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Saiba como elaborar planos de desenvolvimento individual (PDI) em tecnologia

Athena Bastos

Athena Bastos


Neste artigo, você verá como criar oportunidades com o PDI - plano de desenvolvimento individual no setor de tecnologia: o que é, como fazer um PDI, estratégias para cargos de TI e impactos para o mercado tech.

Em outras oportunidades, já comentamos como o mercado de trabalho tech está mudando. Ao falar do plano de carreira, trouxemos que as grandes empresas precisaram rever suas estratégias de retenção de talentos para se adequar às novas tendências.

Se antes, trabalhar em uma única empresa por longos anos era visto como algo positivo, hoje, as pessoas estão em busca de experiências e aprendizados que, muitas vezes, acreditam conquistar com a mudança de cargo.

Mas essa mudança não poderia ser interna também? Por que permanecer em uma empresa precisa ser sinônimo de permanecer no mesmo lugar? Afinal, há tanto conhecimento possível, tantas áreas e projetos para experimentar.

Por essa razão, cada vez mais as empresas de tecnologia e os setores de RH apostam no PDI — plano de desenvolvimento individual. Esta ferramenta, por mais simples que pareça em alguns casos, pode ser responsável por uma experiência positiva de colaboradores e colaboradoras em busca de crescimento pessoal e profissional.

Veja, então, como o PDI é uma estratégia poderosa para o setor tech!

pessoas elaborando um PDI

O que é PDI em RH

Primeiramente, o significado de PDI é plano de desenvolvimento individual, é um planejamento de ações para o desenvolvimento de competências e habilidades de pessoas, bastante utilizado por empresas na trajetória de colaboradores e colaboradoras. Por ser estruturado com metas, o PDI também pode ser atrelado a bonificações e aos planos de carreira.

Se a sua empresa conta com planos de carreira bem estruturados, é possível questionar, por exemplo, para onde o colaborador ou a colaboradora gostaria de ir. O próximo passo é entender quais das competências necessárias ao cargo a pessoa já possui e quais precisaria desenvolver.

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Como se trata de um planejamento, é importante considerar as metas a curto, médio e longo prazo, bem como os caminhos para alcançá-las.

Podemos pegar um exemplo básico para isso: para uma pessoa analista de Quality Assurance passar para o time de programação, quais competências ainda precisaria desenvolver?

Vale lembrar que o PDI não trabalha apenas com as Hard Skills. O desenvolvimento de habilidades interpessoais é cada vez mais relevante para o bom desempenho das funções. Aproveite para conferir quais as Soft Skills do futuro e inseri-las em planos de desenvolvimento individual.

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Quais são os tipos de PDI?

O tipo de PDI que será utilizado, depende muito do objetivo da organização. Vale lembrar que como esses pontos são bem particulares e dependem de diversos fatores, os PDIs são personalizados e únicos.

Dessa forma, não há uma lista de modelos de PDI prontos, contudo, um dos métodos mais utilizados para elaborar um PDI é 5W2H. Ele consiste em algumas perguntas focadas em uma determinada meta. Veja só Quais são as etapas do PDI nesse formato:

5W:

  • What — O quê?
  • Why — Por quê?
  • Where — Onde?
  • When — Quando?
  • Who — Quem?

2H:

  • How — Como?
  • How much — Quanto custa?

O tipo de PDI baseado no 5W2H, tem como objetivo deixar claro o que precisa ser feito, por qual motivo, em que local (se na própria empresa ou uma instituição externa), qual o prazo, quem irá realizar a atividade e quanto irá custar para a empresa.

Não podemos deixar de falar também do PDI digital, que considera as particularidades do mercado atual, as transformações tecnológicas, a mudança de emprego cada vez mais recorrente, a atual realidade do trabalho remoto, a velocidade das mudanças, entre outros fatores, principalmente se tratando da área tech.

