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As Hard Skills mais buscadas e como desenvolver na sua empresa

Athena Bastos

Athena Bastos


Hard Skills: o que são e como desenvolvê-las em empresas de tecnologia

Neste artigo você verá uma análise completa das Hard Skills e como desenvolvê-las em empresas de tecnologia, atendendo às necessidades de crescimento e produtividade.

Confira, na sequência: o que é Hard Skills, significado, qual a diferença entre Hard e Soft Skills, exemplos, top skills para 2025, dicas corporativas, desenvolvimento em T, escassez de talentos, Reskilling e Upskilling.

Competências podem abrir ou limitar caminhos. E para os times de RH e os processos de recrutamento e seleção tech, elas são aquela peça fundamental.

Afinal, como escolher a pessoa certa para uma posição aberta?

Para isso, é necessário mapear quais as habilidades técnicas indispensáveis, as competências que são diferenciais e as habilidades interpessoais importantes, até para que a pessoa tenha fit cultural com a empresa e o time em que será alocada.

Porém, o desenvolvimento de habilidades vai além disso. Representa oportunidades para empresas e pessoas, diante de um mundo em constante transformação.

Veja, então, como as Hard Skills refletem nos processos corporativos.

aprendizado corporativo de hard skills

O que são Hard Skills

Hard skills são conhecimentos técnicos, habilidades adquiridas através da experiência prática e de estudo. Elas impactam diretamente o exercício de algumas atividades, sobretudo na área de tecnologia, onde o conhecimento especializado é bastante requerido.

No processo de recrutamento e seleção, as Hard Skills podem ser avaliadas pelo currículo de candidatos e candidatas, mas também por meio de testes técnicos. Geralmente, são mais fáceis de identificar que as Soft Skills e podem ser essenciais ao exercício de determinadas funções.

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Hard Skills: o que é?

Hard skills são conhecimentos técnicos, ou seja, habilidades adquiridas através da experiência prática e de estudo. Elas impactam diretamente o exercício de algumas atividades, sobretudo na área de tecnologia, onde o conhecimento especializado é bastante requerido.

No processo de recrutamento e seleção, as Hard Skills podem ser avaliadas pelo currículo de candidatos e candidatas, mas também por meio de testes técnicos. Geralmente, são mais fáceis de identificar que as Soft Skills e podem ser essenciais ao exercício de determinadas funções.

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Qual a importância das Hard Skills

Embora um bom ou boa profissional não seja definido(a) apenas pelas suas habilidades técnicas, mas também pelas habilidades interpessoais, as Hard Skills são importantes para o desempenho da função. Afinal, esse conhecimento permite a execução de tarefas específicas, em diferentes níveis de complexidade, com competência, eficiência e precisão.

Por exemplo, se a sua empresa trabalha com uma linguagem de programação específica, precisa que as pessoas se desenvolvam nesse conhecimento para executarem suas atividades.

Ao mesmo tempo, o desenvolvimento em Hard Skills é importante para a evolução tecnológica da empresa. Com o avanço da tecnologia, o conhecimento técnico atualizado é cada vez mais relevante.

À medida que novas tecnologias emergem e se desenvolvem, é necessário adquirir as habilidades técnicas correspondentes para se manter atualizado(a) e relevante no mercado de trabalho.

A título de exemplo, conforme a Inteligência Artificial e a análise de dados se tornam mais importantes, as habilidades em aprendizado de machine learning e Data Science se tornam altamente valorizadas.

Por fim, as Hard Skills são importantes para gerar confiança e credibilidade tanto aos profissionais quanto às empresas. Dessa forma, as empresas podem mostrar aos seus clientes a qualidade do produto ou serviço a partir das habilidades técnicas empregadas no seu desenvolvimento.

Boas práticas na avaliação de competências tech

Hard Skills: exemplos

Aqui estão alguns exemplos de Hard Skills em diferentes áreas tecnológicas:

Desenvolvimento de software

  • Linguagens de programação, como Python, Java, C++, JavaScript, etc.
  • Frameworks de desenvolvimento, como Angular, React, Django, etc.
  • Bancos de dados e consulta de dados, como SQL, MySQL, Oracle, etc.
  • Testes de software e depuração.

Marketing Digital

  • Criação de conteúdo (artigos de blog, e-books, infográficos, vídeos).
  • Conhecimento de algoritmos de busca (SEO).
  • Gestão de redes sociais, como Facebook, Instagram, X e LinkedIn.
  • Criação e gerenciamento de campanhas de pesquisa paga.

