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Como estruturar e gerenciar seus times de tecnologia em squads

Athena Bastos

Athena Bastos


Neste artigo você verá como implementar uma metodologia de squads e evitar os riscos mais comuns do formato: como funcionam os times, a estrutura em chapters, guilds e tribes, vantagens e como saber se é a metodologia certa para o seu time.

Squads são ou não um bom modelo para times de TI? Com certeza, você já viu conteúdos que falam só dos benefícios dos squads, mas também conteúdos que falam só sobre o porquê de algumas empresas fracassarem ao adotar a metodologia.

Por isso, analisamos melhor o que há por trás dos squads, para mostrar quando ou não ela é uma boa opção para gerenciar seu time.

squads

Metodologia de Squads: como estruturar seu times em sua empresa

O squad é um time multidisciplinar (cross-funcional) organizado em torno de um fluxo de valor alinhado aos objetivos da empresa, com uma missão clara e autonomia para definir prioridades.

A organização pode variar entre as empresas. Por exemplo, há empresas que preferem limitar os squads em grupos pequenos, de 3 a 10 pessoas. Enquanto isso, há empresas que trabalham com mais pessoas do que o convencional, porque o seu objetivo talvez demande isso.

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Em geral, porém, independentemente do número exato de pessoas, criam-se estruturas otimizadas que permitam a gestão e o funcionamento da metodologia.

As estruturas específicas são definidas conforme os jobs to be done ou os problemas a serem resolvidos. Por essa razão, é importante que os gestores e gestoras também avaliem a capacidade de adaptação ao trazer pessoas para suas equipes.

Uma opção é realizar assessments recorrentes para entender como o squad lida com as variações no formato de trabalho.

Tulio Calsaverine, Product Manager de Growth do Nubank, por exemplo, fala que:

“Cada time tem a liberdade de adotar os processos que achar que funcionam [...] Os squads são cobrados para serem eficientes, efetivos, saudáveis e sustentáveis. A gente tem a autonomia para decidir como vai chegar lá”.

Veja também a conversa entre Paulo Silveira e Alexandre Magno:

Vamos, então, à estrutura mais conhecida de squads.

Chapters

Os chapters (capítulos) são as divisões de área, ou seja, os agrupamentos horizontais de colaboradores e colaboradoras com funções e competências semelhantes, como chapters de Design, Desenvolvimento, QA, entre outros.

O benefício dos chapters na metodologia de squads é permitir a troca entre pessoas com mesma função, mas em projetos diferentes.

Cada capítulo tem uma liderança, que orienta e contribui para o desenvolvimento profissional, Soft Skills e Hard Skills dos membro do chapter.

Tribes

Tribes (tribos) são o conjunto de squads reunidos em um mesmo projeto, para garantir a colaboração e a comunicação entre eles.

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Guilds

Guilds (guildas ou silos) são os agrupamentos de colaboradores e colaboradores com interesses em comum, misturando squads e chapters diferentes.

Objetivo é a troca entre pessoas com diferentes funções e projetos, para compartilhar aprendizados e facilitar a formação dos squads.

Como aliar a metodologia de squads às metodologias ágeis

Metodologias ágeis e squads são ferramentas que se combinam na proposta de Business Agility. O squad, de fato, se inspira no formato das equipes no método Scrum, como bem lembra Alexandro Magno no vídeo que indicamos mais acima.

A composição do Scrum Team é:

No entanto, o caráter multidisciplinar dos squads remete também ao formato das equipes de sprint descritas por Jake Knapp:

  • Definidores (função decisória semelhante à de Product Owner);
  • Especialistas (pessoas de diferentes áreas).

No Nubank, inclusive, muitas equipes começam a semana com reuniões de sprint para definir as entregas da semana, embora não seja um processo obrigatório. Afinal, cada squad tem autonomia para decidir seus processos.

Vantagens dos squads para as empresas

Como você deve ter visto, um dos grandes benefícios da metodologia de squads é incentivar a colaboração entre as pessoas. Quando temos times com pessoas multidisciplinares, uma depende do trabalho da outra para o resultado final e, para isso, o diálogo precisa ser claro e constante.

A estrutura de squads, entretanto, também fomenta o compartilhamento com a comunidade, seja com pessoas das mesmas funções, seja com pessoas de outros squads e áreas.

Um dos problemas mais recorrentes na área de tecnologia, e talvez você se identifique com isso, é a gestão do conhecimento. Quando uma pessoa ou um squad estão responsáveis por uma entrega muito específica, este conhecimento pode ficar restrito aos envolvidos.

Com processos bem definidos e o compartilhamento de conhecimento, a metodologia de squads pode mitigar essa dor.

Acima de tudo, a ideia dos squads é agilizar processos ao conectar as áreas (funções) necessárias, para a entrega de um produto (funcionalidade, projeto, jobs to be done) em comum e ao garantir a autonomia em decisões.

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Como saber se continuo com o formato de squads

O grande desafio, porém, está em construir uma organização que mantenha o senso de responsabilidade não apenas sobre uma das etapas do processo, um dos micro produtos, mas sobre o que se entrega ao cliente.

Além disso, é necessária uma organização que consiga equilibra a autonomia dos squads sem cair em um gap causado pela divergência entre a liderança de um squad e de outro ou a falta de alguém que tome a decisão final nestes casos.

Estes são os riscos da ferramenta e o porquê de muitos alegarem que squads estão fadados ao fracasso.

A verdade é que toda metodologia apresenta seus prós e seus contras. E antes de defini-las, é preciso pensar: quem é o seu cliente? O que ele deseja e como ele deseja? Isto pode funcionar na minha empresa?

Em times de tecnologia, ter pessoas de diversas funções é uma necessidade. Mas se você que está lendo este artigo é de outra área, pode ser que o formato não faça sentido. Vale ressaltar que sem autonomia, squads recebem apenas o nome de squad.

Ouça, por exemplo, a experiência do Magazine Luiza com o modelo.

A metodologia de squads, enfim, continua a oferecer agilidade e organização a diversas empresas, em formatos personalizados e adaptados a cada realidade. Ela não pode ser vista como um remédio que funcionará de igual forma a todos. Portanto, pensar no objetivo geral, no modelo e no cliente é o que pode dizer se a metodologia faz sentido ou não para a empresa.

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Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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