O que é Python? História, Sintaxe e um Guia para iniciar na Linguagem

Introdução
Python se tornou uma das linguagens de programação mais populares do mundo nos últimos anos. Sua versatilidade permite que ele seja utilizado em tudo, desde o aprendizado de máquinas até a construção de sites, automação de tarefas e testes de software.
Além disso, sua proximidade com a linguagem humana faz com que ele possa ser usado tanto por pessoas que desenvolvem, quanto por quem não está necessariamente inserido neste mercado.
Nesse artigo vamos apresentar questões importantes a respeito da linguagem Python, como o que ele é, como começou, alguns recursos básicos para utilizá-lo, quais as IDEs mais populares entre quem utiliza Python, tipos de dados, bibliotecas e frameworks mais usados, enfim, uma abordagem bem completa. Vamos lá?

O que é Python?
Trata-se de uma linguagem de programação de uso geral, o que significa que pode ser usada para criar uma grande variedade de aplicações diferentes e não é especializada em nenhum problema determinado.
Essa versatilidade, juntamente com sua facilidade de uso para iniciantes, tornou-a uma das linguagens mais usadas atualmente.

Alguns dos principais pontos que trazem destaque para ela são:
O fato de ser uma linguagem interpretada, o que significa que ela não precisa passar pelo processo de compilação. No caso do Python, o processo de interpretação é executado dentro de máquinas virtuais, nas quais o código passa por uma camada intermediária que irá traduzir os comandos de programa para código binário. Isso acelera bastante a velocidade de desenvolvimento;
Sua sintaxe é simples, fácil de aprender e muito próxima da linguagem falada por nós, por isso podemos dizer que ela se trata de uma linguagem de alto nível;
Multiparadigma, pois nos dá a possibilidade de programar em vários paradigmas, tais como:
- procedural, com instruções passadas ao computador na sequência em que devem ser executadas;
- funcional, paradigma que consiste em programas construídos aplicando e compondo funções;
- orientação a objetos, o que traz a perspectiva do mundo real para a programação, tornando os programas fáceis de entender por causa desta relação.
O próprio programa “reconhece” qual tipo de dado está sendo utilizado, fazendo com que ele não precise ser previamente declarado. Por isso dizemos que ele possui semântica dinâmica.
A História: como tudo começou?
Sobre a origem do Python, ele foi desenvolvido inicialmente no final da década de 1980 pelo programador holandês Guido van Rossum, e teve sua primeira versão lançada em 1991 no Centrum Wiskunde & Informatica - CWI (Instituto Nacional de Pesquisa para Matemática e Ciência da Computação), na Holanda.
A linguagem fez grandes avanços para o desenvolvimento de código aberto, utilizando as PEPs (“Propostas de Enriquecimento do Python”) como principal ferramenta para sugestões de melhoramento e discussões da comunidade.
Elas são usadas para descrever mudanças na linguagem ou em suas normas, e são avaliadas pelo público e aceitas ou rejeitadas depois de muitas discussões. Qualquer um pode escrever e enviar uma PEP para avaliação.
Por que o Python é valorizado? Veja por que aprender a programar em Python
Utilizando como base a pesquisa “Python Developers Survey 2021 Results”, realizada pela JetBrains, o Python é umas das linguagens que crescem mais rapidamente em relevância e tem sido valorizado pelas empresas que o utilizam por conta das suas características, como agilidade, praticidade e versatilidade, sobretudo para projetos que demandam maior complexidade.
Nas áreas em que ele é mais utilizado temos como destaque:
- A análise de dados;
- Aprendizado de máquina;
- Desenvolvimento web; e
- DevOps.

