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Recrutamento interno no setor tech: como fazer e quais as vantagens?

Athena Bastos

Athena Bastos


Uma imagem simbólica de duas mãos segurando um currículo em uma mesa corporativa, remetendo ao conceito de recrutamento interno. A imagem sugere que a empresa está buscando talentos.

Em um mercado em constante evolução e crescimento, como o de tecnologia, nem sempre é fácil encontrar talentos para ocupar as vagas que surgem a todo momento. Diante desse contexto, as organizações enfrentam o desafio de adotar abordagens inovadoras em suas estratégias e repensar suas perspectivas em relação às pessoas colaboradoras.

Por isso, para impulsionar suas equipes, aumentar a eficiência operacional e estimular a inovação, as empresas enfrentam um desafio que é: como maximizar o potencial humano para atingir essas metas, uma vez que não há talentos qualificados para tanta demanda?

Uma alternativa que ganha destaque é o recrutamento interno, que envolve a movimentação de colaboradores e colaboradoras entre diferentes áreas e funções dentro da própria empresa. Essa abordagem visa aproveitar o talento existente, promovendo uma gestão estratégica dos recursos humanos.

Isso abre um leque de oportunidades, porque permite que a empresa acelere o desenvolvimento de pessoas que já possuem conhecimento do negócio e da cultura. E o melhor: podem agregar trazendo conhecimentos que tiveram em outras funções.

Inclusive, dados do LinkedIn em 2021 apontam que pessoas que passam pelo processo de recrutamento interno tendem a permanecer por até o dobro do tempo nas organizações em relação a empresas que não promovem esse tipo de mobilidade.

No entanto, não basta migrar pessoas de uma área para outra. É necessário ter um plano e, de fato, ajudar essas pessoas a se desenvolverem.

Pensando nisso, o objetivo deste artigo é auxiliar as empresas no processo de recrutamento interno, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento das pessoas que fizeram essa transição.

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O que é recrutamento interno?

Antes de passar para o conceito de recrutamento interno, é importante entender o que é o recrutamento em si.

De forma geral, é o processo que tem como objetivo preencher as vagas disponíveis na empresa com pessoas adequadas para desempenhar as funções específicas.

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Normalmente, as pessoas relacionam que o processo de recrutamento se inicia a partir da atração de talentos. Mas nem sempre é assim.

Existem outras formas diferentes de começar um processo de recrutamento. Uma delas é a partir do recrutamento interno.

O recrutamento interno é, portanto, um processo que preenche vagas disponíveis com pessoas colaboradoras da própria empresa.

Ou seja, ao invés de atrair pessoas candidatas externas, o setor de RH oferece a oportunidade para pessoas colaboradoras mudarem de função ou de área dentro da empresa.

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Qual a diferença entre recrutamento interno e externo

Assim, a diferença entre recrutamento interno e externo é o público que participa do recrutamento.

Enquanto o recrutamento interno procura pessoas de dentro da empresa para ocupar as vagas, o externo realiza os processos seletivos com as pessoas de fora da empresa e disponíveis no mercado.

O que é recrutamento misto

Mas também existe a opção de abrir as vagas disponíveis para todos os públicos: tanto para o público externo quanto para o público interno.

Isto é, o setor de RH disponibiliza as vagas para as pessoas colaboradoras da empresa, mas também anuncia a vaga para as pessoas de fora.

Nesse caso, trata-se de um recrutamento misto, que mistura as duas modalidades de recrutamento e abrange todos os públicos possíveis.

Como funciona o recrutamento interno?

Sendo assim, a escolha de uma pessoa colaboradora para ocupar o novo cargo da empresa acontece a partir dos seguintes procedimentos de recrutamento interno:

Oferta da vaga

O primeiro passo para o recrutamento interno é a comunicação da oportunidade para todas as pessoas colaboradoras.

O importante nesse passo é que todas as pessoas que têm capacidade para participar do recrutamento fiquem cientes da vaga disponível.

Para isso, o time de RH pode utilizar e-mails e comunicações em plataformas corporativas, por exemplo.

Análise dos perfis das pessoas colaboradoras

Depois disso, é a hora de fazer uma atualização dos dados das pessoas colaboradoras. É importante verificar quem concluiu um curso ou certificação, por exemplo. Ou, então, quem adquiriu alguma competência que pode ser aproveitada na nova função.

O objetivo desse procedimento é identificar quem são as pessoas que atendem ao perfil da vaga em aberto.

Comunicação entre as áreas envolvidas

Além disso, é importante que o setor de RH providencie a comunicação entre as áreas envolvidas nesse processo de recrutamento interno.

Esse diálogo é essencial para evitar que se criem atritos entre diversas áreas da empresa ou entre as lideranças.

Aplique os testes necessários

Depois de definir quem são as pessoas que participarão do processo seletivo, é importante fazer os testes que identifiquem características importantes para desempenhar as funções.

É fundamental ter em mente que os testes não devem compreender exclusivamente habilidades técnicas, mas, as competências relacionais e pessoais importantes para desempenhar as funções.

Esses testes compreendem, portanto, análises psicológicas, dinâmicas e avaliações comportamentais, por exemplo.

Outro detalhe importante diz respeito à expectativa das pessoas. Não só em relação ao lado financeiro (que é importante, claro!), mas em relação à rotina, à convivência com colegas, auxílios para capacitação e desenvolvimento e aí por diante.

Não esqueça do feedback no final do processo

Ao final do processo, não se esqueça de dar um feedback para as pessoas que participaram e que não foram selecionadas.

Preocupe-se com a transparência do processo e se certifique que as pessoas se sintam motivadas para participar dos próximos processos que surgirem.

