5 técnicas para otimizar seu processo de Brainstorming

5 técnicas para otimizar seu processo de Brainstorming
Tamiris Velicka
Tamiris Velicka

Compartilhe

Participar de um processo de Brainstorming é uma forma prática que muitas equipes utilizam para pensar em conjunto, seja para validação, exploração ou decisão de uma ideia ou projeto. Mas você sabia que é possível inovar esse formato de dinâmica e que existem muito mais formas de conduzir um processo de brainstorming do que apenas por meio de post-its em um quadro?

Neste artigo, conheceremos cinco técnicas de inovação e criatividade que podem auxiliar você e sua equipe a terem insights valiosos durante o processo de brainstorming:

  • Starbusting (Ou 5W2H)
  • Rolestorming
  • SCAMPER
  • Cinco Porquês
  • Método 635

Vamos nos aprofundar em cada uma delas! Confira!

Starbusting (5W1H)

Starbusting é uma forma de brainstorming voltada para levantar ideias de maneira convergente, ou seja, direcionar as soluções para um mesmo ponto em comum. A técnica Starbusting também é conhecida no mercado como 5W1H, justamente pelo formato na qual a cerimônia é conduzida.

O nome “Starbusting” vem do formato em que as perguntas são dispostas, e o nome mais comum – 5W1H – vem das 6 perguntas feitas em inglês: When, Who, What, Why, Where e How (Quando, Quem, O quê, Como, Onde e Por quê, respectivamente).

É uma técnica que pode ser feita em grupo ou individualmente, para processos de validação e exploração de ideias e produtos.

Conheça as etapas:

1) Desenhe uma estrela com seis pontas e, no centro dela, escreva o desafio que quer solucionar com a técnica;

2) Escreva as perguntas conforme disposto no exemplo abaixo (quando, quem, o quê, como, onde e por quê);

Ilustração de uma estrela de 6 pontas  e em cada uma delas, as perguntas: quando, quem, o quê, como, onde e por quê.

3) Responda às perguntas desenhadas no modelo;

4) A partir das perguntas levantadas, você e sua equipe poderão entender quais caminhos seguir para respondê-las.

Veja como funciona na prática:

Ilustração de uma estrela de 6 pontas  e em cada uma delas, as perguntas: quando, quem, o quê, como, onde e por quê, com respostas para cada uma das perguntas. No canto superior direito escrito: "precisamos lançar um produto com melhor usabilidade para o usuário". Banner da Escola de UX e Design: Matricula-se na escola de UX e Design. Junte-se a uma comunidade de mais de 500 mil estudantes. Na Alura você tem acesso a todos os cursos em uma única assinatura; tem novos lançamentos a cada semana; desafios práticos. Clique e saiba mais!

Rolestorming

Rolestorming é uma técnica muito parecida com o brainstorming tradicional que conhecemos, porém, tem como intuito que você adote uma nova personalidade para opinar de maneira afastada do seu próprio eu, usando sempre uma terceira pessoa.

A ideia é que você se sinta livre para se expressar sem julgamentos, desde ideias muito inovadoras até aquelas que você pensa que possam parecer loucura. O objetivo dessa técnica é encorajar participantes a terem empatia com pessoas de times diferentes – ou que estão em diferentes partes do processo.

Por exemplo, se o ponto focal da dinâmica for solucionar problemas de usabilidade em um aplicativo, você pode se colocar no lugar da pessoa que trabalha com atendimento e recebe reclamações. Ou ainda, caso você seja a pessoa responsável pelo design, pode se colocar no lugar de uma pessoa desenvolvedora. Esse exercício é uma grande prática de empatia. Se você fosse essa pessoa, o que você faria?

Veja como pode funcionar na prática:

“Eu, pessoa do atendimento, acredito que devemos enviar lembretes em dias-chaves para pagamentos no primeiro dia do mês, por exemplo” – pessoa de outro time falando como alguém que trabalha no atendimento.

“Eu, pessoa desenvolvedora, acredito que devemos pensar em um aplicativo mais limpo e sem muitas informações, pois é bom para quem desenvolve e para quem usa.” – pessoa designer falando como desenvolvedora.

SCAMPER

SCAMPER é uma técnica de brainstorming mais estruturada, sem pensamentos tão livres como costumamos ver. A metodologia foi criada por Bob Eberle, um administrador e autor. O objetivo é conseguir trazer listas ordenadas para serem utilizadas para produtos e serviços que já existem ou para criar uma solução do zero.

