Olá! É um prazer tê-los aqui para o nosso curso, no qual abordaremos a carreira de RH de ponta a ponta. Antes de começarmos, permitam-me apresentar-me brevemente. Meu nome é Luiz Leardini, atualmente sou gerente sênior de Pessoas e Cultura no Grupo Alun, que inclui as empresas Alura, FIAP e PM3. Nesta função, lidero três áreas específicas: a área de Business Partner na FIAP, a área de recrutamento e seleção para todo o grupo e a área de People Analytics também para todo o grupo.
Além disso, sou formado em Recursos Humanos, com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, sou psicanalista e fui reconhecido por três anos consecutivos pelo LinkedIn como um dos principais recrutadores no Brasil e no mundo.
É muito gratificante estar aqui com vocês, e estou no estúdio da Alura. Por questões de acessibilidade, farei minha audiodescrição.
Audiodescrição: Luiz é um homem branco, com cabelos pretos e ondulados, olhos castanhos, e está com a barba cheia. Ele veste uma camisa de manga longa tricolor, nas cores azul marinho, marrom e branco, e usa um relógio no pulso esquerdo.
Estamos animados em tê-los conosco nesta jornada, na qual abordaremos o RH de ponta a ponta, começando pela sua evolução. De onde surgiu o RH? Onde o RH se encontra atualmente? Vamos discutir um pouco sobre isso. Em seguida, compreenderemos o que significa ser um RH estratégico. Precisamos transformar o RH de uma função operacional para uma que participa das decisões estratégicas.
Após essa etapa, exploraremos todos os subsistemas de RH, conhecendo alguns deles em detalhes, incluindo suas principais funções. Posteriormente, vamos decodificar o RH, analisando o que o mercado está dizendo sobre essa área, quais são as exigências e as principais competências esperadas. Discutiremos também os níveis de carreira: por onde começamos, qual é o meio dessa trajetória, onde está o auge e como alcançá-lo, além dos valores médios de remuneração para profissionais de RH.
Finalizaremos falando sobre o futuro do RH, considerando a influência da geração Z, que estará presente no mercado nos próximos anos. Vamos explorar tudo isso em detalhes nos próximos conteúdos. Estamos ansiosos para essa discussão e esperamos vocês nos próximos conteúdos. Até lá!
Depois de entendermos um pouco sobre nossa jornada e para onde vamos na carreira de RH, vamos iniciar nosso estudo com uma frase do relatório "The Future of Work" (O Futuro do Trabalho), elaborado pela McKinsey. Vamos compreender o que eles destacam como importante para o futuro do trabalho. Luiz, por que começamos com essa frase no conteúdo desta aula? Estamos abordando isso porque nossa aula tratará de um conceito chamado mudanças. Vamos entender que as mudanças não se aplicam exclusivamente a uma área, pessoas ou tecnologia. A mudança está presente em todos os lugares e fará com que nós, como profissionais, desenvolvamos a habilidade chamada de lifelong learner (aprendizagem contínua) ou mentalidade de crescimento, que é aprender a aprender para continuar no mercado. Estar aqui conosco nesta aula já demonstra que estamos desenvolvendo essa habilidade de adquirir conhecimento e aprender a aprender.
Vamos começar discutindo a mudança no RH e por que o RH é tão importante no mundo atual e nas organizações. Antes disso, vamos relembrar onde estamos em nossa jornada. Nossa jornada é composta por seis tópicos, começando pela evolução do RH, que é onde estamos agora. Em seguida, abordaremos o RH estratégico, os caminhos do RH, decodificaremos o RH, falaremos sobre o futuro do RH e, por fim, sobre a geração Z e como ela está transformando o mercado corporativo. Como profissionais de RH, precisamos entender que essa mudança será muito importante em nossa área.
Vamos começar falando sobre a evolução do RH. O RH surgiu há muito tempo e vamos destacar quatro momentos importantes até chegarmos aos dias de hoje, que é a era digital, aproximando-se da era generativa. Antes de chegarmos à era generativa, que envolve inteligência artificial e a facilidade de absorver conhecimento, o RH começou no período de 1856 a 1915, com a era industrial. Vamos explorar essa era e, em seguida, avançar para o período de 1930 a 1950, para conhecer a era humanista. Após isso, discutiremos a era sistêmica, de 1960 a 1980, e chegaremos aos dias atuais, de 1990 até hoje, na era da estratégia digital.
Vamos começar pela era industrial, de 1856 a 1915. Nesse contexto de revolução industrial, tínhamos fábricas, longas jornadas de trabalho, trabalhos repetitivos e condições precárias para os colaboradores. No entanto, houve um crescimento exponencial da era industrial, que ainda discutimos hoje, devido à revolução industrial. Era necessário, como empresa, organizar tudo isso. Para organizar as pessoas nas fábricas e gerenciar essa era industrial, precisávamos de um setor que cuidasse dos pagamentos e reduzisse os conflitos trabalhistas. Foi assim que surgiu o departamento pessoal, a primeira etapa do RH na era industrial, focando na importância de pagar corretamente e evitar conflitos trabalhistas, devido à falta de organização nas fábricas daquela época. Esse conceito foi pioneiro através de Frederick Taylor e Henry Ford, que discutiram esses conceitos. Esse foi o início do RH na era industrial, com foco no departamento pessoal.
