Representatividade no mercado tech: 9 mulheres na tecnologia para você conhecer e acompanhar

Representatividade no mercado tech: 9 mulheres na tecnologia para você conhecer e acompanhar
Luísa Guimarães
Luísa Guimarães

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Falar sobre representatividade em tecnologia é essencial para estourar de vez a bolha que acredita que neste mercado só tem lugar para homens.

Os números mostram: cada vez mais, aos poucos, os recortes de gênero, raça e classe social vão se mostrando no mundo tech e inaugurando discussões super essenciais para um crescimento saudável - e com mais diversidade.

Em cinco anos, a presença feminina na tecnologia cresceu 60%, passando de 27,9 mil mulheres em 2014 para 44,5 mil, em 2019, como mostra a pesquisa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Mesmo assim, é preciso interpretar mais a fundo.

Segundo o relatório #QuemCodaBR de 2019, uma parceria do Pretalab com a ThoughtWorks que visou investigar a realidade do mercado de tecnologia no Brasil, a diversidade ainda está longe da ideal.

Em 64,9% dos casos, as mulheres representam no máximo 20% das equipes de trabalho no setor. Em 32,7% dos casos, não há nenhuma pessoa negra nas equipes e em 68,5%, as pessoas negras representam um máximo de 10% das pessoas nas equipes de trabalho em tecnologia.

É preciso muito comprometimento para mudar este cenário. Aqui na Alura, temos diversas ações para contribuir com um dos nossos valores mais importantes: a diversidade. E hoje, com este artigo, inauguramos mais uma.

Todo mês vou trazer uma reflexão sobre o mercado de tecnologia para mulheres, através de listas, conteúdos e muuuuito conhecimento! Vamos refletir sobre qual a verdadeira situação e o papel delas. Uma coisa eu já adianto: mulheres que conquistam posições de reconhecimento não querem estar sozinhas.

Continue lendo para conhecer a história de 9 mulheres que contribuem de diferentes maneiras para um mercado tech mais plural e possível para todas.

Mulheres que contribuiram para a História da Computação.

1. Cynthia Zanoni: dando asas para outras mulheres na tecnologia

Cynthia Zanoni nasceu no interior do Rio Grande do Sul e sempre teve um grande impulso: vontade de fazer acontecer. Aos oito anos começou a mexer em um computador e abriu uma janela para uma paixão transformadora: a tecnologia.

Ingressou em um curso técnico ao finalizar o Ensino Médio e logo começou a estagiar como desenvolvedora. Acumulou uma bagagem cheia de episódios machistas que vivenciou em ambientes ocupados por figuras masculinas e ingressou em uma faculdade, no curso de Sistemas para a Internet.

Não poderia imaginar que dali sairia o seu primeiro impulso para uma iniciativa que mudaria não só a sua vida, mas a de mais de um milhão de mulheres: a WoMakersCode. Junto com sua única outra colega de turma mulher, começou a oferecer para outras mulheres workshops gratuitos de introdução à tecnologia.

Aos poucos, o projeto foi expandindo e conquistando parcerias com faculdades e escolas técnicas, até chegar no posto de a maior comunidade de tecnologia formada por mulheres na América Latina. Hoje, Chyntia também trabalha na Microsoft e segue inspirando, capacitando e empregando mulheres na tecnologia.

Leia este artigo escrito por ela para saber mais sobre a iniciativa e acompanhe sua carreira.

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2. Lisiane Lemos: a importância de protagonistas femininas negras

Se você ainda tem dúvidas de que a tecnologia transforma vidas, a história da Lisiane vai acabar com todas! Afinal, foi através da tecnologia que ela conseguiu - e consegue - promover iniciativas de desenvolvimento para jovens.

E também foi nessa área que ela contrariou qualquer estatística que insiste em colocar mulheres negras como coadjuvantes e tornou-se uma baita de uma protagonista.

Seu currículo é gigante: palestrante, co-fundadora do Conselheira 101, embaixadora do movimento global I’m The Code, eleita uma das pessoas mais influentes pela Forbes Under 30 em 2017, professora de MBA de Big Data da PUCRS, membro do conselho consultivo do Fundo de População da ONU, colunista convidada da MIT Tech Review, Meteora Podcast e Fast Company Brasil. E não acabou: hoje é Gerente de Desenvolvimento de Agências do Google.

Provavelmente algum ponto ficou para trás mas já deu para entender o seu tamanho e sua importância, certo? Eu te convido a assistir sua palestra no TEDx Talks em Floripa e acompanhar suas redes.

