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O que é e como implementar uma política de segurança da informação em empresas de tecnologia?

Athena Bastos

Athena Bastos


Já há alguns anos, a segurança da informação é um elemento-chave para qualquer negócio, especialmente para as empresas de tecnologia.

É só considerar o significativo aumento da circulação de informações sensíveis dentro das organizações (e por fora das empresas, na internet). E, por consequência, o aumento de riscos de ataques cibernéticos.

É aí que entra a necessidade de olhar para uma política de segurança da informação eficiente, como uma forma de detalhar os procedimentos e diretrizes para estabelecer como lidar com informações sensíveis e para reduzir os riscos de ataques.

Pensando nesse contexto, este artigo tem como objetivo apresentar a importância da política de segurança da informação para empresas de tecnologia e como desenvolver uma política eficaz.

Um homem e uma mulher olhando para a tela de um notebook que está segurado por um deles, dentro de uma sala de servidores.

Qual a definição de política de segurança da informação?

A política de segurança da informação (PSI) é um conjunto de regras, práticas e responsabilidades que tem a finalidade de proteger dados e sistemas de informação de uma empresa.

Ou seja, trata-se, em resumo, das medidas de proteção aos dados e aos sistemas de informação da organização.

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Na prática, a política de segurança da informação é um documento que compreende as diretrizes de como as pessoas colaboradoras devem lidar com dados confidenciais, quais são as permissões de acesso às informações e, especialmente, quais as medidas devem ser tomadas em caso de violação.

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Qual a importância da política de segurança da informação na empresa?

Em primeiro lugar, é fundamental ter em mente que a segurança da informação deve fazer parte de todos os processos organizacionais, especialmente quando trabalham com ferramentas digitais.

A pesquisa da Netscout Threat Intelligence constatou que, em 2021, o Brasil passou a ocupar o 2º lugar no ranking de países em que mais ocorrem ataques cibernéticos — ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Os dados apontam que, entre janeiro e agosto de 2021, foram mais de 439 mil tentativas de invasões e de ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) registrados. Um percentual de 7,1% do total de 6,4 milhões no mundo inteiro.

Essa pesquisa também apontou que o número de ataques cresceu quase 17% em relação ao mesmo período de 2020. Outra pesquisa, da FortiGuard Labs, apontou que, no primeiro semestre de 2021, as empresas brasileiras sofreram mais de 16 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos.

Não por menos, a cibersegurança foi apontada como uma das tendências de TI para o ano de 2023.

Todos esses fatos e dados destacam a necessidade de planejar ações e criar mecanismos para proteger informações sensíveis em diferentes setores e, especialmente, de desenvolver os times para lidar com essa realidade.

É aí que entra a importância da política de segurança da informação, como uma forma fundamental de minimizar os riscos de violações ou perdas de qualquer ativo de TI.

Em outras palavras, o objetivo central da política de segurança da informação é, diante desse cenário, proteger as informações da empresa e garantir que elas atendam às normas de segurança.

Quais os maiores riscos de cibersegurança

Como já dito, com o desenvolvimento de soluções tecnológicas, os ataques e as ameaças cibernéticas estão se tornando cada vez mais complexas. A diversidade de ataques é um dos principais desafios nessa área.

Nesse sentido, os tipos mais comuns de ataques cibernéticos são:

  • DDoS Attack: sobrecarga nas atividades do servidor para tornar sistema lento e acessos indisponíveis.
  • Port Scanning Attack: malware que aproveita vulnerabilidade do sistema para roubar informações e dados.
  • Ransomware: bloqueio do acesso a todos os arquivos do servidor.
  • Cavalo de Tróia: malware para roubar informações pessoais e interromper funções no computador.
  • Ataques de força bruta: invasão para testar chaves de acesso e descobrir senhas.
  • Phishing: ataque que leva os usuários a entregarem informações sigilosas, como senhas, dados bancários e CPF.
  • Cripto Jacking: uso do computador do usuário para fazer mineração de criptomoedas.
  • Zero Day: busca de falhas de segurança para explorar brechas e bugs antes da correção.

Quais os benefícios de uma política de segurança da informação forte

Antes de mais nada, a segurança de dados não é apenas um diferencial competitivo — ou uma prevenção, é também uma obrigação legal, de acordo com o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Inclusive, o artigo 6º desta Lei prevê a obrigação de adotar medidas para proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e acidentes.

Além do mais, como já dito, a política de segurança da informação é fundamental para reduzir os riscos de ataques cibernéticos e, por consequência, evitar as perdas financeiras e os prejuízos à reputação de imagem da empresa.

Nesse ponto, é importante ressaltar que a LGPD prevê sanções para as empresas que não cumprem suas regras — pode ser uma advertência ou multas de até 50 milhões de reais por infração.

A política de segurança de informação também é fundamental para comunicar as pessoas colaboradoras sobre a postura que a empresa espera em relação às medidas de proteção.

Ou seja, serve para estabelecer o alinhamento dos times em relação às condutas de proteção aos dados e às informações.

Por fim, também é uma forma de melhorar a experiência das pessoas usuárias internas e externas. Afinal de contas, as práticas minimizam os riscos de vazamento de dados.

Em resumo, além de prevenir acidentes e ataques, a proteção das informações evita prejuízos financeiros, judiciais e danos de reputação.

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Como desenvolver uma política de segurança da informação eficaz

O primeiro ponto é que a política de segurança da informação deve levar em consideração as necessidades específicas de cada empresa. Então, não existe um modelo para se seguir.

Além do mais, não é um documento imutável ou inquestionável. Pelo contrário, ela requer atualização constante e a participação de todas as pessoas colaboradoras.

Assim, a elaboração de uma PSI depende de alguns cuidados básicos, que ajudam a compor a estrutura necessária para lidar com os conceitos e as ferramentas de segurança de informação:

  • Diagnóstico e planejamento: antes de mais nada, é necessário identificar as ameaças e as vulnerabilidades atuais e potenciais, classificar a confidencialidade e o tipo de informações e considerar os diferentes níveis de acesso.
  • Estruturação das normas: em seguida, é possível definir as normas sobre o uso dos recursos de proteção de dados, de dispositivos e de sistemas, além de estabelecer regras sobre os níveis de acesso de dados e sobre as rotinas de auditoria e sanções.
  • Implementação: depois disso, todas as pessoas da empresa devem ser comunicadas e educadas sobre o conteúdo da política, o que envolve treinamento e ferramentas tecnológicas para aplicação.
  • Monitoramento: é necessário rever periodicamente a eficácia da política e, se necessário, corrigir falhas e reforçar condutas.

Elementos-chave de uma política de segurança da informação

Os três pilares da política de segurança da informação são confidencialidade, integridade e disponibilidade — que você pode conhecer pela sigla CID.

  • Confidencialidade: medidas para garantir que as informações sejam mantidas em sigilo como, por exemplo, a criptografia de dados.
  • Disponibilidade: refere-se à necessidade de as informações estarem disponíveis para as pessoas no momento em que precisarem.
  • Integridade: além de confidenciais, é indispensável que as informações permaneçam íntegras. Ou seja, que não sofram alterações não autorizadas ao longo do processo (de tráfego, armazenamento e processamento).

Ademais, com o desenvolvimento da tecnologia, surgiram os seguintes pilares: autenticidade e conformidade:

  • Autenticidade: as informações devem ser verdadeiras e seguras, decorrentes, portanto, de fontes confiáveis;
  • Conformidade: deve garantir que todos os processos obedeçam às leis e às normas regulamentares.

Como proteger a empresa além da política de segurança da informação

Além da política de segurança da informação, existem outras estratégias que podem ajudar a proteger a empresa.

Aqui estão algumas boas práticas que podem auxiliar:

Construir uma estrutura de segurança

O primeiro passo é estruturar um processo específico da empresa em relação à cibersegurança. Esse processo vai te ajudar a definir, inclusive, um padrão de segurança.

Nesse processo, você deve pesquisar sobre ferramentas e técnicas que ajudam a evitar ataques e invasões.

Faça testes sobre a capacidade de segurança da empresa

Depois de criar a estrutura, é hora de fazer testes que simulam ataques hackers.

Só assim a empresa vai conseguir fazer uma avaliação real da capacidade de seus mecanismos de defesa e, o melhor de tudo, vai conseguir implementar as melhorias necessárias.

Treinamento e desenvolvimento das pessoas colaboradoras

Além de estruturar o processo de segurança e pesquisar ferramentas, é fundamental que a sua equipe conheça toda estratégia de atuação para proteger as informações.

Isso passa, sem dúvidas, pelo treinamento e desenvolvimento das pessoas colaboradoras em digital skills e cibersegurança.

Como capacitar o time para boas práticas de cibersegurança

É importante ter em mente que mais do que simplesmente técnicas, a gestão baseada em riscos deve fazer parte da própria cultura da organização.

Ou seja, os assuntos referentes à segurança da informação devem se tornar um assunto, sobretudo, coletivo.

Afinal de contas, é um fator estratégico para todas as empresas e tem o objetivo de evitar prejuízos consideráveis.

Agora que você já sabe mais sobre a importância de treinamento e desenvolvimento de pessoas em cibersegurança, que tal capacitar seu time para o futuro? Fale conosco e conheça os cursos e os benefícios da Alura Para Empresas.

Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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