Olá! Meu nome é Thuane Dias, sou instrutora de UX e pesquisa na Alura, além de designer e líder na RD Saúde. É um prazer estar aqui. Se ainda não nos conhecemos, ou se já nos encontramos antes, estaremos juntos novamente para discutir pesquisa em ambientes dinâmicos. Neste curso, aprenderemos a construir backlogs de oportunidades.
Audiodescrição: Thuane é uma mulher de pele negra, com cabelo crespo pintado de ruivo. Ela usa óculos de armação incolor e tem olhos castanho-escuros, quase pretos. Está usando batom vermelho e brincos dourados com algumas bolinhas brancas. Veste uma blusa de manga comprida verde.
Este curso é destinado a quem se depara com a necessidade de pensar em novas iniciativas ou revisar iniciativas antigas, reconhecendo dores e dificuldades que precisam ser melhoradas. Isso deve ser feito em paralelo com as atividades em andamento, seja em um sprint, ciclo, kanban, ou qualquer outra metodologia de trabalho. Em outras palavras, é necessário realizar uma atividade de alto esforço e prioridade, enquanto também se dedica a uma atividade que requer profundidade e será necessária no futuro.
Neste curso, aprenderemos a gerenciar essas atividades, e eu mostrarei como desenvolvê-las, explicando por que algumas têm maior prioridade do que outras.
A ideia é que, ao final deste curso, nós saiamos com um backlog de oportunidades, onde tenhamos não apenas os pontos de melhoria em uma função. No caso, nosso projeto de curso será identificar uma função que não está desempenhando bem dentro do nosso produto digital e trazer oportunidades de melhoria. Além disso, conseguiremos levantar dados quantitativos e qualitativos para análise, entender se há oportunidade de pesquisa aprofundada e compreender a jornada completa do nosso produto digital. Isso nos permitirá identificar dores e etapas que precisam de maior atenção.
No final, teremos uma jornada completa para direcionar nosso foco, com pontos para atuação, seja para um backlog futuro quando estivermos sem um backlog de usabilidade, ou para aprofundamento em algum item específico. Principalmente, conseguiremos trabalhar em duas atividades ao mesmo tempo, garantindo que teremos uma esteira para o desenvolvimento e outra para a pesquisa.
Este curso é destinado a quem está trabalhando em uma empresa e deseja incorporar mais pesquisa no dia a dia, trazendo mais níveis de oportunidade. Não é voltado para quem quer se aprofundar em jornada do usuário ou pesquisa de profundidade; para isso, temos outros cursos na plataforma. Este curso foca em realizar atividades paralelas e gerar um backlog de iniciativas.
Alinhados? Não se esqueçam de que nossos cursos, especialmente na plataforma Alura, oferecem todo o conhecimento e disponibilidade do fórum, então nunca estaremos sozinhos. Podemos compartilhar com outras pessoas, temos também o Discord, e várias oportunidades para colocar em prática. Nossos projetos são bem práticos para que possamos reproduzir, aplicar de fato e aprender o que precisamos.
Esperamos vê-los no curso. Vamos começar!
Vamos iniciar o projeto do nosso curso. Neste contexto, trabalharemos com o aplicativo Jornado, que é responsável por vender experiências relacionadas a viagens, como passagens aéreas, hospedagem, aluguel de carros e tudo o que é necessário para garantir férias agradáveis e uma viagem confortável.
No ambiente de trabalho, temos nossos pares, que incluem pessoas designers de produto, PMs (gerentes de produto), analistas de negócios, pessoas desenvolvedoras e especialistas em dados. Esses profissionais podem estar organizados em uma squad, caso o modelo seja ágil, ou em um time mais tradicional, desde que cada um desempenhe suas atribuições.
Anteriormente, estávamos acostumados a seguir as diretrizes do PM. Se era necessário criar uma nova função, realizar um teste de usabilidade ou lançar um novo produto, nós simplesmente seguíamos essas orientações. No entanto, recentemente, observamos que, nos últimos seis meses, a empresa como um todo notou uma queda na taxa de conversão dos pacotes personalizados.
Se já assistimos a outro curso da formação de pesquisa rápida, lembramos que nele criamos uma feature de pacote personalizado. A ideia era permitir que o usuário criasse toda a sua jornada de personalização para ter a melhor viagem possível. No entanto, a adesão a essa feature caiu, especialmente quando o usuário tenta configurá-la, resultando em abandono do uso. Isso ocorre independentemente do tráfego, que permanece constante, assim como o aumento das campanhas sazonais e de compras.
Diante desse cenário, percebemos que, embora as vendas gerais continuem estáveis, as funções relacionadas à personalização estão em declínio. Intrigados, nos perguntamos como poderíamos ajudar a resolver essa questão. Foi então que percebemos que essa ideia de melhoria não surgiu de uma necessidade apontada pelo PM, mas sim de uma observação nossa, baseada nos dados de uma função que criamos. Portanto, não há uma demanda específica no backlog para essa melhoria.
Quando identificamos uma necessidade de melhoria que não está no backlog como a criação de uma nova funcionalidade, seja no desenvolvimento dessa funcionalidade ou em um ponto de dor dentro da jornada, precisamos agir. Este é o foco do nosso curso.
A primeira questão que devemos nos perguntar, como pessoas designers, é: qual problema queremos resolver? Quem será afetado? A solução que estamos considerando resolverá o problema? Como podemos medir o sucesso disso? É comum começarmos a pensar em como resolver esse problema ou criar uma função, mesmo que essa função não esteja no backlog. Nesse caso, é necessário realizar uma pesquisa.
