História em quadrinhos: arte final

As linhas - Introdução

Olá, meu nome é Rainer Petter, sou ilustrador e quadrinista, e esse é o curso de Arte-final para Quadrinhos aqui na Alura. Vamos aprender várias técnicas de arte-final para quadrinhos e tudo o que vocês estão vendo aqui é o material que vamos fazer durante o curso.

Vamos começar bem no básico mesmo, fazendo essas exercícios de linhas, linhas paralelas, fazer essas hachuras. Vamos ver como funciona o peso da linha, onde vamos deixar a linha mais grossa, onde vamos deixar a linha mais fina, para passar a mensagem de uma forma mais direta.

Vamos ver também como funcionam essas manchas de preto, as hachuras. Quais são as possibilidades de trabalhar primeiro com as hachuras de linhas paralelas, as hachuras cruzadas, onde criamos uma trama com camadas de linhas. E também como utilizar as hachuras para criar uma textura específica

Logo em seguida vamos começar a estudar estilos específicos de arte-final. Vamos fazer um estudo com um tipo de desenho voltado para o público infanto-juvenil, com uma linha mais limpa.

Também vamos estudar algo mais focado no estilo de quadrinhos de super-heróis americanos. De mangá, onde inclusive temos esses retículos aqui. Esses pontos pretos, que passam uma sensação de luz e sombra. Vamos ver também algo mais para o lado de terror. Onde temos todas essas texturas, algo mais orgânico também.

Depois algo mais focado no público adulto, um drama, uma história de cotidiano, onde temos um desenho um pouco mais limpo, com um ar mais sério. E, para fechar, vamos estudar também uma mistura de várias coisas.

Fazer algo mais experimental, onde temos uma mistura de texturas, de linhas e de hachuras, para passar um clima específico para a imagem. Esse curso todo eu gravei utilizando o Photoshop, mas você pode desenhar também no papel, utilizando um nanquim, uma tinta nanquim, uma caneta de nanquim, pode utilizar um pincel, bico de pena também.

E, caso você vá fazer no computador, igual eu aqui, eu vou disponibilizar os pincéis, os arquivos de pincéis para o Photoshop, que funcionam também no Procreate, então você também pode utilizar o Procreate para fazer a arte-final. Todas essas imagens eu também vou disponibilizar para download.

É interessante que você tenha um conhecimento básico de desenho, mas não precisa de ser algo avançado, porque teremos os desenhos-base, onde vamos fazer essa arte-final sobre eles. Mas, caso você sinta alguma dificuldade, você pode procurar, temos vários outros cursos de desenho básico na Alura. Então é isso, vamos lá.

As linhas - Overview

Para começar, vamos ver mais a fundo o conteúdo deste curso. Para começar, vamos fazer esses exercícios de linhas. Então é interessante fazermos bastante exercícios de linhas.

Se você estiver sentindo alguma dificuldade com o material que vocês estiver utilizando, tanto no digital quanto no tradicional com o bico de pena, com o pincel, é interessante fazer bastante desses exercícios com linhas paralelas, círculos, curvas, para você se acostumar mesmo com o material e criar uma coordenação motora, que é muito importante para esse tipo de conteúdo que vamos ver aqui no curso de arte-final.

Em seguida, vamos pensar como funciona o peso da linha. Onde vamos deixar essa linha mais grossa, de acordo com a luz e sombra, depois onde vamos deixar essa linha mais grossa, de acordo com as linhas de contorno.

Então nos elementos internos às vezes podemos fazer uma linha mais fina, e nos elementos do contorno deixamos uma linha mais grossa, porque é mais importante separar os planos, separar a silhueta dos elementos. Em seguida vamos pensar nessas manchas de preto.

Onde colocamos essas manchas de preto, de modo que funcione na imagem e não fique carregada demais, não atrapalhe a visualização do que queremos mostrar para o leitor. Aqui vamos ver como funcionam as hachuras. Então primeiro, pensando nessas hachuras paralelas.

Vamos tentar criar todo um volume fazendo só essas hachuras paralelas, que geralmente elas tem uma curva de acordo com o volume de cada elemento. Então vamos pensar no volume e vamos pensar também na luz e sombra. Depois, utilizando a mesma lógica de luz e sombra, só que usando as hachuras cruzadas.

Então vamos fazer várias tramas de hachura, não serão só linhas paralelas. Quanto mais densas ficam essas hachuras, mais escuro fica. Temos que pensar no que queremos mostrar, o que não queremos mostrar, porque às vezes você pode escurecer demais e tapar algum elemento importante. Depois pensar nas hachuras não só como luz e sombra, mas também como textura.