Design Gráfico

  • Adobe Photoshop, Illustrator e InDesign.
  • Design de logotipos e identidade visual.
  • Criação e edição de imagens e gráficos.
  • Conhecimento de tipografia, composição e princípios de design.

Diferença entre Hard Skills e Soft Skills

Agora que você já sabe o que significa Hard Skills, é mais simples entender a diferença desse tipo de competência em relação às Soft Skills. Enquanto o primeiro termo se refere às habilidades técnicas, o segundo se refere às habilidades interpessoais e até mesmo socioemocionais.

Por exemplo: Anderson é um programador especializado em Java. Ele domina o assunto e é uma referência técnica para toda a equipe. Contudo, esta não é a única razão pela qual sua equipe o admira tanto. Além do conhecimento adquirido em anos de estudo e prática, Anderson se comunica muito bem, é claro quanto às demandas e consegue explicar problemas complexos para profissionais iniciantes.

Veja, no exemplo acima, podemos elencar a programação como um exemplo de Hard Skill de Anderson e a comunicação como uma Soft Skill.

Ambas dependem do exercício e podem ser aprimoradas por meio de cursos e treinamentos. Talvez Anderson, nosso programador fictício, tenha feito treinamentos de comunicação para melhorar essa habilidade.

Mas você consegue perceber que essas competências são diferentes? Uma diz respeito a como Anderson se relaciona com as situações e as pessoas, já a outra é própria de um conhecimento adquirido.


Por que avaliar as Hard Skills no processo seletivo?

Como vimos, não podemos definir uma pessoa apenas pelas suas Hard Skills. É preciso avaliar habilidades técnicas, comportamentais e até mesmo as mad skills.

Mas como e por que avaliar as Hard Skills no processo seletivo de uma empresa?

Empresas aplicam testes extensos e complexos para avaliar Hard Skills, principalmente para cargos de lideranças C-Levels. Isso é importante para compreender se a pessoa candidata está apta aos requisitos da vaga. Afinal, ela precisará desse conhecimento para desempenhar, com sucesso, a sua função.

Pessoas que já possuem as skills técnicas necessárias para a função podem possuir uma curva de aprendizado menor, o que aumenta a eficiência e a produtividade do time.

No entanto, nem sempre você encontrará uma pessoa que possua todas as habilidades desejadas. E pode ser mais fácil desenvolver Hard Skills do que Soft Skills.

Por isso, avaliar as Hard Skills no processo seletivo é importante, mas também é importante equilibrar e entender o perfil de profissional que se procura para investir em seu desenvolvimento internamente.

Leia também: Perfil comportamental — o que é e qual a importância?


15 Hard e Soft Skills do futuro

Em 2023, o World Economic Forum publicou o relatório Future of Work, com tendências no mercado de trabalho, principalmente em Hard Skills e Soft Skills.

Conheça as 15 top skills para 2025:

  1. Pensamento analítico.
  2. Pensamento criativo.
  3. Resiliência, flexibilidade e agilidade.
  4. Motivação e autoconsciência.
  5. Curiosidade e aprendizado contínuo (lifelong learning).
  6. Alfabetização tecnológica.
  7. Confiabilidade e atenção aos detalhes.
  8. Empatia e escuta ativa.
  9. Liderança e influência social.
  10. Controle de qualidade.
  11. Pensamento sistêmico.
  12. Gestão de talentos.
  13. Orientação a serviços e serviço do cliente.
  14. Gestão de recursos e operações.
  15. Inteligência Artificial e Big Data.

Como desenvolver as Hard Skills nas empresas?

O desenvolvimento é individual, mas há algumas estratégias que as empresas podem adotar para estimular o aprendizado de Hard Skills e a capacitação de funcionários e funcionárias.

Por serem habilidades adquiridas com treinamentos e cursos, uma ótima dica é oferecer essa oportunidade de desenvolvimento. Ao estruturar as estratégias de educação corporativa, portanto, pesquise quais as áreas que mais necessitam de atenção e quais as competências técnicas mais exigidas por elas.

Se a sua empresa, por exemplo, enfrenta problemas com a escassez de talentos, não consegue encontrar profissionais com a qualificação necessária, pode procurar profissionais que tenham as Soft Skills desejadas e construir um onboarding para capacitá-los(as) nas Hard Skills exigidas pela função.