A importância do PDI para as empresas de tecnologia

Entre as principais dúvidas sobre o assunto, a principal delas é: quais são os principais benefícios de um PDI? Tanto na área de tecnologia como nas demais, o PDI é ótimo para a gestão de pessoas, para desenvolvimento e para novas experiências. Contudo, como utilizar essa ferramenta para resolver problemas atuais do mercado de tecnologia? Afinal, este é um setor em que há muita procura, mas com poucos profissionais preparados para os desafios das empresas.

É aqui, então, que o PDI surge como uma oportunidade.

Claro, não vamos negar que o PDI ajuda - e muito - no Employer Branding. Afinal, Employee Experience tem sido uma palavra-chave importante no mercado de trabalho. Porém, com planos de desenvolvimento individual, sua empresa pode preparar os profissionais que ela busca lá fora ou mesmo criar oportunidades para bons profissionais, mas que não possuem todas as competências requeridas pela equipe.

Principais formas de fazer um PDI

Para fazer um PDI na empresa é preciso compreender as metas da organização e como elas dialogam com as metas individuais de colaboradores e colaboradoras. Isso é fundamental para definir quais perguntas fazer no PDI.

Nessa interação, as pessoas vislumbram competências de interesse para seus planos de desenvolvimento individual (mais adiante, falaremos sobre um projeto de PDI na área de TI inspirador). Também é importante avaliar quais os pontos fortes e os pontos fracos, até mesmo para entender o que é prioridade ou não.

A partir dessa análise, é hora de definir as metas e os planos dentro de um cronograma, como no exemplo abaixo:

  • Meta: desenvolver conhecimentos em Data Science;
  • Plano: realizar um curso de Data Science.
  • Prazo: 6 meses.

Apesar das metas serem individuais, a empresa pode ajudar nesse processo, incentivando o aprendizado contínuo. No caso acima, por exemplo, a empresa poderia oferecer o desenvolvimento em Data Science ou, quem sabe, formar uma comunidade de aprendizado em Data Science com os próprios colaboradores e colaboradoras.

Por último, é necessário que as lideranças avaliem o desenvolvimento periodicamente e ofereçam feedbacks. Pode ser interessante aqui, buscar uma plataforma para avaliar o desempenho da estratégia, além de também ser possível acompanhar o processo e a performance dos colaboradores e colaboradoras.

O que deve constar no PDI?

Como já mencionamos, não há um modelo de PDI pronto, pois os pontos a serem considerados, dependerão dos objetivos da organização e do (a) profissional. Contudo, é fundamental que o PDI inclua todas as características dos colaboradores e colaboradoras, assim como algumas etapas básicas. Confira a seguir.

  • Análise de suas competências e habilidades pessoais e profissionais;
  • Análise de suas dificuldades e pontos que podem ser melhorados;
  • Um panorama de sua formação e experiências profissionais;
  • A meta que se espera alcançar;
  • Um plano de ação detalhado para atingir essa meta;
  • Acompanhamento e feedback no decorrer do processo.
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O que não pode faltar em um PDI?

Se olharmos alguns exemplos de PDI, ainda que sejam específicos para cada empresa e setor, eles costumam ter alguns elementos em comum. Dessa forma, é importante se basear em quais os pilares do PDI para não deixar nada de fora:

  • Alinhamento: avaliar o cenário atual da organização e o que a empresa espera em relação ao desempenho dos setores e de cada profissional;
  • Mapeamento: identificar as hard skills e soft skills desejadas para cada função com base nas atividades a serem desenvolvidas;
  • Definição da estratégia: definir como o PDI pode ser aplicado na rotina de cada profissional e nas avaliações dos processos seletivos;
  • Acompanhamento: é fundamental acompanhar o envolvimento das pessoas nos processos, bem como as ações, metas e prazos estipulados.

Quem preenche o PDI?

O PDI é preenchido pela liderança dos setores, que verificam as necessidades de sua equipe, observando cada profissional de forma individual para avaliar se sua capacitação é condizente com o que seu cargo exige. Dessa forma, ele pode ser desenvolvido por profissionais das áreas de gestão, supervisão e cargos de liderança em geral.