Por exemplo, na calça dessa personagem eu criei toda uma textura específica, que vai além da luz e sombra. Temos a área de sombra, a área de luz, mas temos a textura. E quais são essas possibilidades de textura, o que podemos fazer utilizando a linha preta da arte-final.

Olha o cachorro, como eu fiz algo totalmente diferente da personagem, de acordo com a textura específica dos elementos. Pensando nesses estudos mais específicos, de acordo com cada estilo, vamos pensar em vários estilos de quadrinhos.

Embora, por exemplo aqui, o meu primeiro exemplo será o infantojuvenil. No infantojuvenil, temos várias possibilidades, não só deste estilo específico aqui, mas eu tentei pegar estilos específicos de cada área para termos um estudo bem diferente um do outro, não vamos repetir o mesmo conteúdo, então vamos ver estilos bem diferentes de linhas, de arte-final.

O primeiro, que este infanto-juvenil, com uma linha mais limpa, uma curva mais suave. Aqui, no quadrinho de super-herói, onde temos bastante essa mancha de preto. Temos essas hachuras paralelas, entre o claro e o escuro. O mangá, onde geralmente - mangá também é algo muito amplo, existem muitos e muitos estilos.

Geralmente temos essas linhas, que não varia tanto a espessura das linhas, não temos tanta área preenchida de preto, não temos tanta hachura, mas temos bastante essas retículas, por exemplo. Esses pontos pretos nós vamos ver como aplicamos eles no Photoshop. Depois, pensando em um quadrinho, uma coisa mais sombria.

Nós temos essa imagem do monstro do pântano, esse desenho, onde temos bastante textura orgânica, então veremos como criar toda essa textura, de modo que funcione bem, passe a mensagem da luz e sombra, o leitor bata o olho e entenda o que está acontecendo ali. Mas ao mesmo tempo, tem muita coisa ali escondida, de certa forma, que essas linhas nas sombras, toda essa sensação de algo orgânico.

Aqui, pensando em um quadrinho mais limpo, mais sóbrio, digamos assim, em relação aos demais. Esse tipo de tratamento mais limpo, onde temos, às vezes, as histórias de cotidiano, dramas adultos e tal, veremos como aplicar também. E, o último exercício será algo mais experimental mesmo.

Vamos fazer a arte-final a partir de uma foto, não vamos utilizar um desenho de fato, porque com a foto temos até mais liberdade de não seguir um estilo específico de desenho. Então vamos pegar uma foto e vamos fazer esse desenho sobre a foto. Vamos testar bastante aqui tipos diferentes de linhas, tipos de texturas.

Olha aqui, uma coisa mais solta, áreas onde estão mais limpas, outras áreas onde podemos experimentar mais. Então esse é o conteúdo que vamos ver no curso. Espero que você goste e vamos lá.

As linhas - Referencias de arte-final

Vamos começar aqui entendendo quais são as possibilidades de tratamento desta arte-final. A arte-final nada mais é do que passar essa tinta preta por cima do desenho, para ele ter um contraste maior entre o branco e o preto, a tinta e o branco do papel.

Inicialmente, há um tempo atrás, isso era obrigatório, porque para imprimir você tinha que ter um contraste grande entre o preto e o branco. Pensando lá atrás, desde quando começou essa coisa de impressão, de imprensa, que você tinha que às vezes trabalhar com uma gravura em metal, uma litogravura com uma pedra, ou gravura em madeira.

Nós tínhamos que ter o banco e o preto, ou uma outra cor e o branco, para ter esse contraste, para a tinta pegar bem e a pessoa conseguir entender o que é a imagem. É daí que vem essa necessidade de ter essa arte-final, para criar esse contraste entre o branco do papel e o preto da tinta e, mais recentemente, o preto da tinta com as cores que estão por baixo também.

Principalmente no início dos quadrinhos, no início do século 20, quando começou a ser mais popular, era muito importante ter bastante contraste entre a linha e o branco do papel. Então era impossível, antes, de reproduzir um quadrinho, um desenho que fosse só com grafite, com desenho, com toda essa textura que tem do grafite, esse contraste que é mais claro. Você não tinha como imprimir, então você tinha que ter a tinta.

Hoje em dia já não é mais necessário, você pode fazer e imprimir um quadrinho sem a necessidade de todo esse contraste da arte-final, mas ele ainda é muito utilizado. Além disso, temos tipos de linhas aqui, de manchas e texturas com a arte-final, que antes não era possível. Então o que eu vou mostrar para vocês agora são várias possibilidades de tipos de arte-final.

