A Alura Para Empresas é a organização que engloba as soluções corporativas da Alura — a maior escola online de tecnologia do Brasil, voltadas a empresas, órgãos governamentais e instituições educacionais.
O ano de 2023 começou com um contexto diferente para as empresas de tecnologia. Apesar de algumas projeções de crescimento, os resultados econômicos não acompanharam, de forma proporcional, os investimentos que foram feitos nos anos anteriores.
Sendo assim, os altos investimentos deram lugar a maior assertividade, melhor análise de dados e investimentos mais cautelosos. Deram lugar a um olhar maior para os resultados.
Nessa perspectiva, surgiram questões importantes: como é possível, ao mesmo tempo, buscar aumentar a operação das empresas sem aumentar o quadro de pessoas colaboradoras? Ou melhor, como impulsionar os resultados sem altos investimentos, em contrapartida?
Para buscar essa resposta, as estratégias de negócios se voltaram para a eficiência operacional.
Considerando esse panorama, este artigo se concentra em refletir sobre o que é a eficiência operacional e como a empresa pode aumentar a sua produtividade e inovação de forma a alcançar essa eficiência.




O que é eficiência operacional
Na concepção de Michel Porter, doutor em Economia e professor de Harvard, a eficiência operacional compreende a melhoria de desempenho da empresa com o uso de técnicas de gestão. Dentre essas técnicas estão os seguintes fatores: qualidade total, parcerias estratégicas, reengenharia e gestão de mudança. VEJA TAMBÉM:- Desafios de Big Techs e empresas de tecnologia: o olhar para eficiência e performance
- Quais são as aplicações e os impactos da inteligência artificial nas empresas?
- Diferença de Reskilling e Upskilling e sua importância para as empresas

Exemplo prático de eficiência operacional
Vamos pensar em um exemplo prático para absorver melhor o conceito de eficiência operacional. Imagine a seguinte situação: apesar de distribuídas as tarefas, algumas pessoas colaboradoras permanecem ociosas dentro da empresa. Esse contexto não é bom. Pessoas colaboradoras desocupadas indicam que existe algum problema nos processos. Em geral, essa situação tende a gerar custos desnecessários e demanda ações imediatas. Uma possibilidade para restabelecer o equilíbrio e otimizar os processo é buscar entender a questão pessoal da pessoa colaboradora e quais as suas motivações para se tornar mais engajada nas questões da empresa. Quando essa análise não funciona, a solução é, muitas vezes, transferir a pessoa colaboradora de setor ou de função para estimular a alta produtividade.Como medir a eficiência operacional
Assim como todas as estratégias da empresa, é importante criar formas de mensurar os níveis de eficiência operacional nas empresas de tecnologia. Afinal de contas, tudo que pode ser medido, pode ser melhorado. Nesta perspectiva, alguns indicadores são fundamentais para calcular a eficiência operacional. Esses são os índices mais utilizados:Overall Equipment Effectiveness (OEE)
O Overall Equipment Effectiveness (OEE) — que, em português, significa eficiência global dos equipamentos — é o principal indicador global para medir a eficiência de um equipamento. De forma geral, este índice é utilizado na indústria e serve para medir o quão efetivamente um equipamento produziu comparado à capacidade que ele tem de produzir no tempo disponível. Então, o cálculo do OEE considera três fatores principais:- Disponibilidade: o período de tempo que o equipamento não foi utilizado;
- Performance: o que o equipamento deixou de produzir e por qual motivo ele não está produzindo em sua capacidade máxima;
- Qualidade: como está a produção e quanto se perdeu por problemas de qualidade durante a produção.
OEE = Disponibilidade x Performance x Qualidade
Eficácia Geral do Trabalho
O Overall Labor Effectiveness (OLE) — em português, Eficácia Geral do Trabalho — é um indicador que mede a eficiência operacional das pessoas colaboradoras. Assim como o OEE, o OLE considera três fatores importantes:- Disponibilidade: se refere à quantidade de tempo que cada pessoa colaboradora esteve disponível no trabalho — incluindo o horário de chegada, os atrasos, os intervalos programados e o horário de saída;
- Desempenho: é a medida de quanto a pessoa colaboradora atuou diante da sua capacidade dentro do tempo – acima ou abaixo – e os impactos dessa capacidade durante o dia de produção.
- Qualidade: é a quantidade de peças que a pessoa colaboradora produziu dentro do padrão de qualidade. Alguma delas precisou ser reaproveitada? Qual a quantidade de retrabalho?
OLE = Disponibilidade x Performance x QualidadeA partir dessas informações, a empresa pode obter um ranking de desempenho de cada pessoa colaboradora e analisar se a equipe está atuando em baixo desempenho.
Como melhorar a eficiência operacional
Como você já sabe, a busca pela eficiência operacional compreende um olhar mais profundo para os processos da empresa. É comum que as empresas estejam perdendo tempo e dinheiro com alguns casos de ausência de padronização nos processos, erros no registro de dados, produções exageradas de relatórios inúteis e aí por diante. Sendo assim, esses são alguns passos para melhorar a eficiência operacional: