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O termo “low code” foi criado em 2014 pela consultoria Forrester. Para a empresa, ele se referia a aplicações que focavam na facilidade de uso e na simplicidade do processo de desenvolvimento.
Segundo a pesquisa “Intenção de investimento em tecnologia low-code”, realizada pela OutSystems Brasil em parceria com a 4Network, 69% das empresas entrevistadas já utiliza low code e 31% tem interesse em utilizar.
Os dados também mostram que 54% dessas empresas investiram o montante de R$ 53.165.000,00 (cinquenta e três milhões, cento e sessenta e cinco mil reais) em tecnologia low code somente no ano de 2024.
Este investimento, foi distribuído entre diversos projetos, com destaque para: automação de processos (24%); aplicativo mobile (15%) e uso pelas áreas de negócio/citizen developer (13%).
A partir desse contexto, este artigo tem como objetivo trazer um panorama sobre o low code: o que é, como funciona e suas principais aplicações, além de apresentar as diferenças entre ele e o no code e demonstrar como as empresas podem se beneficiar do uso de ferramentas low code.
O que é low code?
A solução low code é uma técnica de desenvolvimento de software que usa menos código que a forma de desenvolvimento tradicional.
Ou seja, é uma abordagem de desenvolvimento de software que requer pouca codificação para construir aplicativos e processos.
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Na prática, ao invés de usar linguagens de programação complexas, a solução low code usa interfaces visuais com uma lógica básica em uma plataforma de desenvolvimento.
As plataformas de low code (LCPD) fornecem uma interface gráfica da pessoa usuária (Graphical User Interface ou GUI) que permite “arrastar e soltar” e blocos de componentes que representam tarefas comuns de desenvolvimento de software.
As soluções low code são usadas tanto por pessoas com pouco conhecimento em programação, quanto por pessoas desenvolvedoras experientes que querem acelerar o processo de desenvolvimento.
Isto é, o público-alvo são pessoas desenvolvedoras em todos os níveis de experiência que querem ser mais eficientes e produtivas.
Quais as diferenças entre o desenvolvimento low code e no code?
Low code (pouco código) e no code (sem código) são tecnologias que usam menos — ou nenhum, no caso de no code —, código no desenvolvimento de produtos.
A diferença básica entre as duas plataformas é o público-alvo. A programação low code é direcionada para pessoas desenvolvedoras (mesmo que em diferentes níveis de experiência).
Isso porque requer certas habilidades tecnológicas e permite que as pessoas trabalhem de forma mais rápida.
Por outro lado, a solução no code se direciona para pessoas que não têm nenhum conhecimento sobre linguagens de programação.
Na prática, a plataforma não permite que os códigos sejam editados manualmente e precisa ser mais segura e amigável possível para absorver informações técnicas.
Outro ponto de diferenciação é a compensação. Para construir soluções técnicas, os sistemas de low code precisam de algum tipo de codificação. As plataformas no code, por outro lado, ignoram todas as informações tecnológicas e são mais simples de usar.
Como funciona o low code?
Uma plataforma low code permite que as pessoas usuárias possam criar e implantar softwares e aplicativos usando o mínimo possível de códigos manuais.
E esse é um ponto importante: ainda que sejam poucos, uma LCPD exige alguns códigos manuais — por isso, requer algum conhecimento de linguagem de programação.
Para isso, em geral, essas plataformas fornecem uma biblioteca de componentes e modelos pré-estabelecidos que podem ser usados para acelerar o processo de desenvolvimento.
Então, apesar de não servir para desenvolver todos os tipos de aplicativos, é uma ferramenta útil para otimizar o desenvolvimento de softwares simples.
Por que low code é uma tendência de tecnologia?
O uso de estratégias e ferramentas para otimizar processos das empresas não é exatamente algo novo. A transformação digital impulsionou a demanda por soluções de software personalizadas e escaláveis.
Por isso, mais do que uma simples tendência, o low code tem se tornado essencial para construir um futuro competitivo para os negócios.
Segundo o estudo “Análise comparativa de Ferramentas Low-Code para desenvolvimento de software”, o termo low code surgiu supostamente em meados de 2014 com base em uma pesquisa de mercado realizada por Clay Richardson.
No entanto, mesmo com o crescimento da demanda tecnológica, surge a escassez de talentos com qualificação para atuar nas empresas.
Nesse contexto, as plataformas de desenvolvimento low code e no code surgem como uma tendência promissora, que oferece a possibilidade de criar softwares e aplicativos com pouca ou nenhuma programação.
Nessa perspectiva, surgiram questões importantes: como é possível, ao mesmo tempo, aumentar a operação das empresas sem aumentar o quadro de pessoas?
Ou melhor, como impulsionar os resultados sem, em contrapartida, aumentar os investimentos e o budget de RH na atração de novos talentos?
Para buscar essas respostas, as estratégias de negócio se voltaram para a eficiência operacional. Um mercado apertado e a necessidade de desenvolvimento rápido fizeram com que as empresas buscassem novas maneiras de criar softwares.
E, nesse ponto, as plataformas low code aparecem como uma importante solução. Não por menos, são uma tendência de TI.
Afinal de contas, é uma forma de acelerar a criação de softwares e permitir que as pessoas desenvolvedoras se envolvam em projetos maiores.
Como se não bastasse, essas plataformas oferecem uma oportunidade da empresa pagar o débito técnico. Ou seja, é uma forma de corrigir as imperfeições nos códigos decorrentes da priorização por uma entrega rápida (ao invés de perfeita).
Quais as vantagens do low code?
