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Responsabilidade corporativa: como lidar com divergências e julgamentos

Sobre respeito - Apresentação

Olá, gostaríamos de dar as boas-vindas ao curso de Responsabilidade Corporativa. Este curso é ministrado pela Marianne Henriques, instrutora da Alura na Escola de Gestão e Inovação. Ela tem pele branca, cabelos longos tingidos de loiro, olhos castanhos e veste uma blusa preta. Atrás dela, há uma parede sem decoração, com uma luz alaranjada.

A Marianne é formada em Tecnologia da Informação, com especialização em gestão de projetos em TI e trabalha com liderança de times desde 2017. Hoje, a Marianne ajuda as empresas a melhorarem seus processos com as práticas ágeis.

Este curso é para quem deseja aprender a lidar melhor com as divergências e os julgamentos que podem surgir no dia a dia do trabalho.

Diariamente, passamos por situações que podem nos deixar desconfortáveis e gerar algum problema, conflito ou divergência. Este curso foi pensado para nos ajudar a lidar melhor com essas situações.

Você vai aprender sobre:

Entenderemos como o desrespeito pode afetar a saúde mental das pessoas no ambiente de trabalho e por que é tão importante percebermos quando estamos desrespeitando alguém ou sendo desrespeitados e desrespeitadas.

Além disso, aprenderemos maneiras de melhorar as nossas conversas na organização, para não fugirmos mais das conversas difíceis e sabermos lidar com as divergências.

Nem sempre ganhamos, mas podemos chegar a acordos construtivos sem passar por conversas violentas em que rotulamos e comparamos as pessoas, querendo que os outros sigam o que nós dizemos.

É comum algumas pessoas terem posicionamentos fortes e tentarem convencer os outros a seguirem a sua opinião. Isso pode gerar muitos conflitos, mas como evitar esse cenário?

A segurança psicológica é muito importante para as pessoas serem quem elas são e poderem conversar, evitando silêncios que podem acarretar problemas seríssimos para a organização.

Em algum momento, todas as pessoas julgarão ou serão julgadas no ambiente de trabalho, tanto de forma positiva quanto negativa. Esse julgamento pode gerar sentimentos como o medo e a vergonha, mas abordaremos algumas dicas para lidar com eles.

Existem técnicas para dar feedbacks, mas é importante se preparar para esse momento também. Esse é um tema muito abrangente e relevante, pois nem todo mundo sabe dar ou receber feedback. Às vezes, uma pessoa sabe dar, mas não sabe receber.

Por fim, você compreenderá que as divergências são normais. As pessoas têm opiniões diferentes e está tudo bem. Os ambientes diversos são benéficos, mas isso não deve atrapalhar as tomadas de decisões. Por isso, abordaremos maneiras de tomar decisões em ambientes com muita divergência de ideias.

Este curso tem muito conteúdo legal. Temos certeza que isso fará a diferença no seu cotidiano de trabalho. Vamos começar?

Sobre respeito - O que não é respeito

Olá! Neste vídeo, conheceremos a Val, que trabalha em uma empresa de tecnologia e é líder de dois times. Ela percebeu que havia muitas divergências entre as pessoas, com a presença frequente de discussões, discordâncias e problemas.

Por isso, ela decidiu estudar para descobrir como poderia tornar esse ambiente mais saudável, para que as pessoas pudessem divergir de forma respeitosa, com uma comunicação efetiva e evitar conflitos desnecessários.

Comportamentos desrespeitosos

Quais são os comportamentos que a Val observou no seu dia a dia? Ela presenciou comentários depreciativos como:

Além disso, ela identificou outros comportamentos preconceituosos e discriminatórios, como:

A Val também notou que as pessoas às vezes não ouvem a opinião de colegas e tentam impor as próprias opiniões para os outros, com comentários como:

São atitudes um tanto agressivas e desrespeitosas. Além de tudo isso, ela percebeu que é comum haver interrupções: as pessoas não permitem que os outros terminem de falar. Em vez disso, uns tentam sobrepor a fala dos outros.

Quando uma pessoa nos interrompe, é como se ela dissesse que o nosso comentário não é tão importante quanto o dela.

Outros comportamentos desrespeitosos incluem apontar quem tem a culpa e os erros dos outros em vez de nos responsabilizarmos pelos problemas:

É muito fácil apontar os erros e os culpados e tirar a responsabilidade dos próprios ombros. Essa também é uma forma de desrespeito.

