Olá! Meu nome é Tuani Dias, sou instrutora de UX e pesquisa na Alura e Design Lead no Mercado Livre. É um prazer estar aqui. Se ainda não nos conhecemos, ou se já nos encontramos antes, estaremos juntos mais uma vez, agora discutindo sobre personas.
Audiodescrição: Tuani é uma mulher de pele negra, com cabelo crespo. Ela está usando uma bandana amarrada na cabeça, óculos com armação transparente e brincos de pérola. Está maquiada e usando batom na cor pink, que combina com a bandana. Veste uma camiseta verde e uma jaqueta jeans clara.
Agora, falando sobre o nosso curso, se já nos deparamos com um cenário em que várias pessoas têm visões diferentes sobre o usuário do produto, podemos ter nos perguntado como equalizar esse pensamento ou como trazer o padrão de dores e necessidades do usuário para dentro da empresa. Vamos realizar exatamente esse processo em nosso projeto de curso.
Aqui, vamos construir uma persona do zero, desde o momento de realizar a pesquisa até a criação. Ao navegar pelo projeto, entenderemos o motivador que nos levou a sair do problema e decidir criar uma persona. Iniciaremos uma pesquisa para descobrir quais metodologias serão utilizadas. Em todo o projeto, utilizaremos inteligência artificial para facilitar e, principalmente, para aumentar a produtividade nesse processo de criação e pesquisa.
Vamos abordar o planejamento da pesquisa, realizar entrevistas, gerar questionários e, a partir desses questionários, obter dados que serão tabulados. Com a tabulação desses dados, trabalharemos na estruturação de nossas personas, criando perfis estratégicos que forneçam informações sobre as dores, necessidades e objetivos relevantes para nossa empresa. O objetivo é obter dados necessários para que o produto e suas funcionalidades sejam desenvolvidos de forma direcionada e alinhada. Dessa forma, conseguimos criar produtos e novas funcionalidades que resolvam efetivamente as dores dos usuários, tornando-os mais vantajosos e rentáveis para o negócio.
Todo esse processo e projeto do curso estará disponível para que possamos realizar juntos. Será possível duplicar o FigJam para seguir e preencher passo a passo. Tanto o FigJam, quanto o Notion e o Excel que utilizaremos, permitirão que rodemos todos os prompts criados. O objetivo é que possamos, literalmente, colocar a mão na massa e desenvolver nossas personas.
Este curso é ideal para quem nunca criou uma persona ou para quem deseja otimizar a criação de personas utilizando inteligência artificial. Mesmo para quem já conhece o modelo tradicional, é interessante ver como podemos aumentar a produtividade utilizando IA. Estamos alinhados, então. Já vimos como podemos desenvolver nosso projeto. Vamos começar nosso curso.
Vamos iniciar nosso curso. Neste curso, abordaremos a construção de uma persona e entenderemos como pessoas satisfeitas criam soluções eficazes. Ao longo do curso, explicaremos como criar uma visão precisa de uma pessoa para que ela se aproxime o máximo possível do nosso usuário. Vamos trazer essa visão do usuário sempre presente, por meio de pesquisa e da voz do usuário, para que, sempre que tivermos dúvidas sobre um produto digital, aplicativo ou qualquer serviço digital que criarmos, ele esteja relacionado ao nosso usuário final.
Vamos começar apresentando o conceito do nosso curso. A primeira coisa que precisamos entender é o nosso desafio. Vamos trabalhar com uma empresa chamada PopApp. O objetivo dela é ajudar as pessoas a economizar dinheiro. A proposta de valor é que o usuário junte dinheiro para investimento e consiga gerar mais lucro para atingir seus objetivos pessoais, como fazer uma viagem ou comprar um carro, por exemplo. Na plataforma disponível no aplicativo, o usuário pode criar metas financeiras e garantir que o esforço de poupar dinheiro seja direcionado para um objetivo claro. Esse é o foco do produto com o qual trabalharemos, e nós atuaremos como pessoas designers de experiência.
Quando iniciamos nosso projeto na empresa, a primeira atividade que realizamos foi o fake door (porta falsa) de investimento. Fake door é uma atividade em que se coloca, literalmente, uma porta falsa, ou seja, um botão falso que direciona para uma funcionalidade de teste. Esse botão falso permite testar novas funcionalidades para que a pessoa usuária possa avaliar se faz sentido aquela funcionalidade para o seu dia a dia.
Nesse caso, nossa usuária comentou que está muito satisfeita com suas economias e gostaria que os resultados fossem ainda melhores. No fake door, ela conseguiu ver que a mensagem da tela inicial mostrou que a viagem internacional que ela planejava aumentou em 40%, e que ela pode modificar seu orçamento e realizar movimentações financeiras. Tudo isso é possível através das ações que ela realiza dentro do aplicativo. Nesse contexto, temos uma pessoa satisfeita, que é nossa persona, em um ambiente totalmente controlado, onde ela participou de um teste chamado fake door. Criamos um cenário para que ela pudesse navegar e avaliar se aquilo fazia sentido ou não.
Toda vez que temos uma pessoa usuária e precisamos trazer sua representação, chamamos essa pessoa de persona. No entanto, uma persona precisa ter alguns atributos, e discutiremos mais sobre isso ao longo do curso. A ideia é que criemos uma persona. Vamos começar explicando nosso projeto e desafio, e, no próximo vídeo, abordaremos em detalhes o que é uma persona e quais são os pontos que a definem. Não se preocupe, pois entraremos em todos os detalhes necessários.
Nosso desafio é melhorar o potencial de economia das pessoas usuárias para que atinjam seus objetivos mais rapidamente. Como pessoas desenvolvedoras, precisamos considerar a representação da pessoa usuária para que ela alcance seus objetivos, pensar em como a empresa gerará lucro e avaliar a viabilidade técnica do que será feito. O desafio atual é melhorar o potencial de economia para que a pessoa usuária atinja seu objetivo mais rapidamente.
Colocando isso em um contexto mais próximo do nosso dia a dia, você foi contratado como designer júnior em nossa empresa, uma fintech em ascensão no mercado financeiro. Sua responsabilidade é desenvolver uma função que ajudará as pessoas através de investimentos. Para desenvolver essa função, é necessário conhecer o usuário. Sem esse conhecimento, não será possível garantir clareza no desenvolvimento. Por isso, criamos personas. Não adianta desenvolver uma nova funcionalidade sem conhecer o usuário. Nossa primeira atividade será essa.
Trouxemos também a ferramenta que utilizaremos no curso, o FigJam. Durante todo o curso, usaremos esse board para criar nossa persona, tabular nossa pesquisa, escolher a pesquisa, formular perguntas e coletar dados. É importante ter acesso a essa ferramenta. Se você fez os cursos anteriores, provavelmente já a conhece. Acesse a ferramenta, faça o login, e disponibilizaremos todos os acessos para que você possa copiar, colar e preencher junto conosco durante a aula.
Agora que entendemos como funciona toda essa parte de estratégia dentro da nossa empresa, a PoupApp, vamos direto para o próximo passo, que é o FigJam, para começar a estruturar nossa pesquisa e entender as etapas que utilizamos para a criação de uma persona. Vamos lá!
Vamos continuar nosso estudo sobre persona. Imaginemos a seguinte situação: estamos em nossa empresa e começamos a criar várias hipóteses. Hipóteses sobre quem é nosso usuário, quais são suas necessidades e quem são as pessoas que acessam nosso aplicativo, que, neste caso, é o PoupaApp. Por outro lado, temos um time de tecnologia que também formula várias outras hipóteses. Enquanto pensamos em usuários que fazem investimentos e já são usuários frequentes, que entendem todas as siglas, como CDB, ações e liquidez, nosso time de TI acredita que as pessoas que acessam o aplicativo não têm tanto domínio e, portanto, criam funções mais básicas. Enquanto isso, acreditamos que nossos usuários precisam de funções mais avançadas.
Diante desse problema, precisamos encontrar uma forma de conhecer profundamente nosso usuário e, principalmente, trazer essa referência para dentro da empresa, de modo a estabelecer um padrão e um consenso sobre a visão do usuário. Como fazemos isso? A solução é criar uma persona. A persona, que estamos discutindo desde o início e desde nosso vídeo anterior, é um arquétipo de um usuário. Isso significa que é uma personagem fictícia, não um usuário real com foto e nome, mas uma representação baseada em dados coletados de vários usuários, identificando um padrão a partir de uma pesquisa qualitativa e quantitativa.
Essa pesquisa é realizada sobre um grupo significativo de usuários, não apenas um recorte. Isso faz com que nossa persona seja, de fato, uma representação do que precisamos em relação aos nossos usuários. Para entender melhor o que é uma persona, é importante saber o que ela não é. Uma persona não é um usuário real; ela representa o padrão de mais de um usuário. Não é um segmento de mercado; não adianta dizer que é direcionada para ações. Ela é uma fatia dos nossos usuários ou o padrão médio deles, com dores e necessidades semelhantes. Além disso, não é um documento estático; a persona tem validade, assim como uma pesquisa, e precisa ser revisada e atualizada constantemente.
É importante saber que, ao criar uma persona, devemos evitar alguns atritos. Precisamos entender que a persona surge no momento em que devemos evitar decisões subjetivas, como "eu acho que nosso usuário precisa disso". Também devemos evitar equipes desalinhadas, onde cada membro tem uma visão diferente do usuário, o que faz com que o time trabalhe de forma descoordenada. A persona vem para alinhar esses atritos, evitando soluções descontextualizadas, onde o produto tenta agradar a todos e, no fim, não agrada ninguém. A persona direciona as necessidades e ajuda na dificuldade de priorização. Quando queremos decidir qual funcionalidade é mais importante, fazemos isso através da visualização das necessidades, dores e motivações do nosso usuário.
Por que utilizamos personas? Utilizamos personas sempre que queremos trazer empatia para as pessoas que estamos apresentando. Isso permite que a equipe se coloque no lugar da persona, uma vez que trazemos toda a vivência e proximidade de quem é essa representação, incluindo idade, renda, estilo de vida e até mesmo as dificuldades de utilização do aplicativo atualmente. As personas têm um foco direcionado para clareza e servem como um norte. Isso significa que perguntas como "A persona Joana, Ana ou Danilo usaria essa funcionalidade? Isso atenderia à sua necessidade?" ampliam as possibilidades de ideias, permitindo uma ideação mais eficaz.
O alinhamento e a comunicação tornam-se mais refinados, pois criamos uma linguagem comum, trazendo uma visão compartilhada sobre nosso usuário dentro da empresa. Além disso, as decisões são baseadas em dados, já que a persona é criada com base em dados que justificam as decisões e necessidades documentadas.
Podemos criar dois tipos de persona. A escolha depende do contexto, da maturidade do time, do nível de maturidade de UX da empresa, do tempo disponível para desenvolvimento e dos recursos disponíveis, como ferramentas, tempo e equipe para executar a pesquisa. Podemos criar protopersonas, que são baseadas em hipóteses. Essas hipóteses podem ser fundamentadas em pesquisas antigas, dados de produto ou de negócio, ou ideias que temos. A protopersona está muito ligada a isso, diferentemente da persona, que é totalmente baseada em dados obtidos por meio de pesquisas.
Pode acontecer de termos uma protopersona que, após validação e ajustes, se transforma em uma persona. Para entender a diferença e as características de cada uma, há uma tabela que mostra que a protopersona tem sua fonte de dados relacionada mais ao conhecimento interno da equipe, suposições e dados secundários provenientes de Desk Research (pesquisa documental). Já a persona está mais relacionada à pesquisa como seu ponto principal.
Usamos a protopersona mais no início de projetos, em QQI ou kick-offs, que são os pontos iniciais de um projeto. Já as personas são mais utilizadas em projetos de alta complexidade ou em projetos com produtos grandes, nos quais precisamos direcionar nosso público-alvo.
As vantagens de cada uma são: a protopersona é rápida e determina um alinhamento inicial ágil, enquanto a persona oferece maior precisão, é baseada em evidências e reduz riscos. As desvantagens são: a protopersona tem risco de viés, baixa curadoria e deve ser validada posteriormente, sendo algo temporário. A persona demanda custo e expertise de pesquisa, pois sem o embasamento necessário, não conseguimos criar uma protopersona ou uma persona.
Agora que compreendemos tudo sobre personas, vamos para a próxima aula, onde iniciaremos nossa pesquisa, criaremos nossa persona e colocaremos a mão na massa. Vamos lá!
O curso UX Design: Criação de personas possui 108 minutos de vídeos, em um total de 38 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de UX Design em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.
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