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Tendências de RH 2025
A revolução digital tem reformulado o setor de Recursos Humanos (RH), e a Inteligência Artificial (IA), por sua vez, está entre as grandes responsáveis por essa transformação. Para 2025, as tendências apontam para um RH estratégico, tecnológico e humanizado, focado em pessoas e resultados. Segundo a pesquisa “Top 5 HR Trends and Priorities That Matter Most in 2025”, da Gartner, que entrevistou mais de 1.4 mil líderes de RH em mais de 60 países; as principais tendências, prioridades e desafios para o setor de RH no próximo ano são:- desenvolvimento de líderes;
- cultura organizacional;
- planejamento estratégico da força de trabalho;
- gerenciamento de mudanças;
- tecnologia de RH.
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1. Desenvolvimento de líderes
Conforme a pesquisa da Gartner, que citamos anteriormente, 75% das lideranças de RH relatam que as pessoas gestoras estão sobrecarregadas com o escopo crescente de suas responsabilidades. Além disso, 70% das pessoas entrevistadas acreditam que as atuais lideranças e gerentes não estão adequadamente equipadas para desenvolver efetivamente líderes de nível médio. Por isso, em 2025, o RH terá um papel essencial na preparação de líderes com a capacitação necessária para enfrentar os desafios e as mudanças do setor. O desenvolvimento de skills em potenciais líderes será essencial para impulsionar a inovação, o engajamento e o crescimento das organizações. Dessa forma, o RH deve investir em programas de desenvolvimento de líderes que contemplem as principais habilidades para o futuro e utilizem metodologias inovadoras como treinamentos online, mentorias, coaching e experiências práticas. Abaixo, destacamos as principais habilidades de líderes para 2025.- Inteligência emocional: compreender e gerenciar as próprias emoções e as emoções das outras pessoas, para construir relacionamentos saudáveis, motivar equipes e liderar com empatia.
- Pensamento estratégico: analisar cenários, identificar oportunidades, traçar planos e tomar decisões alinhadas aos objetivos da organização, são atitudes essenciais para uma gestão estratégica e eficaz.
- Adaptabilidade e resiliência: adaptar-se rapidamente às mudanças, superar desafios e aprender com os erros, demonstrando flexibilidade e persistência.
- Comunicação eficaz: comunicar-se de forma clara, concisa e inspiradora, para construir conexão com a equipe, compartilhar ideias e fornecer feedbacks construtivos.
- Mentalidade de crescimento: cultivar o aprendizado contínuo, buscar novos conhecimentos e desenvolver habilidades relevantes para o futuro do trabalho.
- Liderança inclusiva: promover a diversidade, equidade e inclusão, e criar um ambiente de trabalho respeitoso e acolhedor para todas as pessoas.
- Visão sistêmica: compreender as interdependências entre as diferentes áreas da empresa e como elas contribuem para os objetivos organizacionais.
- Gestão de conflitos: identificar, analisar e resolver conflitos de forma construtiva, para promover o diálogo e a colaboração.
- Domínio tecnológico: compreender e utilizar as ferramentas tecnológicas relevantes para a gestão de pessoas e processos.
- Ética e responsabilidade social: liderar com ética, responsabilidade social e ambiental, inspirando a equipe a agir com integridade e contribuir para um futuro sustentável.