O mesmo se aplica quando não seguimos regras básicas de convivência, como quando:

Quando nos recusamos a guardar as coisas em seu devido lugar, convivemos com a bagunça e forçamos os outros a conviverem também. Por isso, faltamos com respeito às outras pessoas quando não seguimos essas regras.

Mas como saber que estamos desrespeitando alguém? Às vezes, estamos habituadas a agir daquela forma e não notamos que as nossas atitudes são desrespeitosas.

Por isso, é importante orientar as pessoas sobre o assunto. Isso não quer dizer que devemos brigar e discutir, mas ajudar as pessoas a perceber que aquela ação não é adequada para o ambiente de trabalho.

Diversidade

Cada pessoa é diferente das demais. Por isso, devemos respeitar as diversidades. Essas diferenças trazem inovação, criatividade, oportunidades de crescimento e troca de experiências. Tudo isso gera conhecimento.

Por isso, é importante trabalhar a nossa tolerância e a maneira como lidamos com essas diferenças. Devemos controlar as nossas ações para perceber quando estamos desrespeitando outras pessoas.

Além disso, devemos compreender que a diversidade é benéfica e estimula a criatividade. Se todo mundo pensasse igual, não haveria inovação.

Inteligência emocional

Precisamos trabalhar a nossa inteligência emocional por meio de:

Esses quatro pilares nos permitem desenvolver um relacionamento melhor com outras pessoas.

Como evitar os comportamentos inadequados?

Simplesmente não fazendo o que acabamos de comentar: não discriminar as pessoas, não rebaixá-las nem ser arrogante.

Além disso, trate todas as pessoas com educação e pense antes de falar. Em vez dizermos a primeira coisa que vem à nossa cabeça, devemos parar e pensar se aquilo é adequado para o contexto.

Assim, devemos refletir se o que diremos é realmente relevante para o contexto. Também devemos deixar que as outras pessoas falem, respeitando a sua opinião e as suas sugestões. As interrupções constantes causam antipatia e um clima desagradável no ambiente. Por isso, não devemos interromper nem minimizar as opiniões alheias.

Procure sempre respeitar o espaço das outras pessoas: se um colega não se sente bem e não quer conversar, respeite. Evite fazer fofocas e brincadeiras que fujam do contexto profissional e possam gerar desconforto para a pessoa alvo daquela brincadeira ou fofoca.

Os julgamentos precipitados também devem ser evitados. Não é adequado desconsiderar tudo o que alguém diz só porque "não fomos com a cara" daquela pessoa. Devemos respeitá-la e entender que ela tem direito às suas opiniões e ideias.

Abra espaço para conhecer as pessoas e evite os julgamentos prévios.

Ambiente respeitoso

Em um ambiente respeitoso, as pessoas se sentem à vontade para serem elas mesmas, podendo falar abertamente. Isso melhora a produtividade, a criatividade e abre espaço para o diálogo. Tudo isso tende a ser muito mais difícil em ambientes desrespeitosos.

Por isso, é importante refletirmos. Se você não tem certeza se adotou uma postura desrespeitosa, pergunte-se: "E se fosse comigo? E se fosse eu no lugar daquela pessoa?".

"Um dos erros comuns em relação à empatia é acreditarmos que é possível tirar nossas lentes e enxergar através das lentes de outra pessoa. Mas não é. Nossas lentes estão soldadas a quem nós somos. O que podemos fazer, no entanto, é respeitar e tratar os pontos de vista das pessoas como verdade, mesmo quando são diferentes dos nossos. Isso é um desafio se você foi criado dentro da cultura da maioria." — Brené Brown em Coragem para Liderar.

Achamos que podemos perceber a vida pela perspectiva de outra pessoa, mas isso não acontece. Sempre teremos o nosso próprio ponto de vista, ou seja, as nossas lentes.

É muito difícil considerarmos as opiniões divergentes da nossa se só convivemos em ambientes nos quais estamos sempre com a razão. Porém, é importante pensarmos que o ponto de vista de outras pessoas é uma verdade para elas.

Respeitar as pessoas e suas histórias torna o ambiente de trabalho mais agradável e harmonioso, diminuindo as divergências e os conflitos que podem surgir.

Nessa aula, abordamos:

Em breve, abordaremos os impactos do desrespeito no trabalho.

Sobre respeito - Impacto do desrespeito

A Val decidiu observar o comportamento das pessoas para identificar o impacto do desrespeito no ambiente de trabalho. Ela percebeu que uma das equipes que ela liderava tinha uma produtividade menor.

Até aí, tudo bem, já que nenhum time é igual ao outro. Porém, havia nesse mesmo grupo mais ausências e as pessoas tinham uma energia mais baixa.