Após essa etapa, chegamos à era humanista, de 1930 a 1950. Nesse momento, começamos a discutir psicologia organizacional. O que isso significa? As empresas começaram a entender que fatores sociais e emocionais influenciavam a performance dos colaboradores e, consequentemente, o resultado final da empresa. Foi o estudo de Hawthorne que começou a destacar o interesse do gestor no bem-estar do funcionário.
Fazendo um paralelo mais simples para compreendermos, foi a partir desse momento que o gestor começou a se preocupar se a pessoa funcionária estava bem e tinha condições de trabalho para performar melhor e ter um resultado, uma entrega melhor no dia a dia, consequentemente levando a empresa a ter mais sucesso. Essa foi a era humanista. Começamos a falar sobre sentimentos e a entender a psicologia que existia nas organizações, que se desenvolveu entre 1930 e 1950.
Precisamos lembrar também que, de 1930 até 1950, ocorreu um grande acontecimento: a Segunda Grande Guerra Mundial. Isso deturpou toda a economia mundial, afetando quase todos os países. O fator socioeconômico estava extremamente desacreditado. Foi nesse exato momento que se começou a estudar os fatores de comportamento e como isso influenciava através da psicologia industrial.
Passando por essa fase, chegamos ao período de 1960 até 1980, onde começamos a falar da era sistêmica. O que significa a era sistêmica? O RH começou a ser organizado e estruturado em departamentos. O RH não era mais apenas um departamento; começou-se a falar sobre seleção, hoje chamada de recrutamento e seleção, treinamento, avaliação de desempenho, remuneração integrada. Todos esses conceitos começaram a ser discutidos nessa era sistêmica de 1960 até 1980, e surgiu o termo gestão de recursos humanos.
Começamos a entender que o departamento pessoal poderia ser uma área especializada tratando de uma única questão, e precisávamos de outras pessoas com diferentes expertises para falar sobre seleção, treinamento, entre outros aspectos que vamos conhecer em detalhes em conteúdos futuros. Nesse modelo, começamos a nos inspirar mais em modelos de administração que ganharam força nos Estados Unidos, os modelos americanos, que começaram a ganhar força aqui no Brasil. Esse foi um panorama rápido da era sistêmica para chegarmos à nossa era atual, que chamamos de estratégia digital, estratégica e digital, de 1990 até hoje.
O que tivemos de 1990 até hoje? A globalização. Agora é mais fácil comparar administração e modelos de trabalho do mundo todo. Tivemos a revolução digital e a transformação no trabalho por conta da globalização. Aqui, começamos a mudar um pouco o foco do RH. Começou-se a discutir o quanto o RH é impactante na estratégia da empresa. Mas foi nesse tempo que o RH já passou a ser estratégico? Ainda não. Leva um pouco de tempo para começarmos a entender e ter de fato o impacto do RH na estratégia da empresa, que é uma das maiores solicitações no mercado atual.
Foi exatamente no início da revolução digital e da globalização que começamos a falar sobre cultura, dados, diversidade, experiência do colaborador, e começamos a treinar e capacitar nossas lideranças. Quem estava capitaneando tudo isso era a área de recursos humanos, de uma forma mais setorizada. Lembrando que, na era sistêmica, não tínhamos mais um setor único que englobava tudo. Agora, já tínhamos vários sistemas de RH atuando dentro das organizações, e David Jurek começou a falar sobre o RH ser estratégico. A partir daí, entramos em outra seara, que é exatamente discutir o quão importante é que o RH seja estratégico.
É importante perceber que cada mudança foi pilotada por uma geração diferente. No início de tudo, tínhamos os veteranos com um pouco dos baby boomers, que tinham suas respectivas personalidades. Depois, começamos a moldar o mercado com a geração X e também um pouco dos boomers, que começaram a trabalhar bastante juntos. Agora, quando chegamos na era digital, começamos a falar sobre a geração X influenciando os millennials, que são a geração Y, mas agora entramos em uma era com muita influência da geração Z, e vamos falar muito sobre isso.
As pessoas mudaram, e, obviamente, os conceitos do mercado de trabalho começaram a mudar também. Quem faz o mercado de trabalho são as pessoas, e isso não podemos esquecer. Vamos aprender muito mais sobre isso nas próximas aulas. É interessante notar que falamos sobre o RH, mas a transformação em geral não parou. Nas próximas aulas, vamos começar a entender em quais aspectos do nosso dia a dia e da nossa convivência estão sofrendo transformações. Vamos aprender isso na próxima aula. Até a próxima aula.
Nós já discutimos a transformação do RH e as diferentes eras pelas quais o RH passou, abordando quatro momentos distintos dessa área. No entanto, ao final daquela aula, mencionamos que não foi apenas o RH que mudou; outras coisas em nosso cotidiano também se transformaram.