Créditos: Python Developers Survey 2021 Results
7 Motivos para aprender a programar em Python
Podemos apontar como os principais motivos para aprender Python:
- Sintaxe simples;
- É Multiplataforma e de código aberto;
- Versatilidade;
- Comunidade fiel e ativa;
- Tem sido utilizada por grandes empresas;
- É a mais popular na Ciência de Dados;
- E por todos esses motivos está em alta no mercado de trabalho.
Saiba mais: qual a melhor linguagem de programação?
A MELHOR linguagem de programação com Fabio Akita | #HipstersPontoTube

Primeiros passos e recursos básicos
Primeiros Passos em Data Science: Do Excel e BI ao Python – Hipsters Ponto Tech #134
Veja mais para seus primeiros passos:
- Como instalar o Python no Windows;
- Como instalar o Python no Linux; e
- IDEs para desenvolvimento.
01) Como instalar o Python no Windows
Para instalar o Python no seu sistema operacional Windows, você deve baixar o instalador disponível na página de download oficial do Python e clicar em download, como mostrado abaixo.

Faça o download do instalador executável do Windows e clique duas vezes nele para iniciar o assistente de instalação.
O processo de instalação é bem simples:
- Marque a opção "Add Python to PATH";
- Clique em "Install Now";
- Após a instalação, basta clicar no botão "Close";
- Para verificar se a instalação do Python foi bem-sucedida, pesquise no Menu Iniciar por "cmd" e clique duas vezes para abri-lo;

- Digite o comando
python --version
para se assegurar da versão do Python que está instalada.

- Agora digite
pip --version
. Este comando retornará a versão dopip
instalada em sua máquina. Opip
é o gerenciador de pacotes. Com ele, você poderá adicionar novas funcionalidades ao Python.

02) Como instalar o Python no Linux
- Os sistemas operacionais baseados no Debian já possuem o Python3 pré-instalado. Verifique se esse é o caso do seu sistema executando o seguinte comando no terminal:
python3 -V
É importante que a letra V esteja maiúscula!
Assim será retornada a versão do Python3 instalada.
- Se você ainda não tiver ele instalado, digite os seguintes comandos no terminal:
sudo apt-get update
sudo apt-get install python3
03) IDEs para desenvolvimento
Ainda segundo a pesquisa “Python Developers Survey 2021 Results” esses são os ambientes de desenvolvimento mais utilizados para desenvolver em Python:

Créditos: Python Developers Survey 2021 Results
Fica bem evidente que as opções mais utilizadas no mercado por pessoas que trabalham com desenvolvimento web são o Visual Studio Code e Pycharm.
3.1) VS Code
Então, que tal instalar o VS Code? Para isso basta fazer o download do pacote de instalação disponível no site oficial, que será semelhante à imagem a seguir:

3.2) PyCharm
Para instalar a outra IDE, nós também utilizamos o pacote de instalação disponível no site oficial do Pycharm. Mantenha a atenção para realizar o download da versão Community, pois ela está disponível gratuitamente:

Quais são os tipos de dados em Python?
Relembrando, dissemos anteriormente que Python é uma linguagem dinamicamente tipada, o que significa que não é necessário declarar o tipo de variável ou fazer casting (mudar o tipo de variável), pois o Interpretador se encarrega disso para nós!
Isso significa também que, se por algum motivo precisarmos alterar o tipo de variável durante a execução do programa, é possível fazer essa mudança.
Os tipos de dados padrão do Python são:
- Inteiro (int);
- Exemplo: 1
- Ponto Flutuante ou Decimal (float);
- Exemplo: 1.1
- Tipo Complexo (complex);
- Exemplo: 8j
- String (str);
- Exemplo: hello
- Boolean (bool);
- Exemplo: true / false
- List (list);
- Exemplo: ['Mônica', 'Ana', 'Bruno', 'Alice']
- Tuple;
- Exemplo: (90, 79, 54, 32, 21)
- Dictionary (dic);
- Exemplo: {'Camila': 1.65, 'Larissa': 1.60, 'Guilherme': 1.70}
01) Tipo Inteiro (int)
É um tipo usado para um número que pode ser escrito sem um componente decimal, podendo ser positivo ou negativo. No código abaixo, por exemplo, vemos as variáveis, idade
e ano
, com os valores 20
e 2010
atribuídos a elas, se pedirmos que o programa imprima o tipo das variáveis, vamos ter como retorno que elas são do tipo inteiro:
idade = 20
ano = 2010
print(type(idade))
print(type(ano))
<class ‘int’>
<class ‘int’>
02) Ponto Flutuante ou Decimal (float)
É um tipo composto por números decimais. O float é usado para números racionais (que podem ser representados por uma fração), informalmente conhecidos como “números quebrados”.
No código abaixo, por exemplo, vemos as variáveis altura e peso com os valores 1.73
e 78.500
atribuídos a elas. Se pedirmos que o programa imprima o tipo das variáveis, vamos ter como retorno que elas são do tipo float:
altura = 1.73
peso = 78.500
print(type(peso))
print(type(altura))
<class ‘float’>
<class ‘float’>
03) Complexo (complex)
Tipo de dado usado para representar números complexos, normalmente em cálculos geométricos e científicos.
Um tipo complexo contém duas partes: a parte real e a parte imaginária, sendo que a imaginária contém um j
no sufixo.
Com a função complex()
podemos converter reais em números complexos. Ela traz dois argumentos, sendo o primeiro deles um número real, correspondente à parte real do número complexo, e o outro, um argumento opcional, que representa a parte imaginária. Por exemplo: z = complex(x,y)
.
No exemplo abaixo, vemos as variáveis, a e b, com os valores 10+16j
e 3+80j
atribuídos a elas. Se pedirmos que o programa imprima o tipo das variáveis, vamos ter como retorno que elas são do tipo complex:
a = 10+16j
b = 3+80j
print(type(a))
print(type(b))