Devemos adotar uma postura investigativa e iniciar um processo de discovery para criar uma forma de mostrar uma jornada, identificar oportunidades e demonstrar como uma pesquisa mais aprofundada pode trazer insights. Isso pode revelar oportunidades de melhorar o produto já em produção, identificando pontos de dor existentes. Nem tudo se resume a criar funcionalidades ou realizar testes de usabilidade de uma nova funcionalidade. Precisamos também ouvir os usuários para entender o que está acontecendo nas etapas anteriores ou na jornada como um todo. É essencial compreender os pontos de dor em todo o aplicativo.
Vamos explorar como transformar essas descobertas em algo que possa ser desenvolvido e que o nosso gerente de produto possa colocar em construção. No próximo vídeo, entraremos em detalhes sobre como esse fluxo pode funcionar no dia a dia e como já temos um estudo que mostra como gerenciar nossa esteira de atividades e realizar pesquisas para alimentar nosso backlog de pesquisa, garantindo que ele nunca fique vazio.
Agora que entendemos nossa posição, o problema de execução e nosso papel como pesquisadores, vamos para o próximo vídeo para compreender o conceito de dual tracking.
No vídeo anterior, discutimos a importância de se aprofundar nas iniciativas, não apenas focando na iniciativa atual que estamos desenvolvendo dentro da nossa sprint ou do nosso processo de planejamento. É essencial ter um backlog mais amplo, com iniciativas mais abrangentes.
Reconhecemos que há uma dificuldade nesse processo. Pode surgir a dúvida: como alinhar as iniciativas já mapeadas, que vêm do nosso PM, com as novas iniciativas planejadas? Além disso, como conciliar isso com o estudo das iniciativas já entregues que não estão performando e aquelas que precisamos acompanhar? É crucial ouvir o usuário, pois não adianta criar inovações e realizar testes de usabilidade sem considerar o feedback do usuário sobre o que já foi feito.
Propomos a criação de um backlog de ideias e objetivos, que nos auxiliará a ter uma visão clara e um recurso para recorrer e buscar iniciativas. Mais adiante, discutiremos as vantagens de ter esse backlog de iniciativas. No momento, vamos focar em como conduzir pesquisas em paralelo com o desenvolvimento e, principalmente, como pesquisar iniciativas curtas.
Vamos desenhar para entender melhor. Temos a nossa esteira de discovery, que é destinada à pesquisa de novas funções, exploração e teste de coisas desenvolvidas, além de testar itens em produção. Quem já participou da formação de pesquisa sabe do que estamos falando.
Também temos a esteira de desenvolvimento e engenharia, que é responsável pela codificação. Acima disso, temos a caixa de ideias e objetivos. Quando estamos nessa fase, puxamos itens para pesquisa. A ideia é escolher um item que possamos pesquisar de ponta a ponta, evitando itens grandes que se estendam por várias sprints.
Enquanto pesquisamos, a pessoa desenvolvedora está codificando algo anterior ou adiantando algo necessário para a função que estamos pesquisando. Essa pesquisa gerará insumos para o backlog atual, permitindo que a pessoa desenvolvedora realize o desenvolvimento na próxima sprint ou ciclo, conforme o termo utilizado.
Dessa forma, sempre alimentaremos o backlog com os resultados desse ciclo de pesquisa, descartando o que não for útil.
Das ideias que vamos descartar, surgirá o backlog de iniciativas que passaremos para nossa sprint ou ciclo de desenvolvimento. A partir desse ciclo, encaminharemos para a pessoa desenvolvedora. Repetiremos esse processo várias vezes até concluirmos nosso produto digital ou, pelo menos, algo de maior valor. Isso não significa que as pequenas tarefas não terão valor; elas podem ser funcionalidades ou melhorias dentro de um produto e já devem agregar valor ao usuário.
No final, como ficará? Todas as ideias que construímos serão testadas simultaneamente enquanto desenvolvemos. Agora, vamos falar da realidade. Para realizar isso, precisamos dividir nosso tempo de forma a permitir o handoff da iniciativa e seu teste. Se for algo muito abstrato, a ponto de não conseguirmos testar para obter um resultado factível para o backlog, testaremos e isso acabará entrando no backlog. E está tudo bem, desde que consigamos nos organizar.
Às vezes, as pesquisas transbordam para os ciclos seguintes. E está tudo bem, desde que possamos nos organizar para entender. A pesquisa será maior? Sim. Mas conseguiremos extrair o primeiro insumo, o segundo, o terceiro, e o resultado final? Ótimo. Vamos dividir a pesquisa em quantitativa e qualitativa? Vamos. Primeiro, uma imersão para entender as dores, depois, uma imersão para desenhar o produto? Desde que tenhamos essas entregas, está tudo bem.
Assim, garantimos que aceleraremos nosso método de desenvolvimento do produto, pois o foco é sempre gerar entrega. É importante ter sintonia entre a equipe de desenvolvimento e a equipe de design, diminuindo o risco de que a entrega não esteja alinhada com a necessidade da pessoa usuária. E, principalmente, aumentar o valor proposto no produto e a satisfação final do cliente, evitando problemas como ter uma funcionalidade no ar que não está sendo utilizada devido à usabilidade inadequada, o que nos obriga a revisar o que está acontecendo. Isso garantirá que o atrito seja reduzido.
Explicamos, então, como funciona o dual tracking. Vamos para o próximo vídeo, onde abordaremos as etapas da nossa pesquisa de profundidade. Vamos lá!
O curso UX Research: construindo backlogs de oportunidades possui 122 minutos de vídeos, em um total de 44 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de UX Research em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.
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