Quais os tipos de recrutamento interno?

Apesar de se destinar sempre para as pessoas colaboradoras — público interno da empresa, o recrutamento interno pode acontecer de diferentes formas.

Nessa perspectiva, o recrutamento interno pode ser:

  • Promoção: quando a pessoa colaboradora é promovida, ocupa um novo cargo — hierarquicamente superior. Assim, o seu antigo cargo é disponibilizado para outra pessoa.
  • Informal: é um tipo de recrutamento sem regras rígidas, que pode acontecer por indicações de outras áreas ou de conversas informais com outras equipes.
  • Abertura de vaga: o setor de RH comunica a abertura de vagas para todos os setores da empresa, possibilitando a participação por qualquer pessoa colaboradora.
  • Transferências: quando acontece a transição de uma pessoa colaboradora para uma nova equipe ou para um novo setor, podendo ser uma rotação de trabalho ou uma recolocação efetiva.

Recrutamento interno — Vantagens para as empresas de tecnologia

O recrutamento interno é uma ótima oportunidade para as pessoas colaboradoras ocuparem cargos mais altos ou mudarem de área e se desenvolverem na carreira.

Além do mais, também existem muitos benefícios desse tipo de recrutamento para as empresas de tecnologia. Confira abaixo, as principais vantagens do recrutamento interno:

Redução de custos no recrutamento tech

O processo de recrutamento interno elimina algumas etapas de uma seleção externa como, por exemplo, divulgação de vagas e análise de currículos.

Sendo assim, é uma forma de promover um recrutamento inteligente, reduzindo custos e permitindo um processo mais ágil e mais assertivo.

Fit cultural das pessoas

Além disso, o recrutamento interno economiza o processo de alinhamento cultural. Afinal de contas, a pessoa colaboradora já está ambientada com a empresa e já conhece os valores e as operações do negócio.

Inclusive, o fit cultural é um ponto fundamental para que a empresa consiga cumprir as metas estratégicas com eficiência.

Ainda, através do recrutamento interno, o setor de RH também não precisa se preocupar com treinamentos introdutórios e integração com a equipe.

Maior conhecimento do negócio

Mesmo em outra função ou outra área de atuação, a pessoa colaboradora já possui uma visão do negócio e dos objetivos, além de já conhecer o público e o setor.

Todos esses pontos, sem dúvida, contribuem para a aceleração da curva de aprendizagem da pessoa colaboradora na nova função.

Ainda, é importante mencionar que as pessoas se sentem valorizadas e motivadas a buscar o aperfeiçoamento necessário para desempenharem as novas atividades.

Isso significa que o processo de recrutamento interno contribui para o aumento da produtividade, da motivação e do engajamento das pessoas colaboradoras.

Retenção de talentos

Como você já sabe, segundo dados da pesquisa do LinkedIn, as pessoas que passam por processos de mobilidade interna costumam permanecer mais tempo na empresa.

Inclusive, nas empresas que fazem recrutamento interno, o tempo de permanência das pessoas colaboradoras chega a ser o dobro se comparado ao tempo de permanência em empresas que não fazem mobilidade interna.

Isso significa, portanto, que a mobilidade interna é uma estratégia de retenção de talentos.

Desafios do recrutamento interno

O recrutamento interno, mesmo oferecendo inúmeros benefícios, também enfrenta diversos desafios. Um dos principais pontos é garantir a imparcialidade e a igualdade de oportunidades para todas as pessoas colaboradoras, evitando favorecimentos ou exclusões.

A transparência no processo é essencial para preservar a confiança e evitar conflitos internos. Além disso, a identificação de talentos pode ser desafiadora, pois é necessário avaliar habilidades, competências e aspirações de maneira precisa.

Por isso, é importante ter uma gestão cuidadosa das expectativas dos colaboradores e colaboradoras, uma vez que as decisões podem impactar a motivação e o engajamento da equipe.

Para superar esses desafios é preciso definir políticas claras, ter uma comunicação aberta e um equilíbrio entre reconhecer o mérito interno e promover a diversidade e inclusão.

Recrutamento interno e Reskill: como desenvolver pessoas para o recrutamento interno

Para começar a reflexão, vamos antes entender o conceito de Reskill. Trata-se de um termo em inglês que pode ser traduzido como requalificação.

Na prática do RH, representa o aprendizado de skills em áreas de conhecimento diferentes daquelas que a pessoa já desempenha suas atividades. Ou seja, é o desenvolvimento de uma habilidade fora da zona de conhecimento da pessoa.

Na perspectiva do recrutamento interno, a pessoa colaboradora também precisa passar por um processo de aprendizagem. E se ela ainda não atua com as funções que exercerá, podemos dizer que ela precisará passar por um Reskill.

No entanto, nesse caso, a curva de aprendizagem pode ser mais ágil do que no recrutamento externo.

A necessidade de desenvolvimento pode ser maior ou menor, dependendo da área inicial e da intensidade da mudança.

Inclusive, muitas empresas vêm apostando na migração de pessoas de áreas distintas para a área de tecnologia.

É o caso, por exemplo, de uma pessoa que saiu da área comercial para a área de desenvolvimento de produtos. Nesse caso, ela precisará passar por um plano de capacitação para entender mais sobre linguagens de programação e desenvolvimento de produtos.

E aí entra o Reskill. As empresas precisam, assim, construir trilhas de aprendizagem, planos de estudos para o desenvolvimento dessas pessoas. Isso pode entrar até como parte do plano de desenvolvimento individual.

O apoio da empresa é essencial para que a pessoa cumpra as novas funções com maestria, acelere sua curva de aprendizagem e performe de acordo com os objetivos do negócio.

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Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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