<class ‘complex’>
<class ‘complex’>
04) String (str)
É um conjunto de caracteres geralmente utilizados para representar palavras, frases ou textos.
Temos como exemplo as variáveis nome
e profissão
, com os dados Guilherme
e Engenheiro de Software
atribuídos a elas. Pedindo para o programa imprimir o tipo dessas variáveis, teremos como retorno que elas são strings:
nome = ‘Guilherme’
profissao = ‘Engenheiro de Software’
print(type(profissao ))
print(type(nome))
<class ‘str’>
<class ‘str’>
05) Boolean (bool)
Tipo de dado lógico que pode representar apenas dois valores: falso ou verdadeiro (False ou True, em Python).
Na lógica computacional, podem ser considerados como 0 ou 1.
Como exemplo, temos as variáveis: sexta_feira
e feriado
, com os dados True
e False
atribuídos a elas. Se pedirmos que o programa imprima o tipo das variáveis, vamos ter como retorno que elas são do tipo boolean:
sexta_feira = True
feriado = False
print(type(sexta_feira))
print(type(feriado))
<class ‘bool’>
<class ‘bool’>
06) Listas (list)
As listas agrupam um conjunto de elementos variados, podendo conter: inteiros, floats, strings, outras listas e outros tipos.
Elas são definidas utilizando-se colchetes para delimitar a lista e vírgulas para separar os elementos. Já existe um artigo sobre listas em Python: operações básicas na plataforma, caso você queira se aprofundar no tema.
No código abaixo, por exemplo, vemos as variáveis alunos
e notas
, com os dados: ’Mônica’, ’Ana’, ’Bruno’, ’Alice’
e 10, 8.5, 7.8, 8.0
atribuídos a elas. Pedindo para o programa imprimir o tipo das variáveis, vamos ter como retorno que elas são do tipo lista:
alunos = [‘Mônica’, ‘Ana’, ‘Bruno’, ‘Alice’]
notas = [10, 8.5, 7.8, 8.0]
print(type(alunos))
print(type(notas))
<class ‘list’>
<class ‘list’>
07) Tuplas (tuple)
Assim como as listas, a tupla é um tipo que agrupa um conjunto de elementos. Porém, sua forma de definição é diferente, já que utilizamos parênteses e as informações são separadas por vírgula.
Mas a principal diferença das listas é que as tuplas são imutáveis, ou seja, após sua definição, não podem ser modificadas. Para saber mais a respeito desse tipo, confira o artigo “Conhecendo as tuplas no Python”.
No exemplo abaixo, há as variáveis valores
e pontos
, com conjuntos de dados atribuídos a elas. Pedindo para o programa imprimir o tipo das variáveis, temos como retorno que elas são do tipo tuple.
valores = (80, 29, 45, 91, 23)
pontos = (10, 29.05, 66.8, 72)
print(type(valores)
print(type(pontos))
<class ‘tuple’>
<class ‘tuple’>
Se tentarmos modificar uma tupla, receberemos a seguinte mensagem de erro:

08) Dicionários (dict)
Os dicionários são normalmente utilizados para agrupar elementos através da estrutura de chave e valor, de forma que a chave é o primeiro elemento, seguido por dois pontos e pelo valor.
Vemos abaixo um exemplo de seu uso, por meio de variáveis de altura e idade, com dados de pessoas como primeiro elemento e os respectivos dados referentes às alturas e idades como valores.
altura={‘Sandra’:1.65, ‘Elizabeth’: 1.60, ‘Roberto’: 1.70}
idade = {‘Sandra’:35, ‘Elizabeth’:58, ‘Roberto’:68}”
print(type(altura)
print(type(idade))
<class ‘dict’>
<class ‘dict’>
Como mudar o tipo da variável no Python?
Em alguns cenários pode ser necessário mudar o tipo de uma variável e no Python isso é muito fácil, justamente por se tratar de uma linguagem dinamicamente tipada.
Vamos ver alguns exemplos de como trocar os tipos de variáveis.
Float para String
#Antes de converter
altura=1.55
print(type(altura)
#Fazendo a conversão
altura = str(altura)”
#Depois da conversão
print(type(altura)
print(altura)
<class ‘float’>
<class ‘str’>
1.55
Inteiro para Float
#Antes de converter
idade=18
print(type(idade))
#Fazendo a conversão
idade = float(idade)
#Depois da conversão
print(type(idade)
print(idade)
<class ‘intt’>
<class ‘float’>
18.0
Estruturas condicionais em Python: if, elif e else
Estruturas condicionais são artifícios utilizados para controlar o fluxo de execução de programas, assim podemos determinar qual bloco de código será executado a partir de uma determinada condição. Na linguagem Python, podemos fazer isso utilizando as estruturas if
, elif
e else
, como veremos a seguir.
If
Utilizamos o if em um programa quando pretendemos verificar se uma ação é verdadeira e executar o bloco de código contido em seu escopo. Fazemos isso da seguinte forma:
media = 7
if media > 6.9:
print(“Você foi aprovado)”
Neste exemplo, nosso programa irá executar e retornar a mensagem: “Você foi aprovado”, apenas se a variável media
possuir um valor maior que 6.9
. Caso o valor seja menor do que isso, ele simplesmente irá ignorar o comando ''print'' e finalizará logo em seguida.
Else
Se usarmos o if/else em conjunto, faremos com que uma das ações presentes no código sejam executadas, pois se determinada condição (if
) for verdadeira, o programa executará uma ação. Caso não seja verdadeira, executaremos o else
, ou seja, outra ação. Desse modo, testamos se uma condição é verdadeira.
Neste exemplo abaixo, nosso programa irá executar e retornar a mensagem: “Você foi reprovado”, apenas se a variável media
possuir um valor menor que 4.9
. Caso contrário, será printado: “Você foi aprovado”.
media = 5
if media < 4.9:
print(“Você foi reprovado”)
else:
print(“Você foi aprovado”)
If…elif…else
Utilizamos if/elif/else quando precisamos verificar mais de uma condição. Imagine que precisamos verificar se um aluno foi reprovado ou se ele ficou de recuperação. Teríamos algo parecido com o seguinte cenário:
media = 6
if media < 5
print(“Você foi reprovado”)
elif media > 5
media < 7
print(“Você fará a recuperação”)
else:
print(“Você foi aprovado”)
Primeiro, precisamos verificar se a média do aluno é menor que 5. Em caso positivo, vamos imprimir a mensagem: "Você foi reprovado". Caso essa condição seja falsa, precisamos verificar se ele foi aprovado ou se fará a recuperação. Para isso, o elif
irá testar se a média está entre os valores 5 e 7. Se sim, vamos imprimir a mensagem: "Você fará a recuperação". Se a condição do if
e do elif
forem falsas, o código contido no else será executado e imprimirá a mensagem: "Você foi aprovado".
Estruturas de repetição Python: for e while
As estruturas de repetição são utilizadas quando queremos que um bloco de código seja executado várias vezes. Em Python podemos fazer isso de duas formas: utilizando for ou while.
Como usar For no Python?
Utilizamos o for
quando queremos iterar sobre um bloco de código por um determinado número de vezes.
for i in range(1,10):
print(i)
Saída:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Como usar o While no Python?
A outra forma de repetir a execução de um trecho de código até que uma condição seja satisfeita é utilizar o while
. Ou seja, é necessário que uma expressão booleana dada seja verdadeira. A partir do momento que ela se tornar falsa, o while
para.
gastos=0
valor_gasto=0
while gastos < 1000
valor_gasto = int(input(“Digite o valor gasto”))
gastos = gastos + valor_gasto
print(gastos)
Digite o valor do novo gasto 20
Digite o valor do novo gasto 500
Digite o valor do novo gasto 480
1000
Boas Práticas de programação
A tecnologia continua a evoluir e sempre surgem novas formas de escrever um código. Por isso, aplicar boas práticas de programação é fundamental para aprimorar o ambiente de trabalho, ter qualidade no momento de programar, manter o código legível, organizado e funcional.
Como desenvolver boas práticas de programação? com Fabio Akita | #HipstersPontoTube