Eu peguei vários artistas diferentes para vermos como funciona o tratamento e o estilo de cada um deles, tanto trabalhando em mídias tradicionais, no papel, bico de pena, nanquim e pincel, quanto no computador ou no iPad. Então esse, para começar, é um artista que se chama Ralph Meyer - se não me engano é Mayer ou é Meyer.

Ele é um quadrinista francês e trabalha bastante com essa temática de faroeste e tal. Essa imagem específica achei bem interessante, porque ela tem uma variedade bem grande de tipos de linhas se olharmos de perto. Todas as imagens que eu vou mostrar aqui, nesta aula, eu peguei no Instagram, então eu mantive, na parte de cima, o nome do Instagram, caso vocês queiram procurar, se interessem mais pelo artista ou a artista que eu vou mostrar aqui.

É só procurar pelo nome no Instagram. Esse é o nome, o arroba do Instagram “@ralph_meyer_art”. Olha só que interessante essas formações rochosas aqui em cima.

Como ele criou toda uma variedade de linhas para tentar simular essa textura das pedras. Nós temos umas linhas mais grossas aqui embaixo; tem umas linhas que elas ficam finas, ficam grossas, têm essa variação de espessura; tem linhas que elas são falhadas, então na verdade são uma sequência de pontos, manchas e rabiscos ali, que formam uma linha. Também podemos pensar na linha como uma sequência de pontos, por exemplo.

Isso tudo para criar essa variedade que temos aqui nestas formações rochosas. E tem essas manchas mais escuras, mais carregadas, para formar a luz e sombra, olha só que interessante. Quando olhamos para os personagens em si, também temos uma grande variedade de tipos de linhas que o autor fez.

Olhe como no contorno dos personagens ele acaba fazendo uma linha mais grossa do que essas linhas que estão aqui dentro. Ele coloca uns blocos de preto, umas manchas bem escuras também. No chão temos essas pegadas dos cavalos. Acaba que essa sequência de linhas e de pontos que ele cria aqui acaba criando linhas também.

Então é interessante. Nesse caso aqui, provavelmente ele desenhou essa imagem no papel mesmo, utilizando um pincel. Podemos fazer tanto com o pincel, como o bico de pena, como com uma caneta, pensando no papel. A caneta, ela costuma fazer uma linha mais contínua, sem muita variação de espessura.

O bico de pena você já tem uma variação de espessura, que se você colocar força a pena, ela abre um pouco e cria uma variação da espessura da linha. Com o pincel você tem mais ainda. Provavelmente aqui, não sei se na imagem toda, mas em grande parte ele fez com o pincel.

Nós vemos que tem umas linhas bem grossas ao lado de umas linhas bem finas. Às vezes a mesma linha fica super grossa e depois fica fina de novo. Olhe que interessante essa mancha preta, que vira uma linha bem fina e depois engrossa de novo. Então provavelmente ele fez esse desenho com o pincel.

Aqui o Jim Lee, que é um desenhista bem famoso, também de quadrinho de super-herói norte-americano, e no quadrinho, nos Estados Unidos, geralmente, quando tem uma produção em massa, uma coisa muito rápida, é muito quadrinho sendo produzido, tem uma divisão. Então tem uma pessoa que faz só roteiro, outra pessoa que faz só desenho e uma outra pessoa faz só a arte-final.

Depois ainda tem a pessoa que faz só as cores, a que faz os balões, os textos e tal. No caso do Jim Lee, se não me engano, geralmente ele faz só o desenho, tem outra pessoa que faz a arte-final. Essa imagem em si, eu não encontrei informação se foi ele ou se foi outra pessoa que fez a arte-final, mas achei interessante pegar para vermos a diferença dos estilos.

Olhe como tem manchas grandes de preto, tem algumas hachuras, principalmente nessa transição entre a luz e sombra. E tem também os respingos aqui de branco, geralmente com guache branco, a pessoa joga para fazer uns respingos para criar essa textura, tipo um brilho.

Essa aqui é do Moebius, que um ilustrador quadrinista francês que já morreu, mas ele trabalhava muito, muito mesmo com essas hachuras assim.

Quando ele queria detalhar muito, ele fazia essas hachuras, tanto que aqui nessa imagem às vezes, por conta da qualidade, nem dá para percebermos também, mas é muita hachura. Tudo o que está nessas manchas acinzentadas embaixo é tudo hachura, várias linhas paralelas criando esse volume.

