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Por que a liderança situacional pode fazer bem para sua equipe?

Athena Bastos

Athena Bastos


As lideranças que desejam alcançar a eficiência operacional dos seus times precisam, além de tudo, olhar para o seu estilo de liderança e buscar se desenvolver.

Afinal, existem vários modelos de liderança. Mas qual é o modelo que você, líder, quer seguir para conduzir sua equipe rumo aos melhores resultados, mesmo em tempos desafiadores?

Para passar por esse período de crise e obstáculos das empresas, é fundamental ser uma liderança que se adapta e permanece flexível. Por esse motivo, a liderança situacional é um modelo que conquista lideranças em diferentes setores, mas que também pode ser fundamental na área de tecnologia.

O objetivo deste artigo, então, é trabalhar a liderança situacional como um dos tipos de liderança e mostrar porque esse modelo é importante para a adaptação e a flexibilidade das empresas do setor de tecnologia.

Fotografia de cinco pessoas diversas com suas mãos unidas em uma pilha de mãos, representando a união de um time.

O que é liderança situacional

A liderança situacional surgiu a partir de Paul Hersey e Kenneth Blanchard sobre uma gestão empresarial ineficiente em razão de problemas de relacionamento com a liderança e falta de organização das tarefas.

Esses estudos resultaram em uma teoria sobre liderança que defende que lideranças de alta performance não adotam uma única forma de fazer a gestão de pessoase sim, adaptam sua atuação ao contexto da empresa e das pessoas.

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A principal característica da liderança situacional é, portanto, a previsão de abandonar todas as receitas de bolo e fórmulas prontas que ditam regras sobre como fazer a gestão de pessoas.

Ao contrário disso, considerar que não existe uma única forma correta de liderar. As diferentes situações com pessoas distintas exigem formas específicas (e variadas!) de atuação.

Ou seja, é um tipo de liderança cujo foco principal é a capacidade da pessoa líder de se adaptar a diferentes situações.

Afinal de contas, é natural que a empresa conviva com diferentes contextos — micro e macroeconômicos. Inclusive, com períodos ruins, de crises, baixas demandas e problemas com produtividade e com pessoas colaboradoras.

Como manter a produtividade e saúde das pessoas colaboradoras em momentos de crise? Como lidar com diferentes tipos de pessoas colaboradoras?

Faz sentido a liderança adaptar a sua própria conduta de acordo com cada cenário e cada situação específica? De acordo com esse tipo de liderança, sim.

Enfim, a liderança situacional prevê que as lideranças se adaptem e sejam flexíveis para direcionar, apoiar e orientar as pessoas colaboradoras da melhor forma nos diferentes cenários da empresa.

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Qual é a diferença entre liderança situacional e outros tipos de liderança?

Apesar do que se compreende como obrigações de uma pessoa líder, existem diferentes tipos de liderança.

Em geral, as qualidades para ser uma boa liderança variam conforme o papel que se deseja exercer à frente de uma equipe — além de, claro, depender da própria realidade da empresa.

A grande diferença da liderança situacional em relação aos demais tipos de liderança é o foco especial na resiliência de todas as ações.

Ou seja, a principal distinção é a flexibilidade do papel de liderança em se adaptar às situações, sem um roteiro previamente estabelecido.

Isso significa que cada situação pode demandar um tipo específico de modelo de gestão. Tudo depende do contexto.

Assim, independentemente do cenário micro e macroeconômico, o objetivo central da liderança situacional é esse: encontrar uma forma da sua equipe se adaptar e entregar bons resultados.

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Como funciona o modelo de liderança situacional

Conforme já mencionado, a liderança situacional não obedece padrões rígidos, tampouco segue um roteiro de gestão pré-estabelecido.

Nesse contexto, não existe um modelo de gestão melhor do que outro. Todas as formas de agir, as técnicas e as metodologias devem se alinhar ao contexto específico.

Além da análise do contexto, deve-se levar em consideração outros dois fatores para determinar a forma de atuação da liderança: o estilo de liderança e o nível de maturidade das equipes — explicados a seguir.

Quais os estilos de lideranças situacional?

Dentro das formas de atuação, existem 4 estilos de liderança situacional que se relacionam às competências gerenciais da pessoa líder diante das situações.

Direção

Em primeiro lugar, a direção se refere à capacidade da liderança de acompanhar e direcionar as atividades das pessoas colaboradoras do início ao fim.

Esse estilo de liderança deve ser aplicado em situações em que as atividades devem ser supervisionadas e as pessoas colaboradoras têm autonomia limitada. É o caso, por exemplo, de períodos de experiência ou mudança de cargo.

Orientação

A orientação é um estilo de liderança situacional aplicada em situações em que as pessoas colaboradoras estão aptas para contribuir e sugerir ideias para o projeto.

Nessa hipótese, as lideranças abrem espaço para sugestões e contribuições das pessoas colaboradoras, de modo a estimular a aprendizagem. Sendo assim, atuam basicamente na supervisão e na aprovação final dos projetos.

