Antes de iniciarmos nossos estudos em N8N, gostaríamos de nos apresentar para que possamos seguir essa jornada juntos. Fizemos uma transição de carreira, vindo da área da música, e em 2014 ingressamos na faculdade para cursar bacharelado em Sistema de Informação. Quatro anos depois, nos formamos, com a presença de nossos familiares, incluindo nosso pai, mãe e nossa esposa Letícia. Temos um irmão chamado Gustavo e frequentamos a academia devido ao diabetes, o que nos obriga a cuidar da saúde e tomar insulina. Caso alguém queira criar uma automação voltada para pessoas com diabetes, como uma healthtech (tecnologia para saúde), estamos à disposição para sermos cobaias das automações que desenvolveremos juntos.
Estamos acompanhados por algumas pessoas da comunidade, como o pessoal do Código Fonte, Rafa Ballerini, Luciano Martins, Gustavo Guanabara e muitas outras pessoas incríveis. Durante essa jornada, nosso principal objetivo é que todos aprendam e se divirtam ao mesmo tempo, evitando que este seja apenas um momento técnico e monótono. Queremos que sejamos próximos, compartilhando conhecimento e trocando experiências, e estamos ansiosos para ver o que todos irão criar.
Agora, vamos acessar a página do N8N para começarmos a utilizá-lo. Existem duas formas de usar o N8N: diretamente no navegador, abrindo uma aba, ou fazendo o download do projeto para uso local, permitindo alterações conforme desejarmos. O N8N é um projeto open source (código aberto).
Vamos acessar a página do N8N para entender como ele funciona. A primeira ação será digitar N8N e acessar o link n8n.io
, que é a ferramenta de automação. Ao acessar esse link pela primeira vez, deixamos a tradução para o português, mas também podemos deixar em inglês e, conforme estudarmos partes da documentação que façam sentido, traduziremos para o português para facilitar o entendimento.
O N8N é uma ferramenta que permite criar automações integradas com inteligências artificiais diferentes, como o Gemini e o ChatGPT, em nossos fluxos de automação. O mais interessante é que podemos gerar automações de aplicações e serviços distintos. Podemos usar o N8N para criar um IT Ops (operações de TI), um quadro relacionado à segurança, verificar se um determinado IP ou domínio possui algum vírus, escanear URLs, e assim por diante. Também podemos trabalhar com vendas, aplicando algoritmos a partir de dados de avaliações de APIs externas.
Todas essas automações são visualizadas através de blocos, conectando em passos o que desejamos fazer. Isso é muito interessante. Vamos clicar em Product Overview (Visão Geral do Produto), que é a página que estávamos vendo, onde há uma visão geral de como ele funciona. Podemos integrar aplicações totalmente diferentes, como o Slack, e conectar uma inteligência artificial para tomada de decisão. Podemos usar o WhatsApp, o Slack, o Discord, entre outros, e vocês verão que existem muitas possibilidades.
Aqui estão algumas ferramentas que recomendamos explorar antes de começar a nos acompanhar nas aulas. Vamos clicar no segundo link de integrações para ver suas capacidades. Podemos integrar com Google Sheets, agentes de IA, fazer requisições para diversos serviços, e automatizar com Gmail. Não é específico apenas para Google Sheets, HTTP ou e-mail; podemos, por exemplo, pegar uma lista de e-mails, selecionar um usuário específico do Slack, enviar um e-mail pelo Gmail e instruir um agente de IA a realizar uma tarefa. As possibilidades são vastas, incluindo integrações com Telegram, Gemini, Notion, bancos de dados como Super Base, Discord, Postgres, MySQL, e GitHub.
Agora que entendemos o que é possível fazer, mesmo que de forma introdutória, vamos criar uma conta para iniciar nosso primeiro projeto de automação. Ao clicar no botão "Get Started", seremos direcionados a uma página com informações para cadastro. O processo é simples e não requer cartão de crédito para usar o N8n. Precisamos inserir nosso nome completo, e-mail, e criar uma senha. No campo "Account Name", devemos escolher um nome único, como "estudanteguilherme42.web", pois ele será usado para gerar um link para compartilhar nossas automações.
Selecionaremos a opção gratuita, que oferece um período de teste de 14 dias, suficiente para começarmos a explorar a ferramenta. Também podemos optar por receber atualizações e newsletters. Após iniciar o período de teste, o ambiente será gerado, e algumas perguntas serão feitas sobre nosso uso do N8n. Podemos indicar que não o utilizamos no trabalho e responder sobre nosso conforto em escrever SQL, Javascript, Webhook, regex e extensões. Não se preocupe com essas perguntas iniciais.
Ao ser questionado sobre como conhecemos o N8n, podemos mencionar "Alura" e clicar em "Submit". Em seguida, escolhemos os tipos de aplicativos que queremos integrar no N8n, como Google Sheets e inteligência artificial, além de realizar requisições HTTP. Após selecionar Google Sheets e clicar em "Continuar", seremos convidados a adicionar pessoas ao nosso Workspace, mas podemos pular essa etapa, pois inicialmente trabalharemos sozinhos.
Com o Workspace pronto, podemos começar a criar nossas automações. Há um vídeo introdutório do N8n em inglês, mas preferimos que nos acompanhem aqui. Vamos iniciar a automação, e a página para desenvolver nosso projeto será carregada. Esta é a interface do N8n, e vamos nos aprofundar mais nela.
Vamos entender melhor como funciona a estrutura na qual o N8N está organizado. Vamos começar pelo painel localizado no lado esquerdo. Nele, encontramos o logotipo do N8N e uma visão geral que nos leva à página principal. Na seção "personal", aparecem as informações da nossa conta. Há também um painel para administrador, onde encontramos informações sobre nossa conta e o que já utilizamos.
Na parte inferior, há uma opção chamada "templates", que é bastante interessante. Para que serve? Nessa seção de templates (modelos), observamos que existem, neste momento, 4.411 workflows (fluxos de trabalho) de automação. O que isso significa? Significa que temos 4.000 automações criadas, às quais podemos acessar e ver como foram desenvolvidas. Vamos selecionar uma, por exemplo, chamada "Document Ops". Selecionamos aleatoriamente. Aqui, criamos um RSS com base no conteúdo de um site, sumarizando Google Docs e documentos através do Mistral, além de pegar um CSV de uma URL e convertê-lo para Excel. Isso é algo muito útil, que muitas pessoas utilizam. Foi a usuária Yulia quem criou. Vamos clicar nessa opção para visualizar as etapas e os passos.
É interessante observar que temos exatamente quais foram os fluxos desenvolvidos para que Yulia conseguisse criar esse template. Temos um gatilho, que é importante conhecermos. Neste caso, o ponto de partida será um clique. Ele fará o download de um arquivo CSV, importará esse CSV e o converterá para um arquivo Excel. Isso é muito útil, especialmente para quem trabalha com dados e muitas planilhas diferentes, precisando organizá-las. Esses conteúdos de planilhas diferentes podem ser algo muito interessante.
Além do "Document Ops", podemos explorar fluxos relacionados a Marketing. Por exemplo, sumarizando vídeos do YouTube através da transcrição e exportando. Vamos ver o primeiro que apareceu, apenas para termos uma ideia desse fluxo de automação. Temos uma URL e, ao clicarmos, obtemos mais informações sobre ele. Ao dar um duplo clique, sabemos exatamente o que foi feito, o tipo de autenticação utilizada e como o fluxo de automação foi desenvolvido. Lembrando que tudo isso está na aba de templates, onde encontramos muitas informações.
Outro lugar interessante é a linha de variáveis. Podemos definir variáveis para que fiquem armazenadas e sejam usadas em múltiplos workflows. Vamos entender melhor do que se trata esse workflow. Vamos clicar em "Overview" e criar uma automação do zero. Ao selecionar "Start From Scratch", começamos do zero. Quando clicamos, uma página é carregada e começamos a definir os blocos para criar nossas próprias automações.
Para iniciar uma automação, a primeira informação importante que precisamos guardar é que ela precisa de um gatilho. Algo precisa fazer com que a automação comece. Para criar esse gatilho, observamos que há um botão no centro que diz "Add First Step" (adicionar o primeiro passo). Se segurarmos o Ctrl do teclado, conseguimos navegar para cima, para baixo, dar um zoom in e zoom out para visualizar melhor. Ao clicar em "adicionar o primeiro passo", uma série de opções aparece.
A automação pode ser baseada em um clique, em um evento ou em um agendamento. Podemos definir que ela ocorra em um determinado dia ou em intervalos de tempo, como a cada 10 minutos, 15 minutos, 1 hora ou 5 horas. Podemos criar chamadas para webhooks (pontos de conexão para receber dados de outros sistemas), que serão abordadas mais adiante. A automação pode ser disparada por uma mensagem recebida no Gmail, WhatsApp, Slack, entre outros.
Para iniciar uma automação dentro do nosso workspace, precisamos de um gatilho que a acione. Esse gatilho pode ser outro workflow. Por exemplo, podemos ter um workflow que, ao ser concluído, envia uma mensagem para iniciar a execução de um novo workflow. Inicialmente, como ainda não criamos nenhum, começaremos de forma simples, manualmente. Vamos clicar em um botão para disparar a automação. Selecionaremos o gatilho manual, que aparecerá na tela.
É importante notar que, ao clicar e executar o workflow, estaremos conectando com outros passos da automação, cada um chamado de nó. O nó inicial é o gatilho para executar a automação. Ao selecionar e dar um duplo clique nele, aparecerão mais configurações. Este nó não possui parâmetros; basta clicar para executá-lo. Há configurações adicionais que podemos realizar, como a execução do workflow. Ao clicar, o workflow será executado, indicando que está pronto para o próximo nó.
Nosso desafio é acessar uma API que nos forneça, por exemplo, o valor do dólar. Com base nessa informação, queremos salvá-la em uma planilha do Google. A ideia é clicar, buscar a informação em um site externo, como a API de Economia Ansel, que retorna uma estrutura com informações como o código da moeda, o valor mais alto, o valor mais baixo, a variação e a data utilizada.
Queremos acessar essa API, obter informações como o horário e o valor do dólar no momento, e salvar esses dados em uma planilha do Excel. Isso nos dará uma ideia do fluxo que pode ser aplicado a outras situações, como acessar uma API externa, manipular a informação e salvá-la em outro local. É isso que começaremos a fazer.
Para começarmos, é interessante observar que, para visualizar certas informações, acessamos um link e fazemos uma requisição. Caso não saibamos o que é uma requisição, podemos considerar o protocolo HTTP. Existem algumas imagens sobre HTTP, requisição, request (requisição) e response (resposta), que são relevantes e farão sentido para nós.
Na imagem que temos, observamos que existe uma estrutura para que um computador consiga se comunicar com outro e obter informações através de um protocolo chamado HTTP. O que acontece é que um computador solicita informações a um servidor, da mesma forma que estamos fazendo aqui. Essas informações estão armazenadas em algum lugar, como um banco de dados ou site, e, através do link, conseguimos realizar uma requisição.
O HTTP faz uma requisição para um servidor que possui informações, como as de dólar, ou outras que precisamos para um desafio. Esse servidor processa a requisição e devolve uma resposta ao cliente. Chamamos essa estrutura de arquitetura cliente-servidor. O cliente faz a requisição, o servidor processa e devolve a resposta.
No nosso workflow, precisamos gerar uma requisição HTTP para acessar o endereço que temos. Para isso, existe uma propriedade chamada HTTP requests, que é o mesmo nome dessa estrutura. Precisamos que nosso workflow faça a requisição para um servidor, que é o link com as informações do dólar, horário, valores, etc. O servidor processa a requisição e devolve uma resposta.
Ao clicar, aparece uma tela que precisamos entender melhor. Quando colocamos um nó, definimos como ele funcionará. Queremos um nó que faça requisições HTTP. A primeira opção para esse nó é definir qual método usaremos. Temos opções como delete
, get
, head
, options
, path
, put
, post
, entre outros.
Vamos entender para que serve cada um deles. No site da documentação do Mozilla, encontramos definições sobre esses métodos. Traduzindo para o português, temos os métodos HTTP de requisição. O protocolo define como conectar um computador a outro, cliente e servidor.
Entre os métodos, o get
solicita a representação de um recurso específico, ou seja, é usado para solicitar uma informação ou recurso. As requisições get
devem retornar apenas dados. Outro método comum é o post
, que não usaremos agora. O post
envia algo para o servidor, enquanto o get
solicita informações.
Existe uma aba de autenticação. Algumas aplicações e endpoints não são públicos, como o do dólar, e podem exigir autenticação. Não é o nosso caso agora. Se precisássemos, poderíamos criar uma autenticação genérica ou pré-definida usando OAuth, ou implementar do zero. Não precisamos nos preocupar com isso no momento. Existem outras opções, como enviar parâmetros, mas não precisaremos, então deixaremos desmarcado.
Nós temos um header que precisamos enviar. Quando fazemos uma requisição, podemos definir a estrutura dessa requisição, mas não é o nosso caso agora. Simplesmente executamos este passo para testar, e ele retornou um "ok", devolvendo as informações exatamente como estão no site. Fechamos essa opção e, ao clicar, a requisição é feita para o site, e ambos os indicadores ficaram verdes, indicando sucesso.
Nosso próximo passo é trabalhar com as informações que realmente queremos da resposta, pois não utilizaremos todas. As informações desejadas são o bid
, que é o valor do dólar, e a data. Ele trouxe uma série de informações, mas queremos trabalhar apenas com algumas. Precisamos editar os valores que queremos manipular. Clicamos no ícone de adicionar, que pode ser em qualquer lugar da tela, e utilizamos a propriedade chamada Edit Fields
, que modifica, adiciona ou remove itens de determinados campos.
Ao acessar essa propriedade, observamos que no input não há nada, pois o nó não recebeu nenhuma informação. Isso ocorre porque não conectamos esse nó com nosso HTTP, o que precisamos fazer. Clicamos no ícone e conectamos ao nó Edit Field
. Agora, temos três nós conectados. Ao acessar novamente, a estrutura para validar os dados está dividida em duas etapas. Do lado esquerdo, um painel mostra os dados de input. Editamos esses dados, manipulamos as informações desejadas e visualizamos os dados de saída.
Para selecionar os campos que queremos usar, clicamos e arrastamos até o campo indicado para adicionar os campos. Renomeamos o campo para valor_dolar
. É importante manter a ideia da engenharia de software ao nomear campos, evitando caracteres especiais e utilizando underline, inspirado na linguagem Python. Selecionamos o valor do dólar, que tinha o nome bid
, e adicionamos o próximo campo createDate
, renomeando para data
.
Para executar e visualizar, clicamos no botão Execute Step
. A resposta é apresentada em uma tabela com o valor do dólar e a data. Podemos visualizar o output de diferentes formas: esquema, similar ao input, ou em JSON, sobre o qual falaremos mais adiante. Tanto o input quanto o output podem ser visualizados em diferentes formatos: JSON, tabela ou esquema. É importante escolher o formato com o qual nos sentimos mais confortáveis. Assim, renomeamos os valores de forma organizada para uso.
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