, então, o exemplo:

Roberta é uma desenvolvedora com conhecimento em Front-End, mas que se propôs a aprender sobre Back-End para ocupar outra função em sua equipe.

A empresa lhe oferece uma opção de se desenvolver, mas que exige a disponibilidade de 2 dias integrais por semana. O problema é que ela está responsável por diversas entregas, possui reuniões com vários times e não encontra disponibilidade em sua agenda para tirar dois dias inteiros por semana.

Se a empresa adotasse a estratégia de microlearning, Roberta poderia aprender gradualmente, nos horários de sua escolha e que melhor se encaixassem a outras demandas, sem ter que optar entre seu desenvolvimento e a produtividade.

Além disso, um dos benefícios do microlearning é garantir a atenção da pessoa, sem sobrecarregar com muito conteúdo teórico de uma única vez, permitindo a colocação do aprendizado em prática.

E-learning

O e-learning conquistou o mercado, sobretudo por oferecer uma solução ao isolamento social durante a pandemia. Sem a possibilidade de aglomeração presencial, o ensino migrou para o digital, permitindo a continuidade do aprendizado.

No âmbito corporativo, treinamentos in company abriram espaço para treinamentos virtuais e o desenvolvimento de plataformas de educação corporativa online.

Mobilidade e flexibilidade são alguns dos benefícios do e-learning, que também pode contar com estratégias síncronas e assíncronas.

No e-learning síncrono, professores e professoras, alunos e alunas, todos estão em aula ao mesmo tempo, o que permite maior interação, como retirada de dúvidas ao vivo e bate-papo.

Já no e-learning assíncrono, alunos e alunas possuem acesso a materiais preparados previamente, como vídeo aulas, fóruns, textos, podcasts e outros.

A qualquer hora e lugar, pelo computador ou pelo celular, por fim, a pessoa pode se desenvolver conforme a sua necessidade.

Desafios na Implementação de Programas de Educação Corporativa

Mesmo se tratando de uma estratégia que apresenta benefícios para as empresas e pessoas colaboradoras, ainda existem alguns empecilhos que podem dificultar a implementação de Programas de Educação Corporativa. Confira a seguir, alguns dos obstáculos mais comuns e como Superá-los:

  • Falta de Comprometimento da Alta Administração: a falta de apoio da liderança pode comprometer a alocação de recursos e a priorização dos programas. Superar isso envolve comunicar os benefícios claros da educação corporativa para os resultados da empresa.
  • Falta de Tempo: profissionais com altas demandas podem achar difícil encaixar treinamentos em suas agendas. Por isso, oferecer flexibilidade de horários, treinamentos breves e microlearning, podem ser soluções ideais.
  • Tecnologia e Acesso Limitados: dificuldades com a infraestrutura tecnológica podem dificultar o acesso a programas online. Investir em tecnologia acessível e oferecer suporte técnico é fundamental.
  • Falta de Relevância: se os programas não se alinharem com as necessidades e objetivos dos colaboradores e colaboradoras, certamente o engajamento será baixo. Realizar pesquisas de necessidades de treinamento e personalizar os conteúdos ajuda a superar esse desafio.

Como envolver as pessoas colaboradoras e incentivar sua participação

Diante dos desafios, é importante buscar formas de envolver as pessoas, adotando estratégias que despertem interesse, relevância e valor percebido nos programas de aprendizado. Abaixo, listamos algumas práticas que podem ser adotadas:

  • Relevância e Valor Percebido: garanta que os programas sejam diretamente aplicáveis às funções das pessoas colaboradoras, de forma que elas percebam o valor do aprendizado para suas carreiras.
  • Comunicação Efetiva: divulgue os programas de forma clara e atraente, destacando os benefícios. Use diferentes canais de comunicação, como e-mails, redes sociais e intranet.
  • Incentivos e Reconhecimento: ofereça incentivos tangíveis, como certificados, promoções ou aumento salarial para quem concluir com sucesso os programas.
  • Gamificação e Interatividade: introduza elementos de gamificação nos treinamentos para torná-los mais envolventes e competitivos. Plataformas interativas e quizzes podem aumentar a participação.
  • Feedback e Avaliação Contínua: solicite feedback regular das pessoas sobre os programas e faça ajustes conforme necessário. A participação delas no processo de desenvolvimento aumenta o engajamento.
  • Exemplo de Liderança: demonstre o comprometimento da liderança participando dos programas e compartilhando seus benefícios pessoais. Isso cria um ambiente onde a aprendizagem é valorizada.

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Referências

  1. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2020.
  2. EBOLI, Marisa. Educação corporativa: fundamentos, evolução e implantação de projetos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
  3. MEISTER, Jeanne. Educação corporativa: a gestão do capital intelectual através das universidades corporativas. São Paulo: Makron Books, 1999.
  4. MONTEIRO, R. S.; BRAUER, M.; MATTOSO; C. L. Q; ALBERTIN, A. L.; ORIOL, E. C.. Motivação e engajamento na educação corporativa mediada por tecnologia da informação. RISTI - Revista Ibérica de Sistemas e Tecnologias de Informação, nº 41, p. 178-192, fevereiro, 2021.
Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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