Olá, sejam todos bem-vindos ao nosso curso de inovação na prática: da ideia à ação.
Olá! Meu nome é Flávia Varga, sou coordenadora e professora no sistema Alura, FIAP e PM3. Também atuo como responsável pela inovação em um ecossistema de saúde. Será um prazer compartilhar um pouco de conhecimento com vocês.
Audiodescrição: Flávia é uma mulher branca, com cabelo castanho claro e liso, olhos castanhos e usa óculos. Ela veste uma blusa azul e está em um ambiente de escritório, com uma estante de livros ao fundo.
Vamos iniciar? Antes de começarmos a discutir as estratégias para executar a inovação, é importante retomar alguns pontos que abordamos no primeiro curso sobre como identificar oportunidades, além de revisitar alguns conceitos mencionados na masterclass. Caso ainda não tenha tido a oportunidade de assistir, recomendamos aprofundar-se nesse conteúdo (Inovação: identificando oportunidades e estruturando ideias) também.
Primeiramente, precisamos definir o que é, de fato, a inovação. Em muitas empresas, a estratégia e o caminho da inovação acabam se perdendo. Vamos detalhar o que realmente significa inovar. Trata-se de incrementar a produção de um novo produto ou processo produtivo, trazendo uma qualidade superior ou maior eficiência operacional. Isso envolve a introdução de novas tecnologias e a implementação de metodologias criativas para resolver problemas. É importante destacar que inovação não é sinônimo de tecnologia; esta é apenas uma ferramenta que nos auxilia na execução da inovação.
A inovação pode impactar diversas áreas, e essa transformação ou geração de valor transcende a área de inovação, podendo e devendo impactar toda a organização. Também discutimos que a inovação é uma jornada contínua. Temos uma situação atual, o estado presente da empresa, produto ou área, e desejamos transformá-la por meio de um processo de inovação, gerando mais valor. A inovação nos leva a uma nova realidade, e se a implementação for bem-sucedida, resultará em uma nova situação atual, transformando o que era o processo, produto ou empresa. Esse é um ciclo sem fim, pois a partir do momento em que a inovação é implementada, surge uma nova situação que pode ser melhorada e gerar ainda mais valor. Assim, a inovação é um ciclo contínuo, onde o que é inovador hoje se torna o padrão amanhã. Por isso, as empresas devem constantemente buscar novas formas de criar valor e se reinventar.
Por que utilizamos a inovação? Ela deve trazer uma vantagem competitiva para a empresa, seja por meio da diferenciação, posicionamento de mercado com características distintas, pioneirismo ao introduzir conceitos e ideias inovadoras, eficiência, ou pela experiência proporcionada aos clientes. Atualmente, os clientes não buscam apenas valor monetário ou custo, mas também uma experiência ao adquirir um produto ou serviço.
A busca pela inovação é crucial, pois o mundo está em constante mudança, com o avanço tecnológico cada vez mais acelerado. Para ilustrar, enquanto um automóvel levou 62 anos para atingir 50 milhões de usuários, o Pokémon alcançou essa marca em 19 dias. O ChatGPT atingiu um milhão de usuários em quatro dias e 100 milhões em dois meses.
Devemos sempre olhar para a empresa e pensar em como podemos nos reinventar, como podemos reinventar produtos e serviços, e como podemos gerar mais valor. Na Aula 1, discutimos sobre os processos ou projetos de inovação e falamos sobre os horizontes de inovação. Podemos usar a inovação para reforçar o negócio existente, renovar o negócio existente ou criar novos produtos e serviços, caminhando para a disrupção.
Também abordamos os objetivos da inovação. Podemos utilizá-la para disseminar a cultura de inovação entre os colaboradores, trazer mais eficiência operacional, transformar radicalmente a experiência do cliente ou alcançar novas linhas de produto. Discutimos ainda sobre a maturidade da organização em relação à inovação e como ela se relaciona com os players ou fornecedores que podem trazer inovação. A ideia pode surgir e ser validada por uma startup, que pode ser usada para tracionar, dar escala ao produto ou serviço e, de fato, exponencializar e levar ao mercado.
Costumamos falar sobre os horizontes de inovação. O H1 representa um horizonte de curto prazo, direcionado para aprimorar o que já está funcionando, gerando a manutenção dos negócios existentes e resolvendo problemas imediatos. A inovação também pode estar no H2, que é o horizonte de médio prazo, voltado para novos negócios com base no que a empresa já domina, cultivando negócios emergentes. No H2, a inovação pode transformar a forma como a empresa se relaciona com o cliente, ampliar os canais de comunicação, criar outras formas e melhorar um produto. No H3, falamos de uma inovação de longo prazo, que cria um novo negócio, produto ou serviço disruptivo, sem ligação com os negócios atuais da empresa.