3. Rafa Ballerini: da medicina à programação

Esse nome você já deve ter ouvido falar aqui na Alura! A Rafa é Alura Star e uma grande aliada nossa. Se você já fez alguma edição da Imersão Dev com certeza já sabe um pouco sobre ela.

Mas você imagina que ela já estudou Medicina?

Pois é. Antes de virar programadora ela já se aventurou no curso e até ficou por alguns semestres. Foi por lá mesmo que ela teve o primeiro contato com tecnologia e se encantou: na área de medicina computacional. Acabou largando a Medicina e indo fazer Arquitetura. E lá não teve jeito! Ao conhecer um livro chamado Algoritmos, entendeu de vez o que gostava: lógica.

E o que tem mais lógica do que um computador? Foi assim que ela ingressou em Ciência da Computação, migrou para Engenharia de Software e se aventurou também em Análise de Desenvolvimento de Sistemas.

Hoje, depois de duas graduações e já muita bagagem em tech, é nossa parceira, produz conteúdo para o seu Youtube e Instagram e ajuda outras pessoas a aprenderem programação.

4. Nina Talks: a tecnologia como uma aliada

Nina, apelido para Karina, se descreve como uma evangelista em design e tecnologia apaixonada por ajudar outras pessoas a se sentirem confiantes para seguirem uma carreira em tech - e ela é tudo isso mesmo, mas muito mais!

UX/UI designer, cientista da computação, product designer e dev são alguns dos seus títulos. Ela já foi reconhecida cinco vezes no desafio Swift Student Challenge, criado pela Apple, ganhou o prêmio de Jovem Aspirante na premiação Women In Tech Brazil, criadora de conteúdo de tecnologia na Play9.

Criou o Instagram Nina Talks quando começou a migrar para a carreira de Design e sentiu falta de duas coisas: pessoas no início de carreira e mulheres falando sobre suas experiências. Sem grandes referências, iniciou a comunidade e hoje troca diariamente com seus mais de 100 mil seguidores, além de muitas outras atividades que você pode acompanhar pelo seu perfil.

5. Fernanda Ribeiro: empreendendo com impacto

A frase acima consta na bio do perfil do Instagram da Fernanda, ao lado de hackeando processos, conectando pessoas. E essa é uma ótima maneira de apresentá-la.

Fernanda é fundadora da fintech Conta Black, que tem como objetivo democratizar e possibilitar o acesso a serviços financeiros para todas as pessoas. Além disso, é presidente da Associação AfroBusiness, uma organização sem fins econômicos que visa integrar, gerar negócios e promover o empoderamento econômico e social da população negra. É Conselheira Administrativa no Instituto C&A, líder de diversidade da Associação Brasileira de FinTechs e Embaixadora Rede Iberoamericana de Mulheres em Fintech.

Além de muitos outros títulos, já foi reconhecida em diversos prêmios por lutar por mais inclusão de mulheres e pessoas pretas no mercado de tecnologia e financeiro.

Um dos maiores frutos de sua luta é a Conta Black, fundada por Fernanda e seu sócio, Sérgio All, depois dele ter tido um crédito negado pelo gerente do seu então banco.

Fernanda entende, reconhece e luta para ir contra as amarras do sistema financeiro hoje.

O processo de endividamento quase que certo por parte dos usuários, a invisibilidade de pessoas pretas e de classes sociais mais baixas, a dificuldade de acesso de pessoas que não vivem em regiões centrais e barreiras invisíveis, como situações discriminantes e preconceituosas.

Ela defende a força da tecnologia para criar um caminho com mais impacto social e inclusão, e se aproveita dela exatamente para isso. Segue na luta por criar novos padrões e não repetir modelos de solução.

Existem vários conteúdos para saber mais sobre a Fernanda por aí. Mas eu te convido fortemente a assistir este vídeo sobre sua história e, claro, acompanhar seu perfil no LinkedIn e Instagram!

6. Giovanna Moeller: uma didática prática de aprendizagem

Giovanna tem somente 21 anos, mas já contribui com os estudos e a carreira de milhares através das suas redes sociais, onde também é conhecida como Girl Coding. Desenvolvedora mobile, front-end e designer, atualmente cursa Sistemas de Informação na Universidade Estadual Paulista (UNESP) e cria conteúdo sobre tecnologia em diferentes formatos e redes.