Apoio

O apoio é um estilo de liderança em que a supervisão já é tão necessária. Nesse caso, a função da liderança é facilitar, incentivar e manter a motivação das pessoas colaboradoras.

Na prática, as lideranças devem buscar identificar os problemas e discutir em conjunto as possíveis soluções. Do mesmo modo, em geral, a responsabilidade da decisão final permanece com a liderança.

Delegação

Por fim, a delegação é o nível mais avançado de estilos da liderança situacional. A liderança simplesmente delega as responsabilidades para organizar os processos.

No entanto, a tomada de decisões e o desenvolvimento das tarefas é de responsabilidade das pessoas colaboradoras.

Sendo assim, é aplicada em casos em que a liderança não precisa mais acompanhar e supervisionar as atividades que estão sendo desenvolvidas.

Então, é um estilo de liderança que demanda uma confiança estabelecida e funções bastante estruturadas. Assim, é possível delegar atividades e dar bastante autonomia às pessoas colaboradoras.

Quais são os níveis de liderança situacional

Além do contexto, as lideranças também devem considerar a maturidade das equipes para determinar sua atuação.

O nível de maturidade está diretamente relacionado ao nível de capacitação profissional do time. Tanto na hora de formar a equipe, quanto na hora de fazer a gestão de pessoas, as lideranças devem definir em qual nível a equipe se enquadra.

A melhor forma de constatar e definir — e também evoluir nesses níveis — é através de avaliações de desempenho e programas de treinamento e desenvolvimento.

Os principais níveis são:

  • P1 (baixa vontade e baixa capacidade): quando as equipes não atuam de forma autônoma, porque não têm conhecimento técnico e experiência suficientes.
  • P2 (alta vontade e baixa capacidade): quando as pessoas colaboradoras são mais experientes, mas ainda precisam de orientação para executar tarefas.
  • P3 (baixa vontade e alta capacidade): quando as pessoas têm Soft e Hard Skills, mas se sentem desmotivadas ou inseguras para atuar de forma autônoma.
  • P4 (alta vontade e alta capacidade): quando a equipe está pronta para qualquer tipo de liderança.

Benefícios da liderança situacional em times de TI

O panorama socioeconômico atual, principalmente do mercado de tecnologia, demonstra que estabilidade é uma característica que não se pode esperar da realidade das empresas.

Sendo assim, por priorizar especialmente a flexibilidade e a adaptação, a liderança situacional já se mostra, por si só, benéfica.

No entanto, de forma mais detalhada, os principais benefícios desse tipo de liderança são:

Comunicação mais clara e eficiente

A liderança situacional prioriza um diálogo mais aberto e estimula a confiança das equipes para que trabalhem com, cada vez mais, autonomia.

Isso faz com que as pessoas colaboradoras se aproximem mais e se alinhem de forma mais fácil.

No fim das contas, a partir de uma comunicação mais fácil e assertiva, a liderança situacional consegue unir os times em relação aos valores, às missões e às visões.

Redução de conflitos

Como consequência de uma comunicação mais clara e eficiente, as lideranças passam a se relacionar melhor com sua equipe.

As lideranças devem se certificar de deixar claro quais são as suas expectativas em relação às pessoas e, também, devem pedir um feedback de volta. Assim, diminui as chances de conflitos e melhora o clima organizacional.

Fluxos mais fluídos

Também como consequência de uma boa comunicação, a liderança situacional faz com que as funções de cada pessoa colaboradora fiquem melhor estabelecidas.

Assim, cada pessoa sabe exatamente o que fazer e qual é o seu papel na empresa. Isso torna os fluxos de trabalho muito mais fluídos e produtivos.

Autonomia de colaboradores e colaboradoras

Por fim, a liderança situacional constrói um ambiente organizacional seguro para que as pessoas colaboradoras desenvolvam sua independência com responsabilidade.

Como resultado, é um tipo de liderança que propicia que as pessoas colaboradoras desenvolvam, cada vez mais, autonomia em suas atribuições.

Cuidados com a liderança situacional

Apesar de tantos benefícios, como todas as outras formas de gestão de pessoas, a liderança situacional também tem algumas desvantagens.

Sendo assim, demanda alguns cuidados especiais, especialmente em relação à:

A falta de uniformidade no estilo de liderança pode gerar confusão e fazer com que a equipe questione suas tarefas.

Ao alternar estilos de liderança, o foco se concentra nas atividades de curto prazo, deixando as metas de longo prazo um pouco de lado.

Nesse tipo de liderança, a pessoa líder deve optar por qual estilo de liderança deve adotar e isso pode atribuir muita responsabilidade a ela.

Se adaptar e ser flexível o tempo todo pode ser um pouco desgastante para as lideranças.

De todo modo, assim como outras skills, a liderança é uma característica que se desenvolve com paciência e autodesenvolvimento.

E na sua empresa, qual é o tipo de liderança que tem mais destaque?

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Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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