SCAMPER é um acrônimo, que deve servir como guia para as listas que serão utilizadas:

Substituir (componentes, materiais, pessoas)

Combinar (misturar, combinar com outros produtos e serviços)

Adaptar (alterar, mudar de função)

Modificar (aumentar ou diminuir – prazos, estrutura, etc)

Propor (colocar para outro uso)

Eliminar (eliminar, reduzir funcionalidade)

Reverter (transformar de dentro para fora)

A ideia básica é distribuir os itens do projeto ou produto nessas categorias, para saber por qual caminho seguir de acordo com os resultados. Ou seja, a partir do mapeamento com base nas listas, você consegue entender melhor o que substituir, o que propor, o que eliminar, etc. É uma forma muito prática de conseguir um direcionamento melhor.

Veja como funciona na prática:

O time de produto pretende aplicar melhorias na visibilidade da funcionalidade de pagamentos do aplicativo da marca. O time usará a técnica SCAMPER para direcionar as ações de melhoria, como podemos ver abaixo:

Substituir;

Combinar - com um ícone de pagamento na página home, levando direto ao pagamento;

Adaptar - a localização dos anúncios deve mudar para versões pop-up;

Modificar - aumentar o prazo de entrega para o time de desenvolvimento;

Propor - enviar push lembrando dos pagamentos;

Eliminar - o menu lateral “pagamentos”;

Reverter.

Lembre-se de que não é obrigatório preencher todos os itens da lista, assim como no exemplo acima, em que o objetivo é trazer soluções pontuais para o problema e não necessariamente atender a todos os itens da lista.

Cinco Porquês

A técnica dos Cinco Porquês consiste em se questionar cinco vezes a partir de uma questão inicial. É quase como se você se colocasse no lugar de uma criança curiosa, que pergunta “mas por quê?” a cada explicação que um adulto dá a ela.

Por exemplo:

Frase inicial: precisamos lançar um produto com mais usabilidade para o usuário.

  • Porquê 1: Por que precisamos lançar?

    • “Porque o aplicativo atual é de uso difícil”
  • Porquê 2: Por que o aplicativo atual é de uso difícil?

    • “Porque os ícones são difíceis de achar”
  • Porquê 3: Por que os ícones são difíceis de achar?

    • “Porque eles estão escondidos dentro de menus”
  • Porquê 4: Por que eles estão escondidos dentro de menus?

    • “Porque o aplicativo já possui muita informação na página inicial”
  • Porquê 5: Por que o aplicativo possui muita informação na página inicial?

    • “Porque possui muitos anúncios”

Resolução: Nosso produto precisa ser mais amigável ao usuário e hoje isso não é possível por conta dos muitos anúncios na página inicial.

Então, a partir disso, você pode fazer o processo dos Cinco Porquês novamente, caso seja necessário, até que uma solução mais clara apareça para você.

Ilustração de vários blocos de notas, colando post-its em um quadro, exemplificando uma sessão de brainstorming.

Método 635

O método 635 tem esse nome por possuir três itens essenciais para a dinâmica: seis participantes, três soluções, cinco análises durante cinco minutos.

Nesse método, cada um dos seis participantes escreve três possíveis soluções para o problema inicial. É importante que as três possíveis soluções sejam escritas com poucas palavras, preferencialmente por meio de palavras-chave, para que assim o processo seja mais fluido e de fácil compreensão.

Esse processo deve durar cinco minutos. Após esse tempo, a próxima pessoa participante recebe essas três soluções e acrescenta três, e assim por diante, até que os seis participantes tenham colocado suas ideias.

Assim, ao final da aplicação do método, teremos ao menos 18 palavras-chave que direcionam para a solução por meio de ideias variadas. Partindo disso, podemos aplicar outros métodos para definição, como a técnica SCAMPER, que mencionamos acima.

Conclusão

É possível inovar com técnicas de brainstorming que saem do habitual modelo de post-its colados em um quadro branco, pois existem diversos formatos que podem tornar seus encontros para definições e levantamento de ideias mais interativos, eficientes e direcionados.

Além do que foi apresentado nesse artigo, há muitos outros métodos que podem ser aplicados para entender melhor como seu time funciona e quais suas limitações, e adequar a técnica conforme for necessário.

Com isso, esperamos que seus encontros sejam otimizados e que você e sua equipe cheguem em soluções cada vez mais concretas e de fácil entendimento.

Quer aprofundar mais no assunto?

Até a próxima!

Tamiris Velicka
Tamiris Velicka

Apaixonada por experiência do usuário e hospitalidade digital, gosto de pensar com empatia e entender a relação entre tecnologia, negócios e pessoas.

Veja outros artigos sobre UX & Design