E acho muito interessante como ele coloca muita informação em alguns lugares e em alguns outros ele deixa totalmente vazio, para criar esse contraste, esse equilíbrio. Vamos ver mais sobre todos esses estilos que eu estou mostrando, vamos ver mais sobre, é uma introdução mesmo.

Esse aqui é do Daniel Clowes, que é um quadrinista norte-americano. Eu acho interessante a forma com que ele trabalha também essas áreas totalmente brancas e umas hachuras, bem limpas.

Esse aqui já vem do mangá, é o Katsuya Terada - Katsuya Terada, se não me engano, o nome dele. Ele trabalha bastante com essas linhas que têm essas falhas.

Igual eu falei: a linha vem aqui. Olhe que interessante na luva, ela tem essas linhas curtas, que quando batemos o olho elas meio que se conectam, nós vemos uma linha grande formada por várias linhas pequenas. E aqui ele não tem tanta variação na espessura da linha, olhe como as linhas são quase todas da mesma espessura. Provavelmente ele fez com uma caneta, se não me engano, talvez até com um bico de pena mais firme.

Aqui também o quadrinista francês. Olhe que interessante, ele deixa umas manchas de preto bem marcadas, alguns lugares ele deixa mais claro. Varia bastante na espessura da linha.

Esse desenho já é uma linha bem fina, tem poucas áreas que têm manchas de preto, mas a linha mesmo é bem fina e funciona bem com a cor. Às vezes, quando vamos trabalhar com um quadrinho que terá cor, já fazemos essa linha, essa arte-final, pensando na cor. Essa imagem aqui, por exemplo, se eu tivesse ela sem as cores, essas linhas estariam todas muito sutis.

Às vezes não íamos nem conseguir entender muito bem onde começa e termina cada elemento só com a linha fina. Mas a pessoa já ia fazer a cor, no caso aqui o Victor Mosquera, ele mesmo faz a linha e a cor, ele já fez essa arte-final pensando na cor que iria vir depois. Ele não precisou colocar tanto contraste na linha, porque a cor ia ajudar nisso.

Aqui também, olha que interessante, a Alba - se não me engano ela chama Alba. É uma linha que quase não tem variação de espessura, mas em alguns lugares, para criar uma sombra específica, ela cria uma mancha maior de linha. No caso aqui, ela deve ter feito no digital mesmo e deixou essa linha azul.

Aqui também, olha que interessante, temos várias manchas de preto, e é uma linha até mais solta, não é uma coisa certa e limpa. Nós podemos trabalhar com uma linha mais solta, às vezes com mais velocidade no traço.

Com vários riscos, como se fosse meio esboçado com a linha da arte-final mesmo. Essa aqui é a Letícia Pusti - se não me engano é Pusti que fala. É brasileira também.

Esse aqui também, do Felipe Nunes, olha só que interessante, ele tem uma linha mais solta.

Às vezes o artista até deixa o desenho meio esboçado para na hora da arte-final ele criar o detalhe e deixar uma certa gestualidade na pincelada. Uma pincelada mais solta, central, porque ele mesmo está fazendo o desenho e a arte-final. Agora, quando são pessoas diferentes fazendo o desenho e a arte-final, geralmente o desenho, ele está mais finalizado, para a pessoa que for fazer a arte-final ter mais controle sobre o que está acontecendo.

Mas nem sempre, às vezes o desenho, você deixa bem solto, porque confia e conhece o trabalho do arte-finalista, então tem essa relação de diálogo - aliás, é muito importante esse diálogo do desenhista e do arte-finalista quando tem um desenho mais solto e são duas pessoas que estão fazendo. Aqui temos essa linha da arte final mais grossa, com uma textura.

Aqui já está variando bastante também, linhas finas e linhas grossas, tem algumas manchas de textura.

Aqui geralmente as linhas grossas, só que o artista, ele colore as linhas também. Nós não vamos chegar a ver essa parte de cor aqui no curso, mas é uma possibilidade também. Nós temos um curso, vários cursos aliás, sobre colorização, de quadrinhos, e têm essas etapas de colorir a linha também, nós vamos ver lá.

Aqui tem um clima, umas hachuras mais limpas, que tem a ver com o que vemos muito em quadrinhos de super-herói, mas tem uma estilização de mangá também, então achei muito interessante essa imagem que ele juntou - eu não lembro o nome do artista, mas vocês podem procurar pelo arroba.