Planos de desenvolvimento também são oportunidades para fomentar a capacitação em Hard Skills. Crie planos de cargos, identifique as habilidades necessárias àquela função e crie, junto à pessoa, um PDI.

Estimule, enfim, a cultura de aprendizado em sua organização. Aprender é inerente ao ser humano, mas você e sua organização podem conduzir esse processo.

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T-shaped: especialização, generalização e formação em T

Você já ouviu falar em formação em T (profissional T-shaped). Esta tem sido uma das grandes apostas quando falamos em desenvolvimento de Hard Skills e Soft Skills e responde às necessidades de um mundo complexo e em constante transformação.

https://youtu.be/IDbN8H7WyhQ

Se analisarmos a história mundial, veremos que existe uma correlação entre a produtividade, os meios, formatos de trabalho e esse desenvolvimento. Antes, a especialização era a ambição das pessoas, como uma resposta a uma formação, ainda anterior, mais generalista, mas que deixava de atender a necessidades específicas do mercado.

Contudo, o mercado mudou. A complexidade contemporânea exige mais do que a especialidade: exige uma visão holística e multidisciplinar. E para isso, é preciso que os profissionais estejam dispostos a sair de suas caixas e se debruçar em outras áreas de conhecimento.

O desenvolvimento em T não é um desenvolvimento generalista, ao menos não no molde antigo. A pessoa T-shaped é especialista em determinados temas, mas carrega um repertório de conhecimento que extrapola sua especialidade.

Pensando nas Hard Skills que vimos antes, isto significa desenvolver competências diferentes, ainda que em níveis também diferentes de profundidade.

Vamos retomar o exemplo de Anderson, nosso profissional fictício. Anderson programa em Java, possui habilidades em comunicação, mas, em seu cotidiano, identificou que precisava saber mais de web design e UX.

O conhecimento em design o ajuda a identificar problemas de usabilidade nos códigos que desenvolve. Ele não é especialista nessa área. Contudo, tem um conhecimento que o ajuda em sua função e enriquece o topo de seu T.

O formato T, portanto, é composto pelo conjunto de conhecimentos (o topo/sentido horizontal) e suas especializações (a perna/sentido vertical).

Leia também: Qual a importância de uma equipe multidisciplinar nas empresas?

O estímulo corporativo ao desenvolvimento em T

Vimos a relação entre o desenvolvimento em T e as Hard Skills, mas o que isso representa para as organizações?

As organizações enfrentam esses problemas complexos de que falamos e precisam de profissionais que tenham essa formação multidisciplinar para inovar e trazer novos olhares sobre a realidade.

Bill Gates, cofundador da Microsoft, escreve em seu blog, ao analisar o livro “Por que os generalistas vencem em um mundo de especialistas”, de David Epstein:

“Nós contratamos não apenas Devs brilhantes, mas também pessoas que tinham uma profundidade no seu campo de trabalho e em diferentes competências. Descobri que esses são os mais curiosos e com mais profundos modelos mentais.”

Profissionais T-shaped são curiosos(as) e conseguem resolver problemas mais complexos. Porém, as empresas não podem esperar que as pessoas se desenvolvam sozinhas. Ainda que a carreira e o desenvolvimento sejam responsabilidades pessoais, as empresas podem — e devem — incentivar esse movimento.

Ao desenvolver um PDI, por exemplo, as lideranças podem apontar competências relacionadas que seriam importantes para o crescimento daquela pessoa.

As organizações precisam despertar esse interesse, a curiosidade que existe em cada pessoa, sobre as interações entre conhecimentos.

Leia também: Exemplos de Power Skills, tendências e como desenvolver na empresa

Reskilling e Upskilling: tendências para as empresas

Além do desenvolvimento em T, não podemos falar de Hard Skills sem falar de Reskilling e Upskilling, tendências apontadas por relatórios como o LinkedIn Workplace Learning Reports 2021.

O modo como trabalhamos, o formato, a experiência, as expectativas são moldadas pelo contexto. Adam Grant e Scott Galloway se reuniram em 2022 para um bate-papo em torno da pergunta: por que todo mundo está saindo?

Faziam, então, uma referência à “grande renúncia” (”the great resignation”). E em um das falas, destacaram: as pessoas não vão parar de trabalhar, mas mudar a forma com que trabalham.

As pessoas estão em busca de um Employee Experience melhor. Estão em busca de oportunidades e crescimento. Elas querem a mudança, e as empresas precisam dessa mudança também.