Módulos e bibliotecas em Python
Você deve já deve ter visto menções aos pacotes, módulos e bibliotecas de Python. Mas afinal, o que são eles e como funcionam? Vamos entender melhor o comportamento e a utilidade de cada um a seguir.
Vejamos uma definição de módulo de acordo com a documentação da linguagem:
“Um módulo é um arquivo Python contendo definições e instruções."
O nome do arquivo é o módulo com o sufixo .py
adicionado. Dentro de um módulo, o nome do módulo (como uma string) está disponível na variável global __name__
.
O conjunto desses módulos (arquivos) pode ser chamado de pacote ou biblioteca. Já os pacotes, ainda segundo a documentação:
“São uma maneira de estruturar namespaces para módulos Python utilizando a sintaxe de ‘nomes pontuados’ (dotted names).”
Um namespace é uma coleção de nomes simbólicos, atualmente definidos junto com informações sobre o objeto ao qual cada nome faz referência. Você pode pensar em um namespace como um dicionário no qual as chaves são os nomes dos objetos e os valores são os próprios objetos. Cada par chave-valor mapeia um nome para seu objeto correspondente.
Para ilustrar melhor, vamos observar o seguinte exemplo:
- Criaremos um módulo que representa um círculo. Para isso, geramos um arquivo chamado ´circulo.py` com o seguinte conteúdo:
Pi=3.14159
def area(raio):
return Pi*(raio **2)
def comprimento_circunferencia(raio):
return 2*Pi*raio: return 2*Pi*raio”]()
- Para usar o módulo acima, podemos importar seus dados para outro arquivo da seguinte forma:
import circulo
print(circulo.Pi)
print(circulo.area(5)
print(circulo.comprimento_circunferencia(5))
- Dessa forma, teremos o retorno:
3.14159
78.53975
31.4159
Caso quiséssemos utilizar apenas a função area()
poderíamos importar apenas ela por meio do comando from circulo import area
. Isso é útil em caso de módulos muito grandes e quando queremos usar apenas uma ou outra função deles.
Com base nisso, precisamos entender que a biblioteca padrão Python é um conjunto de módulos disponíveis para que você possa importá-los e usar as funcionalidades deles quando quiser.
O PythonPath
Até agora, tratamos apenas de casos em que os módulos importados estavam no mesmo nível de diretório daqueles que os importavam. Em outros casos, precisamos entender como o interpretador Python busca por módulos em outros diretórios.
Quando uma instrução “import” é executada, o interpretador primeiramente irá verificar se o módulo requerido está no diretório atual. Se estiver, vai importá-lo como vimos no exemplo. Caso contrário, a busca se estenderá ao PYTHONPATH.
O PYTHONPATH é uma lista de diretórios na qual o interpretador Python irá buscar por módulos para importação.
Um dos módulos mais utilizados é o datetime. Você pode aprender mais sobre o módulo datetime no artigo Python datetime: Como faço para definir data e hora em Python?
PyPI
O Python Package Index, abreviado como PyPI é o repositório de software oficial de terceiros para Python.
De acordo com a documentação oficial:
“PyPI é o Índice de Pacotes padrão para a comunidade Python. Está aberto a todos os desenvolvedores Python para consumir e distribuir suas distribuições.”
Alguns gerenciadores de pacotes, incluindo o pip
, usam o PyPI como a fonte padrão para os pacotes e suas dependências, e mais de 113.000 pacotes Python podem ser acessados por meio do PyPI.
O PyPI, primariamente, hospeda pacotes Python na forma de arquivos pré-compilados e funciona como um índice. Assim, ele permite que os usuários pesquisem e criem pacotes por meio de palavras-chave ou por filtros que ficam disponíveis com licença de software livre.
Para saber mais sobre o PyPI você pode consultar o artigo “Como publicar seu código Python no PyPI”.
Ambientes virtuais
Normalmente, aplicações em Python usam pacotes e módulos que não vêm como parte da instalação padrão. Algumas aplicações podem precisar de uma versão específica de uma biblioteca, porque ela requer que algum problema em particular tenha sido consertado, ou foi escrita utilizando-se de uma versão obsoleta da interface da biblioteca.
Isso significa que talvez não seja possível que uma instalação Python preencha todos os requisitos necessários. Se uma aplicação “A” necessita da versão 1.0 de um módulo particular, mas a aplicação “B” necessita da versão 2.0, os requisitos entrarão em conflito e instalar qualquer uma das duas versões fará com que uma das aplicações não execute.
A solução para este problema é criar um ambiente virtual, uma árvore de diretórios que contenha uma instalação Python para uma versão particular do Python, além de uma série de pacotes adicionais.
Nesse artigo: você pode ver detalhadamente como criar e configurar um ambiente virtual em Python.
Quais são as Bibliotecas e Frameworks mais utilizados?
Um framework Python é um conjunto de pacotes e módulos que tornam a programação mais fácil e rápida. Eles fornecem uma série de ferramentas necessárias na hora de desenvolver uma aplicação.
A pesquisa “Python Developers Survey 2021 Results” nos traz os seguintes resultados a respeito dos frameworks e bibliotecas mais utilizadas:
“Flask, Django e FastAPI ainda são os 3 principais frameworks web Python. O FastAPI, lançado inicialmente no final de 2018, apresenta o crescimento mais rápido, tendo crescido 9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, em comparação com 2020, a parcela de usuários do Flask diminuiu 5 pontos percentuais.”