Eu sei que ele é brasileiro e mora no Japão, e tem essa mistura do mangá e do quadrinho norte-americano de super-herói, é um estilo bem diferente. Olhe como estão bem limpas essas hachuras no peitoral, bem certas ali.

Aqui já são linhas que não tem tanta variação de espessura, mas ela tem umas curvas e todas essas curvas da arte-final, elas se mantêm quase na imagem toda, até os elementos do cenário tem curvas. No caso aqui também o artista fez umas manchas de preto e depois pintou a linha em algumas áreas. É uma possibilidade.

Aqui, já pensando igual eu falei, que podemos até imprimir uma imagem com grafite e não é problema mais hoje em dia, eu achei muito interessante que essa imagem aparentemente feita com lápis, ou às vezes com uma tinta mais seca, uma pincelada mais seca, mas olhe como tem toda essa variedade de textura com as linhas.

Mesmo que não seja um nanquim na arte-final, uma tinta preta, mas tem toda uma variedade de linhas e manchas com as linhas, que eu achei interessante trazer aqui para vocês.

Aqui também, o Robb trabalha com quadrinho, geralmente mais infantojuvenil. Eu acho muito interessante esse estilo de desenho que ele faz, meio exagerado, com bastante variação na espessura das linhas. Olhe, umas linhas bem grossas, outras mais finas, a mesma linha, ela vai oscilando de tamanho.

Esse aqui, o John Cuneo, eu acho que é assim que fala, a linha dele é extremamente tremida. Eu não sei se ele tem algum problema de coordenação motora ou algo assim, ou se é de propósito mesmo, mas são extremamente tremidas as linhas deles e fica muito interessante. Fica muito interessante o estilo do desenho, cria um certo ruído com a linha. Ele não costuma trabalhar com pincel para fazer a arte-final, geralmente é uma caneta mesmo.

Aqui também eu peguei como exemplo, temos essa variação, geralmente umas linhas mais grossas, mas tem algumas partes com a linha mais fina.

Aqui também um outro artista que coloca bastante essa textura com as próprias linhas, vemos inclusive que ele deixou os materiais aqui.

Achei interessante essa foto por isso: tem uma caneta, que faz a linha mais fina, um pincel que faz essa linhas ficarem grossas, fica fina se quiser, e tem até uma caneta branca, tem alguns lugares que vemos que tem umas linhas brancas, que ele pinta de preto e depois vem com o branco, abrindo espaço ali no meio. As possibilidades são muitas.

Aqui temos também essa linha bastante solta, com respingo de tinta, temos linha branca por cima da linha preta, bastante variedade. Uma linha meio agressiva, com umas quinas e tal. Dê uma procurada neste artista, que tem bastante coisa interessante para arte-final.

Aqui eu peguei também alguns exemplos de mangá, que temos, além da arte-final, da linha, geralmente eles colocam muito uns tons de cinza para dialogar com a arte-final. Antigamente era mais a retícula, que eram pontos pretos, pequenos, que criavam meio que uma massa cinzenta, hoje já, dependendo do artista, coloca o tom de cinza mesmo.

Eu achei interessante porque o tom de cinza, ele está dialogando com a linha da arte-final, é o mesmo estilo de pincelada, igual vemos aqui embaixo.

As pinceladas que ele fez aqui de preto, ele fez também aqui de branco ou de cinza, então tem um diálogo interessante ali.

Aqui também a Ju Loyola, que é brasileira, e tem esse estilo muito interessante que eu acho do desenho dela em si, mas quando ela vai fazer a arte-final, ela dialoga muito bem o estilo do desenho com o estilo das linhas, então umas linhas que geralmente não tem muita variação de espessura, deve ser com uma caneta ou com um bico de pena, mas ela cria essas manchas pretas.

Nas próprias manchas pretas ela deixa um ruído de pincelada, de risco de hachura. Acho muito interessante. Então vimos muita coisa aqui, todos esses estilos que eu mostrei para vocês, nós vamos ver um pouco de cada coisa no decorrer do curso. Não vamos chegar a aprofundar algo específico, vamos ver muito de um todo, todos esses artistas que têm muitos anos de experiência. É interessante termos consciência disso, que vamos ver muito de cada coisa. Então é isso, vamos lá.

Sobre o curso História em quadrinhos: arte final

O curso História em quadrinhos: arte final possui 171 minutos de vídeos, em um total de 44 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Pintura Digital em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.

Matricule-se e comece a estudar com a gente hoje! Conheça outros tópicos abordados durante o curso:

• As linhas
• Desenhando
• Hachuras
• Estilos de arte final I
• Estilos de arte final II