O que é acessibilidade na web?

O que é acessibilidade na web?
Livia Cristina Gabos Martins
Livia Cristina Gabos Martins

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De acordo com a W3c, a acessibilidade na Web serve como auxílio para sites, ferramentas e tecnologias serem projetados e desenvolvidos para que pessoas com ou sem deficiência possam usar, navegar, interagir e entender o conteúdo, com autonomia.

No dia a dia, a acessibilidade é tratada de diferentes formas, como: algo voltado para pessoas com deficiência, algo muito custoso ou que dá muito trabalho para aprender. E, na verdade, acessibilidade é para todas as pessoas, pois o maior objetivo é fazer com que usuários(as) possam realizar qualquer atividade sem impedimento.

Acessibilidade e marketing

Quando criamos produtos ou serviços, queremos que todas as pessoas possam utilizar, porque isso é lucrativo e quando um cliente gosta do produto e o recomenda nas redes sociais, isso é um ponto super positivo para o marketing.

Boa parte da população brasileira possui muitas barreiras no seu cotidiano para acessar o conteúdo e realizar tarefas que são fáceis para outras pessoas. Quando elas não encontram essas barreiras em nosso site/aplicativo, fidelizamos clientes e a percepção da nossa marca muda para todas essas pessoas.

Banner promocional da Alura, com um design futurista em tons de azul, apresentando dois blocos de texto, no qual o bloco esquerdo tem os dizeres:

Acessibilidade é para quem?

O Censo de 2010 avaliou que quase 24% da população brasileira possui pelo menos um tipo de deficiência. Após a releitura dos dados em 2018, o IBGE considerou apenas as pessoas que responderam uma alta gravidade ou não conseguem, de modo algum, realizar algo. Com essa releitura, foi considerado que quase 7% da população brasileira possui alguma deficiência. Houve uma grande redução no número, mas ainda assim, são muitas pessoas a serem consideradas.

  

Pensando na autonomia, temos pessoas que ainda não são alfabetizadas no Brasil. Baseado em dados de 2017, cada dia nascem quase 2 crianças por dia no Brasil e até essas crianças saberem ler e navegar na internet tradicional utilizando o teclado, elas provavelmente vão interagir usando voz ou interfaces de toque com imagens que vão reconhecendo ao longo dessa interação.

A expectativa de vida vem crescendo no mundo, o mesmo acontece no Brasil, de acordo com as projeções do IBGE, que fez uma projeção de que em 2043 ¼ (um quarto) da população deverá ter mais de 60 anos. A relação entre a porcentagem de idosos e jovens deve aumentar de 43,19% em 2018 para 173,14% em 2060. Por isso, precisamos pensar que os nossos clientes e usuários também vão envelhecer com o tempo e temos que nos planejar para que a autonomia e capacidade de realizar as atividades nos nossos produtos/serviços, continue funcional.

Conclusão

Existem diferentes tipos de pessoas no Brasil, cada uma com necessidades diferentes, mas é importante observarmos as pessoas em sua totalidade. Trabalhar a experiência de usuário(a) ou desenvolver um produto com boa performance é isso, garantir a melhor entrega sem distinguir a pessoa que está utilizando. Nessa perspectiva, não podemos excluir um público dentro do nosso planejamento ou processo de desenvolvimento.

Para isso, na Alura temos tanto um curso que ajuda a projetar interfaces inclusivas UX Acessível - Projetando interfaces inclusivas, quanto uma formação completa de Acessibilidade Web.

Fica aqui, a indicação do livro da Cada do Código sobre Acessibilidade na Web - Boas práticas para construir sites e aplicações acessíveis.

Livia Cristina Gabos Martins
Livia Cristina Gabos Martins

Comecei na área de UX quando tudo era mato. Trabalho há 10 anos na área de UX, especialmente com a parte de pesquisa e acessibilidade. Mestre em Visualização de informações aplicada na engenharia de software, graduada em Sistemas de Informação na UNESP/SP. Já dei aulas de programação para pessoas cegas e já trabalhei com Selo de Acessibilidade Digital criado pela prefeitura da cidade de São Paulo.

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