2. Fortalecimento da cultura organizacional
No próximo ano, a cultura organizacional continua em evidência, destacando a importância crescente para uma cultura mais inclusiva e participativa. As pessoas colaboradoras não querem apenas um emprego; elas buscam fazer parte de algo maior. Portanto, organizações que desejam fortalecer a relação empresa-colaborador devem promover uma cultura que valorize a contribuição individual e encoraje o engajamento. Outro fator crítico é a flexibilidade. À medida que a tecnologia avança, os limites tradicionais do local de trabalho estão se desfazendo. A capacidade de trabalhar remotamente, de forma híbrida ou em horários flexíveis, está se tornando cada vez mais importante para os colaboradores e colaboradoras. Empresas que reconhecem e adaptam-se a essa tendência poderão atrair e reter talentos valiosos. A transparência também é um aspecto fundamental nas relações futuras entre empresa e pessoas colaboradoras. Com as mídias sociais e plataformas de avaliação online, as práticas internas das empresas estão mais visíveis do que nunca. As organizações que operam com transparência tendem a ganhar maior confiança e lealdade dos times. Finalmente, o desenvolvimento profissional contínuo será uma expectativa padrão. À medida que o ritmo da inovação acelera, a aprendizagem ao longo da vida torna-se uma necessidade. Empresas que oferecem oportunidades de desenvolvimento e crescimento contínuos terão uma vantagem competitiva na atração e retenção de talentos. Leia também: Por que investir em Diversidade e Inclusão (D&I) na área de tecnologia3. Planejamento estratégico da força de trabalho
Trazendo novamente dados da pesquisa da Gartner, 66% das pessoas líderes de RH concordam que seu planejamento de força de trabalho é limitado ao planejamento de contagem de pessoas colaboradoras, enquanto 61% concordam que seus esforços de planejamento de força de trabalho são limitados a um plano de um ano. O planejamento estratégico da força de trabalho é como um mapa que guia as empresas rumo ao sucesso, e em 2025 ele será mais importante do que nunca. Com as rápidas transformações do mercado, o RH precisa ser proativo e estratégico para garantir que a empresa tenha pessoas mais preparadas e com as habilidades necessárias para desempenharem suas funções. Por isso, o planejamento estratégico deve incluir alguns pontos, conforme mencionaremos abaixo.- Dados e análise preditiva: o RH vai usar dados e análise preditiva para entender as necessidades futuras da força de trabalho, prever carências de talentos, identificar habilidades em alta e antecipar mudanças no mercado.
- Flexibilidade e adaptabilidade: o planejamento deve ser flexível e adaptável às mudanças constantes do mercado, com cenários alternativos e planos de contingência para garantir a continuidade do negócio.
- Foco em habilidades: em vez de se concentrar em cargos específicos, o planejamento deve priorizar as habilidades necessárias para o futuro do trabalho, com programas de upskilling e reskilling para preparar as pessoas colaboradoras para as novas demandas.
- Diversidade e inclusão: o planejamento deve considerar a importância da diversidade e inclusão, para garantir que a força de trabalho reflita a diversidade do mercado e promova a igualdade de oportunidades.
- Tecnologia e automação: a tecnologia será uma aliada essencial no planejamento estratégico da força de trabalho, com o uso de ferramentas de IA e análise de dados para otimizar os processos e respaldar a tomada de decisão.
- Bem-estar das pessoas colaboradoras: o planejamento deve considerar o bem-estar físico e mental dos colaboradores e colaboradoras, considerando programas de qualidade de vida, segurança psicológica, flexibilidade, e apoio à saúde mental.
4. Gerenciamento de mudanças
Em 2025, o RH terá um papel importante como agente de transformação, ao guiar as empresas pelas mudanças e garantir que as pessoas colaboradoras estejam mais preparadas para os desafios que estão por vir. O gerenciamento eficaz de mudanças será essencial para o sucesso das organizações em um mundo em constante evolução, no qual as empresas enfrentarão transformações constantes, impulsionadas pela tecnologia, globalização e mudanças nas expectativas das equipes. Para liderar o gerenciamento de mudanças em 2025, será importante focar em:- promover uma comunicação transparente, mantendo os colaboradores e colaboradoras a par de todas as mudanças, seus impactos e os benefícios esperados, reduzindo a resistência e aumentando a adesão;
- incentivar a participação das pessoas colaboradoras no processo de mudança, ouvindo suas opiniões, respondendo às suas dúvidas e considerando suas sugestões;
- preparar os times para as novas realidades, ao oferecer treinamentos adequados e oportunidades de desenvolvimento de soft e hard skills;
- contar com lideranças comprometidas com a mudança, que atuem como agentes de transformação e inspirem suas equipes;
- cultivar uma cultura organizacional aberta à mudança, que valorize a flexibilidade, a inovação e o aprendizado contínuo;
- utilizar ferramentas e tecnologias que facilitem o gerenciamento de mudanças, como plataformas de comunicação interna, softwares de gestão de projetos e análise de dados;
- acompanhar de perto os resultados das mudanças, além de avaliar seus impactos e fazer ajustes quando necessário.