Com a escassez de talentos e esse movimento de saída intencional de pessoas, muitas organizações se tornaram mais atentas à mobilidade interna. O dilema é que: nem sempre as pessoas estão preparadas para assumir novas posições, mas isto não significa que elas não sejam capazes.

Através do Reskilling, as organizações promovem o aprendizado de habilidades em novas áreas de saber, principalmente Hard Skills. Por meio do Upskilling, promovem o aprofundamento de conhecimento em áreas de conhecimento que a pessoa já possui.

Em conjunto, essas estratégias contribuem para o crescimento individual e para o crescimento corporativo, melhorando a cultura, o clima organizacional, a produtividade e a relação da empresa com seus colaboradores e colaboradoras.

Perguntas frequentes sobre Hard Skills

Você é líder de uma empresa e ficou com dúvidas em relação ao papel das organizações no desenvolvimento e na promoção das Hards Skills dos seus colaboradores e colaboradoras?

A seguir, confira as principais perguntas sobre os desafios atuais que envolvem as competências técnicas no ambiente de trabalho.

1. Como a IA está impactando as Hard Skills?

A IA está transformando as Hard Skills no mercado de trabalho atual, tanto no desenvolvimento de novas competências quanto na adaptação das já existentes.

Isso porque as pessoas profissionais, inclusive as que atuam em setores não techs, como Recursos Humanos e Finanças, estão sendo desafiadas a dominar ferramentas que utilizam IA para otimizar processos.

Já nos setores tech, a IA está redefinindo a forma como as habilidades são aplicadas no ambiente de trabalho. Por exemplo, a capacidade de programar vai além do domínio de linguagens de código; agora, exige-se conhecimento sobre como implementar algoritmos de IA e integrar modelos preditivos em sistemas existentes.

Outro impacto significativo é a necessidade de adaptação contínua. A evolução constante das tecnologias baseadas em IA faz com que as pessoas precisem se atualizar com frequência, o que transforma o aprendizado contínuo em uma habilidade indispensável no mundo atual.

Por fim, a IA também influencia a forma como as Hard Skills são avaliadas e treinadas. Plataformas educacionais e ferramentas de avaliação baseadas em IA permitem personalizar o aprendizado conforme as necessidades individuais, o que acelera a capacitação e o desenvolvimento de habilidades técnicas — e isso traz resultados mais rápidos tanto para profissionais como para as empresas, se bem exploradas.

Leia também: Como trabalhar como especialista em inteligência artificial

2. Qual a importância da diversidade na construção de um time com Hard Skills complementares?

A diversidade, apesar de ser um termo que tenha forte relação com as Softs Skills, se demonstra relevante e, inclusive, necessária para desenvolver times mais preparados e produtivos.

Quando pessoas com diferentes formações, experiências e especializações técnicas trabalham juntas, trazem abordagens distintas para as tarefas, o que enriquece o processo de tomada de decisão e aumenta a qualidade das soluções desenvolvidas.

A interação entre pessoas de diferentes origens também estimula o aprendizado mútuo, pois permite que os membros do time compartilhem conhecimentos técnicos e aprimorem suas próprias habilidades.

Em um cenário no qual as exigências do mercado mudam rapidamente, essa troca se torna um diferencial competitivo para as organizações.

3. Qual o papel do líder no desenvolvimento de Hard Skills da equipe?

A pessoa líder de um setor desempenha um papel central no desenvolvimento das Hard Skills da equipe, pois atua como facilitadora, mentora e estrategista nesse processo.

Ela é responsável por identificar as habilidades técnicas necessárias para atender aos objetivos do time e da organização, além de reconhecer as lacunas existentes entre as competências individuais dos colaboradores e colaboradoras.

Ao compreender essas necessidades, a pessoa líder deve criar um ambiente propício ao aprendizado, ao oferecer acesso a treinamentos, ferramentas e recursos que capacitam a equipe de forma contínua.

E, mais do que disponibilizar oportunidades, deve fornecer feedbacks e incentivar o engajamento das pessoas nesse processo, sem deixar de mostrar a relevância de cada habilidade para o crescimento individual e coletivo.

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https://www.youtube.com/watch?v=lzELnH61c4c&t

Leia também: Conheça as principais tendências tech para 2025

Athena Bastos
Athena Bastos

Coordenadora de Comunicação da Alura + FIAP Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Digital Data Marketing pela FIAP. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.