Créditos: Python Developers Survey 2021 Results
Empresas que utilizam Python
Podemos destacar algumas das gigantes de tecnologia que adotaram Python como sua linguagem queridinha, e a utilizam em áreas como: análise de dados, big data, desenvolvimentos de jogos, inteligência artificial, computação gráfica, automação, dentre outras. Confira a seguir, algumas dessas empresas:
01) Google
Uma das maiores fãs de Python no mundo possui seu próprio jargão, que diz: “Python where we can, C++ where we must” (em tradução livre: Python onde possível, C++ onde obrigatório).
Python é uma das linguagens de programação mais populares dentro da companhia, junto com Java e C++.
02) Instagram
Utiliza o Python como principal linguagem de programação desde 2016. Em 2017, realizou uma grande mudança para o Python 3 e anunciou o gerenciamento do maior projeto de desenvolvimento web de Django escrito inteiramente em Python.
03) Amazon
As sugestões que aparecem na plataforma são resultados de análises de hábitos de compras e padrões de busca, realizadas tanto com Python — machine learning e Big Data — quanto pelo Hadoop, banco de dados da Amazon.

04) Spotify
O Spotify patrocina conferências e eventos dedicados à linguagem, além de alimentar as bibliotecas com documentação, utilizá-la para análise de dados, e também em seus serviços de backend.
05) Facebook
É a terceira linguagem mais usada entre quem desenvolve o Facebook, responsável por publicar diversos projetos de código aberto usando Python, contribuindo para diversas bibliotecas.
06) Globo
Por último, mas não menos importante, a Globo, que realiza o gerenciamento dos conteúdos de seus portais utilizando Python, que por ser uma linguagem muito dinâmica, proporciona um grande benefício para tratar do volume altíssimo de informações diárias que a empresa recebe.
Os melhores livros de tecnologia para ler e se aprofundar
Os MELHORES livros de tecnologia para ler em Programação com Roberta Arcoverde | #HipstersPontoTube

Aprenda mais sobre Python gratuitamente
01) Formação: Python para Data Science
Acesse gratuitamente as primeiras aulas da Formação Python para Data Science, feita pela Escola de Dados da Alura e continue aprendendo sobre temas como:
- Python para Data Science
- Python para Data Science: linguagem e Numpy
- Python para Data Science: Funções, Pacotes e Pandas
- Python Pandas: tratando e analisando dados
- Data Visualization: explorando com Seaborn
- Data Science: análise de series temporais
- Corretor Ortográfico em Python: aplicando técnicas de NLP

02) Formação: Aprenda a programar em Python com Orientação a Objetos
Acesse gratuitamente as primeiras aulas da Formação Aprenda a programar em Python com Orientação a Objetos, feita pela Escola de Programação da Alura e continue aprendendo sobre temas como:
- Python: começando com a linguagem
- Python: avançando na linguagem
- Python: entendendo a Orientação a Objetos
- Python: avançando na orientação a objetos
- String em Python: extraindo informações de uma URL
- Python Collections parte 1: listas e tuplas
- Python Collections parte 2: conjuntos e dicionários
- Python Brasil: validação de dados no padrão nacional
- Python e TDD: explorando testes unitários
Apostilas da Alura — Você profissional em T
Apostila de Python e Orientação a Objetos da Alura
Mergulhe na Apostila de Python e Orientação a Objetos e aprenda tópicos importantes que envolvem essa linguagem de programação, como:
- Como aprender Python;
- O que é Python;
- Variáveis e tipos embutidos;
- Introdução ao Pycharm;
- Estrutura de dados;
- Funções;
- Arquivos;
- Orientação a Objetos;
- Modificadores de acesso e métodos de classe;
- Pycharm e Orientação a objetos;
- Herança e Polimorfismo;
- Herança Múltipla e Interfaces;
- Exceções e Erros;
- Collections;
- Apêndice - Python2 ou Python3?;
- Apêndice - Instalação.
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Conclusão
Neste artigo você aprendeu mais sobre Python entendendo um pouco do porquê ele é considerado uma linguagem versátil, dinâmica e de fácil aprendizagem, além de ter uma noção de sua história.
Você também viu alguns conceitos básicos da linguagem, quais são os ambientes de desenvolvimento mais utilizados por pessoas desenvolvedoras em Python, suas principais aplicações dentro da área de desenvolvimento e algumas das empresas que mais utilizam Python (e em quais processos a linguagem é utilizada por elas).
Para aprender mais e continuar mergulhando nesse universo gigante que a linguagem nos permite explorar, você pode navegar pelos seguinte conteúdos:
- Podcast - HipstersPontoTube | O que é o Python
- Artigo - Python: a origem do nome
- Artigo - Python - uma introdução a linguagem
- Artigo - Trabalhando com arquivos e diretórios no python
- Artigo - O que é Compilação e qual o papel dos Compiladores?
- Artigo - Programação funcional: O que é?
- Artigo - Programação orientada a objetos e programação estruturada
- Artigo - O que são as tipagens estática e dinâmica em programação
- Artigo - O que é Python?