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Nos últimos tempos, a tecnologia assumiu um papel de protagonismo nas organizações. Inclusive, foi ela que viabilizou a manutenção de diversos negócios durante a pandemia do Covid-19.
No entanto, esse protagonismo também exigiu uma nova visão das lideranças de TI. Afinal de contas, isso significou olhar para suas áreas também com um viés de negócio, não mais exclusivamente para os aspectos técnicos.
Nessa perspectiva, é possível que surjam algumas dúvidas: como conectar a visão de negócio ao universo da tecnologia? Como colocar a tecnologia no centro do negócio em busca de maior inovação e resultados de negócio?
O ponto é que a gestão passou a ser mais estratégica. E todas as ações da empresa devem ser pautadas com base em seus objetivos gerais.
Esse artigo vai te ajudar a entender o que é e como fazer a gestão estratégica, para que, a partir disso, você tenha insumos para alinhar a tecnologia aos objetivos do negócio.
A gestão estratégica é o conjunto de ações de gerenciamento dos recursos, com o intuito de alcançar as metas e os objetivos principais da empresa.
Assim como o próprio nome sugere, a gestão estratégica serve para administrar e conduzir um negócio seguindo estratégias para alcançar seus objetivos gerais.
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Um estudo da Bain & Company constatou que, ao longo de quase duas décadas, a gestão estratégica é uma das principais ferramentas de gestão no mundo.
Inclusive, em 2017 (último ano da pesquisa), a gestão estratégica ocupou o primeiro lugar dentre todas as ferramentas e era utilizada por 48% das empresas.
No mesmo ano, o índice de satisfação dessa ferramenta foi de 4,05 (em uma escala de 0 a 5). O que equivale a 80,6% de aproveitamento.
Duas escolas de pensamento dividem o conceito de gestão estratégica entre a abordagem prescritiva e a abordagem descritiva.
A abordagem prescritiva delineia como as estratégias devem ser desenvolvidas. Ou seja, constrói um processo analítico mais completo, compreendendo todas as ameaças e as oportunidades da estratégia.
Por outro lado, a abordagem descritiva foca na parte prática das estratégias. Isto é, como é possível aplicar as estratégias a partir de princípios gerais.
Nesse ponto, é possível que as pessoas confundam dois conceitos semelhantes: gestão estratégica e planejamento estratégico.
A verdade é que não é possível desenvolver uma gestão estratégica sem considerar o planejamento estratégico. No entanto, trata-se de conceitos diferentes.
O planejamento estratégico é um plano, que tem o objetivo de analisar em que ponto a empresa está agora e onde ela quer chegar em uma quantidade específica de tempo.
Para isso, deve-se traçar os processos que precisam ser feitos para alcançar as metas propostas. Esse é o planejamento da estratégia para atingir os objetivos.
Quando o plano estiver pronto, é hora de colocar a mão na massa. É o momento de distribuir as tarefas, organizar os prazos e fazer o acompanhamento do processo. Isso é gestão.
Em resumo, o planejamento estratégico é o “antes”, enquanto a gestão compreende o “durante”.
Pense, por exemplo, em uma empresa que tem a meta de alcançar 35 mil cadastros através de um formulário em seu produto digital em 3 meses. Essa é a meta.
Para isso, estabeleceu-se que seria necessário desenvolver um plano específico de marketing, além de fazer reparos estratégicos na UX e no tempo de carregamento das páginas. Esse é o planejamento estratégico.
A gestão estratégica é o acompanhamento da execução de todas as tarefas estabelecidas no planejamento, incluindo a qualidade, os prazos e a evolução da meta.
Não existe nenhum modelo pré-estabelecido para implementar uma gestão estratégica em TI.
No entanto, com inspiração no artigo da Indeed, é possível traçar passos fundamentais para planejar e executar a gestão de projetos de TI:
É fundamental conhecer o mercado que você atua. Se possível, tente conhecer as tendências econômicas em geral e como elas afetam a sua área.
Além do mais, você não tem como fugir de conhecer todas empresas concorrentes, especialmente quais táticas elas usam em suas abordagens.
O estudo de mercado também deve compreender os preços médios dos produtos ou serviços, a base de clientes e as principais demandas.
A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats) serve para trazer uma análise panorâmica sobre o seu próprio negócio.
