Olá, sejam muito bem-vindos e bem-vindas ao nosso curso de Inovação na Prática.
Meu nome é Flávia Varga e tenho trabalhado com inovação corporativa ao longo dos últimos dez anos. Atualmente, sou responsável pela área de Inovação em um ecossistema composto por oito empresas, todas relacionadas à saúde e bem-estar. Além disso, atuo como professora e coordenadora no ecossistema FIAP Alure PM3.
Será um prazer trocar conhecimento com todos vocês. Ao longo das nossas aulas, nós vamos explorar desde como identificar oportunidades de inovação e o que são essas oportunidades, utilizando ferramentas e metodologias para isso, até chegar na parte de como podemos priorizar nossas ideias e executá-las. Um dos pontos muito importantes para a inovação é a execução, e é isso que vamos abordar nas próximas aulas. Vamos lá?
Antes de falarmos sobre oportunidades ou como identificá-las, gostaríamos de retomar alguns pontos mencionados em nossa masterclass. O primeiro deles é sobre a definição de inovação, que é o processo de criar algo novo ou melhorar significativamente algum processo já existente. A aplicação da inovação tem como essência ou objetivo melhorar a necessidade e a expectativa das pessoas, que podem ser clientes, futuros clientes ou os próprios colaboradores.
A inovação é um processo que traz melhorias em produtos e serviços, pode introduzir novos produtos ou serviços, e melhorar processos internos para que, no fundo, a organização consiga alcançar ou manter a competitividade no mercado atual, que passa por tantas transformações. Gostamos muito da divisão dessa palavra e da forma como está sendo apresentada: inovação são ideias novas em ação. Muitas vezes, no nosso dia a dia corporativo, temos uma ideia ou acreditamos ter uma solução para propor para aquele problema que nos tira o sono ou que demanda muito trabalho ou retrabalho, mas não compartilhamos isso com ninguém. Se não compartilhamos nossa ideia e não a colocamos em prática, ela acaba sendo apenas um devaneio. Inovação são ideias novas em ação, em prática.
E como isso pode acontecer? Com a tríade de pessoas, processos e negócios. Para a inovação acontecer, ela deve estar ligada à estratégia corporativa. Muitas pessoas acreditam que a inovação deve estar ligada à tecnologia. Aqui, queremos destacar um ponto muito importante: a inovação está ligada a pessoas e a como resolvemos os problemas dessas pessoas, trazendo melhores práticas, algo mais simples e criativo. Para isso, precisamos estar conectados.
Como as corporações e organizações podem estabelecer suas estratégias? Existem duas frentes.
A organização pode optar por realizar uma inovação de forma aberta, ou seja, trazendo outros participantes, como fornecedores, universidades, academias ou consultorias de pesquisa e desenvolvimento, para contribuir. Novas mentes pensando na resolução de um problema corporativo. Alternativamente, a organização pode optar por fazer isso de forma fechada, ou seja, apenas no ambiente interno da empresa, com a participação exclusiva dos colaboradores e do centro daquela organização discutindo sobre inovação.
Qual é o ponto de atenção aqui? Os processos podem ser mais longos, pois a inovação, no dia a dia, pode ser impactada por uma atividade que a liderança demandou, fazendo com que deixemos de focar no processo de inovação para resolver aquele problema imediato. Portanto, normalmente são processos mais longos.
Também vimos na Masterclass que podemos ter três diferentes horizontes da inovação. O primeiro horizonte, chamado de H1, tem o objetivo de reforçar o negócio existente, melhorando processos ou produtos que a organização já possui. O H2, ou horizonte de médio prazo, permite renovar nosso modelo de negócio e melhorar significativamente a experiência do cliente. No H3, olhamos para o futuro, a longo prazo, para criar novos produtos que não necessariamente estejam relacionados com o negócio principal da empresa.
Falando dos objetivos de uma estratégia de inovação, ela pode focar na cultura de inovação para disseminar esse mindset (mentalidade), essa nova forma de pensar e resolver problemas entre os colaboradores. Pode melhorar a eficiência operacional, como já mencionamos, transformar radicalmente a experiência do cliente ou até criar novas linhas de negócio.
É muito importante que o processo de inovação siga etapas. Primeiro, geramos a ideia e a validamos com o usuário, ou com quem tem aquele problema, ou com quem utilizará o novo produto. Depois, tracionamos, saímos do MVP (Produto Mínimo Viável) e realizamos um piloto. Por fim, escalamos este produto.