No vídeo mais visto em seu Youtube, ela explica como fazer um formulário de login com animações utilizando HTML e CSS. Além do conteúdo excelente, é muito interessante ver os comentários e reconhecimento do público. Um usuário destaca: “Se eu te contar que é a PRIMEIRA vez que eu vejo um tutorial sobre programação feito por uma mulher no YouTube? Bem louco mas foi muito bom, realmente desejo que outras Devs se inspirem em você e criem seus canais no YouTube”.

No seu Instagram, ela compartilha dicas e pílulas de conhecimento nos stories e feed a respeito de programação e tecnologia. E no seu GitHub, ela posta seus projetos e resultados. Vale muito o follow e o acompanhamento!

Como a gente já viu e está vendo neste artigo, a Giovanna não é a única mulher que está nas redes abrindo caminhos e possibilidades para muitas outras. Continue lendo para conhecer outras criadoras de conteúdo.

7. Duda Vieira: a valorização do início da carreira

É muito comum a gente ver por aí uma super valorização de profissionais já bem colocados no mercado e as histórias de como chegar lá. Mas é super essencial também olhar para o início dessa trajetória.

E essa é a proposta da Duda Vieira, também conhecida como Code by Duda. Ela começou a falar sobre tecnologia em 2020 no Youtube, quando tinha alguns meses de experiências práticas e se considerava uma programadora iniciante.

Através dos vídeos da Duda fica claro que é possível sim se sentir realizada e realizado mesmo no início da carreira. O seu vídeo mais acessado é um guia perfeito para quem está querendo começar na área TI.

Em seu Instagram também encontramos conteúdos sobre linguagens de programação, ferramentas, frameworks e dicas para o mercado de trabalho.

8. Ítala Herta: inovação com sentido e recortes profundos

A inovação só faz sentido quando pensada a partir de diferentes pontos de vista de raça, gênero e sexualidade. Essa é a postura e o caminho que Ítala Horta busca levar e disseminar no mercado da tecnologia.

Fundadora da Diver.SSA, uma edtech que incentiva o empreendedorismo feminino nas regiões Norte e Nordeste, sua atuação contribui fortemente para aumentar a representatividade de mulheres negras em empreendimentos tecnológicos.

Ítala também é cofundadora da Vale do Dendê e atuou por anos à frente da iniciativa, uma aceleradora com foco na inovação e criatividade de jovens afro-brasileiros em Salvador. Além disso, é cocriadora do da plataforma e do festival Ocupação.Afro Futurista.

Em seu Instagram, se apresenta como uma mulher que caminha - mas, certamente, também contribui para a caminhada de outras.

Conheça mais sobre o seu empreendedorismo social e acompanhe sua trajetória hoje, e sempre.

9. Attekita Dev: desvendando os segredos de uma carreira em tech

Dicas do mercado freelancer e carreira profissional é com a Attekita mesmo! Com 12 anos de experiência em XP, a engenheira de software fala com mais de 30 mil pessoas diariamente em seu Instagram que querem aprender sobre tecnologia.

No envio mais famoso em seu Youtube, ela ensina como trabalhar como freelancer e ganhar dinheiro na internet.

Ela ainda participa de lives, dá detalhes sobre a área de atuação e compartilha oportunidades para quem está começando na carreira. E ah! Se aproveita muito dos memes da internet para tratar com leveza assuntos e desafios do dia a dia de devs.

Acompanhe seu Instagram e Youtube e conheça suas experiências enquanto uma mulher na tecnologia.

Vamos juntas continuar esta conversa

Este artigo é o primeiro de uma série chamada Mulheres em Tech, que tem como objetivo valorizar e dar voz a projetos, conteúdos, pessoas e iniciativas que unem mulheres e tecnologia. Eu te convido a compartilhar este post e ajudar a acabar com o papo de que a tecnologia é uma área para homens.

Agradeço imensamente a colaboração de todas que me ajudaram a chegar neste resultado, direta ou indiretamente: Milena Alvarez, Vivian Matsui, Mônica Bock, Giovanna Alves, Maria Cipolotti, Raja Pimenta, Helena Navarro, Vitória Malta e tantas outras.

E se você está inspirad e quer seguir a carreira, eu quero que você conheça, além da Alura, a FIAP. É a faculdade com quem nos unimos e que possue um catálogo incrível e de qualidade com cursos de graduação e cursos a distância também.

Luísa Guimarães
Luísa Guimarães

Em busca de grandes aprendizados em diferentes áreas!

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