Ela auxilia a avaliar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças em todos os aspectos da empresa (base de clientes, equipe interna, lucratividade, posicionamento de mercado e por aí vai).
Essa é a etapa em que você deve definir quais são os passos necessários dentro da área de tecnologia que servirão para que a empresa cumpra sua missão, seus valores e seu propósito.
Nesse ponto, você pode pensar em objetivos de curto e de longo prazo. Uma dica é começar pela meta final que você quer atingir e trabalhar no sentido contrário para definir as metas referentes ao processo.
Depois que você já estabeleceu as metas, é possível definir a estrutura organizacional e o orçamento que você precisa.
Assim, você deve prestar atenção em setores mais específicos da sua área, como na gestão de pessoas e na gestão financeira.
Depois disso, deve-se definir quais os KPIs que ajudarão a avaliar se os objetivos gerais são cumpridos.
Você pode, por exemplo, acompanhar o número de vendas totais do produto como base principal. Além disso, pode analisar outros KPIs complementares, como o número de visitantes no site da empresa e o número de cadastros no formulário
Em seguida, você deve identificar todas as pessoas que precisam (e devem!) se envolver em cada uma das etapas do processo.
É nessa hora que você vai criar os times responsáveis por cada estágio de desenvolvimento e distribuir as tarefas.
Também é importante analisar se você precisará de auxílio de equipes de outras áreas, como marketing, gestão de projetos ou finanças.
Por fim, você deve acompanhar a execução de cada uma das etapas e avaliar os resultados parciais dos processos.
Dessa maneira, você conseguirá identificar se precisará recalcular a rota de alguma das etapas, como, por exemplo, repensar a distribuição de tarefas ou redefinir prazos.
Os primeiros grandes autores da gestão estratégica participaram do desenvolvimento deste modelo de gestão, como Peter Drucker, Alfred Chandler e Igor Ansoff.
Considera-se Peter Drucker como o pai da administração moderna. Um dos seus livros mais famosos é “The Practice of Management”, em que ele constrói o conceito de gestão por objetivos (que inspirou o desenvolvimento dos OKRs).
Em seguida, Alfred Chandler, em seu livro “Strategy and Structure: Chapters in the History of the American Industrial Enterprise", trouxe a importância de uma perspectiva de longo prazo ao olhar para o futuro da empresa.
Aproveitando as teorias de Chandler, Igor Ansoff, no livro “Corporate Strategy", dividiu a gestão estratégica em três partes:
Outros grandes nomes da gestão estratégica são Andy Grove, ex-presidente da Intel, e Vicente Falconi, fundador da Falconi e referência em gestão em nível nacional.
O objetivo principal da gestão estratégica é gerenciar os recursos de uma empresa seguindo as estratégias definidas para que, por fim, seja possível alcançar os objetivos principais.
Mas, além disso, esse tipo de gestão tem muitos outros benefícios. Não por menos, é adotado em empresas do mundo inteiro.
As principais vantagens da gestão estratégica são as seguintes:
Através da gestão estratégica (considerando o planejamento estratégico) a empresa sabe qual é a direção que deve seguir.
Só assim consegue estabelecer tarefas com metas realistas que se alinhem aos objetivos centrais.
A gestão estratégica permite que as empresas consigam prever seu futuro, antecipem cenários desfavoráveis e tomem decisões para evitá-los.
Ou seja, a empresa pode lidar com os problemas de forma proativa e não apenas reativa.
Uma das maiores vantagens da gestão estratégica é o desenvolvimento de análises do negócio de maneira assertiva. Essa análise compreende identificar os pontos fortes e fracos da empresa.
A partir disso, pode-se desenvolver táticas para criar novas oportunidades e minimizar alguns riscos.
Todos os processos da gestão estratégica se desenvolvem para otimizar as atividades funcionais da empresa. Ou seja, melhorar todos os processos da operação do negócio.
Inclusive, é a partir da gestão que as empresas tomam decisões sobre a distribuição de tarefas, de recursos e de orçamentos para aumentar a eficiência operacional e, assim, cumprir seu objetivo geral.
Por essa razão, as lideranças de TI precisam olhar atentamente para a forma como se planejam e lideram seus times. Afinal, cada vez mais a tecnologia não é apenas um acessório de eficiência: é o core do próprio negócio.
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