No próximo vídeo, começaremos a entender como podemos mapear os cenários e as oportunidades para identificar onde a inovação pode acontecer. Nos vemos em breve!
Agora que já retomamos alguns conceitos importantes sobre inovação, vamos começar a discutir como mapear cenários e oportunidades. Para isso, antes, vamos definir o que são oportunidades de inovação. São espaços onde novos produtos, novos serviços e novos processos podem ser desenvolvidos para gerar valor. Essas oportunidades podem surgir de problemas não resolvidos, de necessidades dos usuários, de reclamações dos usuários e também de novas tendências do mercado. Por exemplo, estamos observando tudo o que está acontecendo com o crescimento e a popularidade da inteligência artificial. Novos produtos estão surgindo por conta disso. No entanto, devemos sempre ter em mente que o valor da inovação é criar novos produtos, serviços ou soluções que atendam à demanda dos usuários para gerar mais vantagem competitiva para as organizações.
Vamos pegar como exemplo o caso da Netflix. Todos conhecem, mas talvez não seja da época de todos que nos assistem, que antigamente as pessoas iam até a locadora, um local onde havia diversos filmes, alugavam esses filmes e tinham que devolvê-los. Essa devolução, se não ocorresse no prazo correto, gerava multas, e muitos usuários reclamavam porque esqueciam, tinham suas tarefas e acabavam não devolvendo, pagando uma multa pelo não cumprimento do prazo. A Netflix inovou ao lançar primeiro o serviço onde os usuários poderiam devolver o filme pelos correios e, posteriormente, criou uma disrupção ao migrar para o streaming, que é o que temos hoje, revolucionando toda a indústria.
Portanto, devemos ter em mente que inovação é o processo de acrescentar mais valor que o cliente perceba, utilizando os mesmos serviços ou recursos. Inovação não está relacionada à imaginação ou à criatividade no sentido de inventar algo do nada. Inovação é olhar para um problema, olhar para um processo e tentar gerar novas formas de resolver aquele problema.
No livro "O DNA do Inovador", Clayton e Jeff, os autores, citam algumas características e competências que devemos desenvolver para identificar oportunidades de inovação. Vamos ver quais são? A primeira que eles mencionam é a questão da associação, que consiste em olhar para duas coisas que já existem e associá-las. A segunda é fazer questionamentos.
Na era da inteligência artificial, o que realmente importa é fazer a pergunta correta e estimular quem está enfrentando um problema a identificar quais perguntas devem ser feitas. O terceiro ponto é a observação. Para criar algo novo ou sugerir uma melhoria em um processo que não está satisfazendo um cliente, precisamos observá-lo e entender como ele consome nosso produto.
A experimentação é fundamental, seguindo a conhecida frase sobre inovação: testar rapidamente, errar rapidamente, corrigir rapidamente e experimentar em um ambiente controlado para ajustar de forma ágil. O networking não se limita a envolver uma equipe multidisciplinar com diferentes competências, mas também a testar em novos ambientes. O que funciona para um público em São Paulo pode não funcionar para um público em João Pessoa. Ao validar projetos ou ideias inovadoras, devemos considerar os diferentes processos ou problemas de acordo com nosso grupo-alvo.
Vamos tomar o Uber como exemplo para validar esse DNA da inovação. A associação é clara: carros e motoristas já existiam, havia muitas pessoas desempregadas e insatisfeitas com a modalidade de transporte disponível na época, que era apenas o táxi. O Uber começou pequeno, sem as opções de Uber Black ou Uber X, e foi experimentando. O mesmo se aplica ao networking: em algumas cidades, não há Uber X ou Ubermoto, então a validação é feita de acordo com o público-alvo. Os criadores observaram o mercado, identificaram uma necessidade latente e se questionaram: por que não? Mesmo com regulamentações que não autorizavam o serviço na época, eles criaram ferramentas e ações para superar essas barreiras e validar a operação.
O que não é inovação? Mudar simplesmente a cor de um site para validar uma alteração não é inovação. Trazer inteligência artificial, uma nova tecnologia ou blockchain para uma empresa sem um propósito claro ou sem resolver um problema específico também não é inovação. Inovação está relacionada a processos, enquanto a tecnologia é apenas um meio, uma ferramenta para que a inovação aconteça. Copiar ou imitar sem agregar valor também não é inovação. Como mencionado anteriormente, ideias não implementadas, que permanecem apenas no papel, não são inovação.
Na próxima aula, discutiremos por onde começar esse processo. Nos vemos em breve!
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