É importante que estejamos abertos a aprender e a nos adaptar, pois a principal característica que as empresas buscam no mercado de trabalho atualmente é a capacidade de adaptação. Pessoas que são ágeis em aprender se destacam no mercado, pois estão sempre dispostas a adquirir novos conhecimentos. O aprendizado que acumulamos ao longo de nossa jornada determina o sucesso que teremos em nossa carreira. Portanto, é essencial que continuemos a nos transformar constantemente.
Vamos explorar mais alguns exemplos de mudanças. Além do RH, a tecnologia também evoluiu. Para ilustrar isso, resgatamos um jornal antigo para entender como era a tecnologia naquela época. Um exemplo interessante é a notícia sobre a Nokia lançando um celular que enviava mensagens de texto para outro celular, algo que era considerado revolucionário na época.
Outro exemplo é o acesso à internet. Naquela época, o IBGE indicava que, até o final do ano, apenas uma em cada 50 mil casas teria acesso à internet. Hoje, com a Internet das Coisas (IoT), podemos conectar a internet a praticamente qualquer dispositivo, como geladeiras, por exemplo.
Além disso, especialistas de RH costumavam alertar que quem não tinha curso de datilografia ficaria fora do mercado de trabalho. Esse curso era um requisito técnico semelhante ao conhecimento de Excel nos dias de hoje. A datilografia era realizada em máquinas de escrever, muito utilizadas por gerações anteriores.
A tecnologia também evoluiu em outros aspectos, como o aumento do número de televisores em cores e a capacidade de compactar músicas para caber em disquetes.
Assim como o RH e a tecnologia evoluíram, as pessoas também mudaram. O RH trabalha principalmente com pessoas, e é fundamental entender quem são essas pessoas nas empresas. Não é possível que o RH seja estratégico sem conhecer os colaboradores da empresa.
Neste contexto, vamos explorar os diferentes perfis de pessoas, começando pelos baby boomers, que nasceram entre 1945 e 1963. O termo "baby boomers" refere-se ao aumento significativo de nascimentos após a Segunda Guerra Mundial, sendo filhos ou filhas dos veteranos que participaram do conflito.
Eles estavam muito distantes de suas famílias naqueles tempos. Quando voltaram para casa, ocorreu uma grande virada de geração que chamamos de baby boomers, geralmente nossos avós. Essas pessoas cresceram em um ambiente caótico, socioeconômico, após o final da Segunda Guerra Mundial.
Por que mencionamos isso? Porque acontecimentos mundiais, tecnologia e as pessoas ao nosso redor moldam um perfil. O local onde estamos e as pessoas com quem convivemos influenciam esse perfil. Assim, uma empresa, sendo um conjunto de pessoas, também molda o perfil dos colaboradores. Os baby boomers são um perfil que provavelmente encontramos em nossas empresas.
Após essa geração, temos a geração X, de 1964 a 1980, marcada por um aumento na taxa de divórcios. Esse contexto histórico mostra uma quebra na estrutura familiar. Até os baby boomers, o perfil masculino era o único a trabalhar fora de casa. A partir da geração X, tanto mulheres quanto homens passaram a atuar no mercado de trabalho, trazendo o contexto de carreira e sustento para dentro de casa. Isso gerou conflitos de papéis, resultando em uma alta taxa de divórcios na geração X.
Em seguida, temos a geração gerada pela geração X, conhecida como Millennials ou geração Y. O New York Times chama essa geração de "bebês chorões" devido a uma importante quebra no conceito de sociedade. Com a geração X, houve um aumento econômico familiar, mas uma perda de afeto, substituído por presentes e bens materiais. Na geração Y, professores começaram a ser questionados sobre notas baixas dos alunos, e os pais substituíram a presença por presentes materiais.
A partir dos Millennials, surge a geração Z. Uma característica interessante é que cada geração tem características antagônicas à anterior. Se a geração Y foi criada com muitos presentes, a geração Z valoriza a liberdade, com um conceito diferente de personalidade. A geração Z nasceu em um mundo extremamente conectado, o que também molda seu perfil.
Uma nova geração, ainda não presente no mercado, é a geração Alfa, de 2010 até agora. Os mais velhos dessa geração têm 15 anos e estão começando a entrar em programas de jovem aprendiz nas organizações.
Por que discutimos tudo isso? Para destacar a diversidade de perfis dentro das organizações. Nós, do RH, precisamos entender nossos colaboradores para propor soluções que extraiam o melhor desempenho de todos esses perfis. Com cinco gerações atuando em uma mesma equipe, é essencial conhecer nossos colaboradores.
Uma das primeiras dicas é conhecer as pessoas. Na área de RH, quanto mais pessoas conhecermos e quanto mais fugirmos do escopo padrão, mais estratégicos seremos em nossas ações. Assim, concluímos nossa aula sobre a evolução do RH. Entendemos onde o RH esteve e onde está hoje, e com quem e com o que precisa lidar diariamente.
Na próxima aula, vamos nos aprofundar mais. De 1990, falamos sobre a era do RH digital. Agora, vamos entender como ser estratégicos nessa era digital, aproximando-nos da era generativa. Até a próxima aula, onde exploraremos mais esse tema.
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