Como fazer um PDI para cargos de TI

Já que falamos da área tech, você pode estar se perguntando como se faz um PDI para a área de tecnologia da informação. O formato de PDI padrão da empresa pode ser aplicado aos cargos de TI. Mas vamos mostrar a você a proposta da Suzano e sua Academia Digital, que une uma gestão de competências ao desenvolvimento de PDI para cargos de tecnologia.

Mapeamento de competências

O primeiro passo é um mapeamento de competências. Eles avaliam, então, quais as competências necessárias para toda a empresa e quais as competências necessárias aos times de tecnologia, de modo que isso dialogue com os planejamentos individuais.

A partir desse levantamento, as competências são classificadas em 3 pilares

  • Hard Tech: competências mais técnicas e atreladas também ao nível de especialização;
  • Competências de negócio: skills que aproximam os times de tecnologia do negócio do qual fazem parte;
  • Power Skills: uma releitura das Soft Skills, que empoderam a fazer tech.

Cada pessoa, no entanto, possui uma visão única. Então, há uma proposta de acessar o potencial coletivo, unindo as pessoas, por exemplo, em workshops. Em seguida, realizam-se pesquisas com grupos focais para entender a quais competências se conectam determinadas atividades, quais os desafios das funções e o que se deseja aprender.

O próximo passo é trazer o ponto de vista da organização para esse planejamento de Skills. Ou seja, é preciso entender quais as metas e desafios da empresa para identificar, dessa maneira, as competências necessárias.

Por fim, a interação com stakeholders também é valiosa para esse mapeamento. Através dela, as lideranças podem identificar novas oportunidades de desenvolvimento para seus times e levar isso para os PDIs.

Como atrelar o mapeamento de competências ao PDI na área tech

Para cada Skill mapeada, há recomendações de como melhorá-la. E as Skills são cumulativas, uma vez que os profissionais precisam, cada vez mais, serem profissionais multidisciplinares: os chamados profissionais em T.

No dia-a-dia, as pessoas possuem acesso a esse “dicionário de Skills”, que utilizam como base para o seu desenvolvimento. No mapa de habilidades, então, elas acompanham:

  • Competências que possuem;
  • Competências esperadas;
  • Gap de competências;
  • Potências ou pontos fortes.

Mentores e sponsors executivos acompanham o processo e ajudam as pessoas em seu desenvolvimento a médio e longo prazo. Além disso, a Suzano está começando a implementar um acompanhamento por pares, que permite a contribuição de pessoas dentro de um mesmo squad.

Veja mais sobre o projeto de Skills Management da Suzano em uma live do RH Tech, promovida pela Alura Para Empresas.

Por que trabalhar o PDI nas estratégias de educação corporativa

Como mencionamos, apesar de serem planos de desenvolvimento individual, a empresa deve participar desse processo, seja incentivando o aprendizado contínuo, seja oferecendo meios para que as metas sejam alcançadas.

Utilizar um modelo de PDI pode trazer inúmeros resultados às organizações. Primeiro, alinha expectativas. Quando as pessoas sabem o que se espera delas, elas possuem maior direcionamento em busca de metas individuais, mas também coletivas. Então, a produtividade organizacional aumenta.

Mas acima de tudo, em um mercado cada vez mais competitivo, é preciso repensar as estratégias. É preciso enxergar as pessoas não por um único potencial, mas por várias possibilidades. Inclusive, falamos sobre isso em nosso artigo sobre Reskill e mobilidade interna.

As pessoas são curiosas, querem e podem aprender o que ainda não sabem. E isto pode ser uma oportunidade também para as empresas do setor de tecnologia. Afinal, impulsionar novos talentos através da educação corporativa é também uma forma de fortalecer as relações e criar novas experiências.

E se você está pensando em capacitação tecnológica para a sua organização, venha conhecer os benefícios da Alura Para Empresas. Com a Alura Para Empresas você cria planos de estudo para seus times, com cursos da própria plataforma e conteúdos externos, atrelando o desenvolvimento ao PDI.

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Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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