Possíveis causas

Ao elencar as possíveis causas desses sintomas, ela percebeu que a equipe tinha algumas conversas ruins, com brincadeiras inadequadas envolvendo raça, gênero e sexualidade.

Outra característica dessa equipe é que havia muita hostilidade, com pessoas específicas criando apelidos para as pessoas novas. Quem entrava na equipe já ganhava um apelido não requisitado e com o qual não se identificava. Essa é uma forma de hostilizar a pessoa: dar um apelido para ela sem conhecê-la.

O resultado dessas atitudes são relacionamentos ruins e problemas no time, já que as pessoas dependem de seus relacionamentos para produzir melhor e formar uma equipe mais coesa que atua em sinergia.

Por isso, os relacionamentos ruins são uma das principais causas da baixa produtividade e baixa energia do time. Isso trazia muitas rivalidades e competições também, já que as pessoas ficavam com raiva umas das outras, não ouviam a opinião de colegas, etc.

Ações de melhoria

Então, quais foram as ações que a Val julgou serem adequadas para resolver a situação? Ela conversou com todas as pessoas do time de maneira individual para entender como era o ambiente na percepção delas.

Ela perguntou se as pessoas tinham algum sentimento de constrangimento no trabalho; qual a motivação delas para estarem ali, se elas estavam felizes exercendo a sua função; como elas percebiam o clima de trabalho, se ele era produtivo, agradável, descontraído ou competitivo e hostil.

Com isso, ela identificou que parte da equipe relatou problemas em comum: havia duas pessoas com comportamentos hostis que geravam um mal-estar nos demais.

Boas práticas

Com base nas reclamações, ela decidiu criar uma lista de comportamentos desrespeitosos, ou seja, uma lista do que não fazer no ambiente de trabalho (e até fora dele!):

Podemos dar como exemplo as situações em que as pessoas mais introspectivas acabam sendo deixadas de fora dos acontecimentos porque não são tão amigas do restante da equipe. Na verdade, elas fazem parte da equipe como qualquer outra pessoa, tendo apenas um perfil diferente.

O preço da grosseria

A Val também trouxe os resultados de uma pesquisa que demonstra os impactos das hostilidades no ambiente de trabalho. Entre os e as profissionais que sofreram desrespeito:

Em 80% dos casos, o episódio de desrespeito fez mal para a pessoa hostilizada a ponto de ela ficar remoendo aquilo por muito tempo. Além disso, quando não nos sentimos respeitados, a performance cai porque parece que não somos bem-vindos ou bem-vindas naquele ambiente.

O raciocínio é o seguinte: "Por que vou me esforçar se toda vez que eu falo alguém faz um comentário sarcástico?", "Por que vou me esforçar se alguém sempre me desautoriza ou me ignora durante as reuniões?".

Esse é o preço que a empresa e as pessoas naquele ambiente pagam. Pode ser que o problema seja o comportamento de uma ou duas pessoas apenas, mas toda a empresa fica mergulhada em um ambiente desagradável. As hostilidades no ambiente de trabalho também podem chegar a clientes, que não têm nada a ver com o assunto.

A professora Christine Porath, da Escola de Negócios da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, estuda as causas e os efeitos da hostilidade no trabalho há duas décadas. Ela diz que:

"Minhas pesquisas com milhares de profissionais ao longo desse tempo revelaram que 98% já viveram situações hostis no dia a dia de trabalho e 99% testemunharam episódios desse tipo". — Christine Porath

Ou seja, quase todas as pessoas já vivenciaram alguma hostilidade no trabalho. Pensemos no impacto disso na saúde mental das pessoas. Todo mundo sai perdendo em um ambiente tóxico.

"Sentir-se desrespeitado afeta a motivação, a criatividade, a colaboração, o engajamento e a produtividade. Ser tratado com civilidade mostrou ter mais efeito sobre a performance e os resultados que receber reconhecimento, elogios e feedback positivo." — Christine Porath

Isso indica que as pessoas preferem ambientes mais saudáveis ao próprio reconhecimento. É melhor trabalhar em um lugar onde nos tratam bem do que em um local que nos paga bem.

Nessa aula, pudemos abordar:

Nas próximas aulas, abordaremos como ter conversas difíceis.

Sobre o curso Responsabilidade corporativa: como lidar com divergências e julgamentos

O curso Responsabilidade corporativa: como lidar com divergências e julgamentos possui 165 minutos de vídeos, em um total de 34 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Gestão Corporativa em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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