De fato, o uso de plataformas de low code proporcionam muitos benefícios para as empresas. Os principais são:
- Autonomia: essas plataformas permitem que pessoas sem conhecimento aprofundado em desenvolvimento criem aplicações simples e testem novas ideias.
- Velocidade: é possível criar aplicações de forma mais rápida, a partir de uma variedade de modelos e rótulos que podem ser personalizados a partir da necessidade da empresa.
- Escalabilidade e segurança: essas plataformas são mais escaláveis que os sistemas tradicionais, à medida que o sistema pode se adaptar de modo mais rápido e eficiente conforme o crescimento ou mudança da organização.
- Flexibilidade: como é um sistema modular, é mais simples e mais rápido fazer adaptações e alterações nos sistemas.
- Redução de erros: como usam o mínimo de códigos possível, as soluções low code também ajudam a evitar erros manuais.
- Produtividade: as plataformas têm ferramentas de gerenciamento de tarefas, fluxos de trabalho e outros recursos que otimizam os processos e possibilitam fazer mais em menos tempo.
- Economia de custos: através das LCPD, é possível reduzir os custos de desenvolvimento, especialmente relativos à contratação de pessoas desenvolvedoras.
- Acesso a recursos visuais: as plataformas low code permitem criar softwares mais bonitos, intuitivos e com interação simplificada.
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Quais as plataformas low code?
Atualmente, existem diferentes tipos de plataformas low code. Confira a seguir, três exemplos:
Wix: ferramenta low code para criar websites
A plataforma Wix permite que as pessoas usuárias criem websites com base em mais de 500 templates ou, se quiserem, façam sua própria personalização.
A partir dela, é possível ter acesso a recursos avançados, como loja virtual, integração com meios de pagamento e edição da visualização no formato mobile.
Webflow: ferramenta low code para criar websites
Assim como a Wix, a Webflow também permite que as pessoas usuárias criem websites.
Além disso, ela também faz toda a hospedagem do site. Então, você pode não somente criá-lo como também colocá-lo no ar.
Zeev: ferramenta low code para criar aplicativos de processo
A plataforma Zeev possibilita automatizar processos sem que você precise desenhar o fluxograma, para alcançar maior produtividade e melhores resultados.
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Como estudar low code?
Mais do que desenvolver pessoas em digital skills — em cursos de baixo código, por exemplo, é fundamental que as empresas mantenham suas equipes de tecnologia constantemente atualizadas.
Essa é, inclusive, uma estratégia para driblar os efeitos da crise macroeconômica do mercado de tecnologia e impulsionar os times rumo à eficiência operacional.
Afinal de contas, as estratégias que incluem o aprendizado contínuo são cruciais para o crescimento da organização, mas também estimulam a motivação das pessoas colaboradoras, aumentando sua satisfação e seu engajamento no trabalho.
Como resultado, também contribui para a diminuição da taxa de rotatividade e o aumento da taxa de retenção de talentos.
Além do mais, uma cultura organizacional que se baseia no aprendizado também impulsiona o desenvolvimento de inovação dentro da empresa — o que é, sem dúvidas, fundamental para ela se manter competitiva em seu mercado.
O que esperar das tendências futuras?
O mercado de plataformas low code está evoluindo rapidamente, apontando algumas tendências para o futuro da criação de aplicativos. Segundo o estudo “Low-code e No-code: Democratizando o Desenvolvimento de Software”, ao reduzir a barreira de entrada e aumentar a produtividade, essas plataformas democratizam o desenvolvimento de software e possibilitam criar soluções mais inovadoras. Tudo isso, aliado à tecnologias como:
Integração com Inteligência Artificial
As plataformas low-code estão cada vez mais integradas com IA e aprendizado de máquina (ML); o que possibilita que pessoas desenvolvedoras, mesmo sem muita experiência técnica, possam criar aplicativos inteligentes que automatizam tarefas e oferecem experiências personalizadas.
Ferramentas de IA, como TensorFlow e Keras, facilitam construir modelos de aprendizado de máquina, democratizando o desenvolvimento de soluções mais complexas.
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Automação de Tarefas
A automação de processos repetitivos, como entrada de dados e geração de relatórios, por exemplo, será um foco importante.
As empresas podem economizar tempo e recursos, melhorando a eficiência com o uso dessas plataformas para rastrear reembolsos, acompanhar clientes, entre outras tarefas.
Crescimento do desenvolvimento multiplataforma
Outra tendência que se destaca é a capacidade de desenvolver aplicativos multiplataforma de forma rápida e eficaz.
As ferramentas low code facilitam o desenvolvimento de aplicativos que funcionam em diversas plataformas (como iOS e Android) sem a necessidade de programar separadamente para cada uma.
Ou seja, isso resulta em mais agilidade no tempo de desenvolvimento e possibilita uma integração mais fácil com sistemas empresariais já existentes.
Adoção por grandes empresas e expansão para soluções empresariais
Com uma evolução crescente dessas plataformas, elas não se limitam mais a protótipos ou ferramentas internas, uma vez que estão ficando mais robustas a ponto de suportar aplicações empresariais mais complexas, com maior segurança, controle de versões e personalização.
Isso também contribui para que grandes empresas adotem essas tecnologias para acelerar seus processos de desenvolvimento.
Crescimento dos citizen developers
É cada vez mais comum que profissionais sem formação técnica criem soluções usando plataformas low code.
Isso reduz a dependência de equipes de TI, e permite que mais pessoas dentro de uma organização contribuam com soluções digitais, atuando como citizen developers.
Essas e outras tendências indicam que o futuro do low code está intimamente relacionado à integração com novas tecnologias e à capacidade de criar soluções ágeis e escaláveis.
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