A inovação deve sempre estar ligada à estratégia e ao propósito da organização. Na estratégia, para alcançar novos objetivos ou aprimorar os existentes, a inovação deve criar um valor diferenciado. Vale a pena revisitar o Curso 1, onde discutimos a criação de ideias e a importância de a inovação criar um valor diferenciado. A inovação deve trazer novos resultados, mas precisa ser mensurável para o negócio. Mais uma vez, questionamos: por que a organização existe? Por que trazer a inovação? A inovação deve estar ligada ao propósito da empresa.
No primeiro curso, também falamos sobre análises internas e externas, que podem ser um caminho para identificar oportunidades ou gerar ideias de inovação. A análise interna utiliza dados e informações geradas a partir do ambiente interno da organização. A análise externa observa tendências de comportamento, relatórios da indústria ou concorrentes para gerar oportunidades. Essas oportunidades podem minimizar algo negativo, minimizar impactos ou potencializar oportunidades. Alguma tecnologia pode ser trazida para gerar mais impacto ao nosso negócio.
No próximo vídeo, discutiremos estratégias de inovação. Nos vemos em breve!
Vamos discutir sobre inovação aberta e inovação fechada, e quando utilizar cada uma dessas estratégias dentro de uma organização. Primeiramente, é importante lembrar que a inovação é uma jornada contínua. No vídeo anterior, abordamos que ela vai da descoberta à evolução em um ciclo constante de melhoria. Isso significa que identificamos oportunidades e problemas, criamos soluções, implementamos e continuamos evoluindo, pois a inovação e os desejos dos consumidores ou do cliente interno nunca cessam.
A inovação fechada é aquela que ocorre internamente, sem a participação de agentes externos à organização. Ela se concentra nos recursos próprios e nos colaboradores para desenvolver a inovação. Esse tipo de inovação é comum quando é necessário proteger o conhecimento ou a propriedade intelectual da inovação que está sendo desenvolvida.
Por outro lado, a inovação aberta acontece com a colaboração de agentes externos, como fornecedores, universidades, clientes, startups, entre outros. Esses agentes externos podem contribuir compartilhando conhecimento e recursos, acelerando o processo de inovação.
Uma pergunta frequente é: quando utilizar a inovação fechada ou a inovação aberta? Devemos primeiro avaliar se podemos compartilhar os dados. Por exemplo, em uma indústria farmacêutica que está desenvolvendo um novo medicamento, a pesquisa e o desenvolvimento devem ser realizados de forma fechada para garantir uma vantagem competitiva. Isso ocorre quando há complexidade jurídica, contratos e acordos de confidencialidade que não podem ser divulgados, ou quando há barreiras culturais e resistência à colaboração.
É importante realizar um diagnóstico profundo, pois a resistência pode vir tanto de agentes externos, como executivos que não querem interferência externa, quanto de colaboradores internos que resistem a mudanças. Por exemplo, um colaborador pode pensar: "Sempre fiz assim há 10 anos, por que mudar agora?" Portanto, há uma linha tênue entre quando utilizar a inovação aberta ou fechada nesses casos.
Nós sempre enfrentaremos resistência, pois o ser humano tem receio do novo. Cabe ao gestor de inovação avaliar onde a organização terá mais ganhos. Um ponto importante a ser observado é a questão entre controle e propriedade intelectual, mencionada na inovação fechada, e a velocidade. Por que mencionamos isso? No dia a dia, somos envolvidos por muitas ações. Se não tivermos uma equipe dedicada a focar apenas no processo inovador, e se não contarmos com agentes externos, como startups ou universidades, para auxiliar, ao optar pela inovação fechada, a velocidade da inovação pode ser prejudicada. Quando contamos com agentes externos ajudando, a probabilidade de a inovação ocorrer de forma mais rápida é maior.
A Apple, por exemplo, em casos práticos, ao desenvolver um novo design do iPhone ou pensar em um novo produto, foca na inovação fechada, mantendo segredo e sigilo. Apenas alguns colaboradores estão cientes da inovação para evitar vazamentos ao mercado. Já a Natura possui um programa conhecido de aceleração de startups, representando a inovação aberta, com startups e a comunidade local sugerindo ideias e melhorias para otimizar problemas ou lançar novos produtos. A BMW, com o Startup Garage, adota um modelo híbrido, combinando colaboradores internos e agentes externos.
Na sua organização, é possível identificar qual seria o melhor modelo: inovação aberta ou fechada? Por fim, apresentamos um diagrama que facilita a compreensão das diferenças entre inovação aberta e fechada. Na bolinha azul, representando a inovação fechada, os desafios, oportunidades, pesquisa, desenvolvimento e ida ao mercado ocorrem em um ciclo contínuo, que pode ser mais demorado. Na bolinha rosa, representando a inovação aberta, a pesquisa, desenvolvimento e ida ao mercado ocorrem em um ciclo não contínuo. Por exemplo, podemos iniciar a inovação aberta já no desenvolvimento, quando temos uma startup parceira desenvolvendo algo complementar ao nosso produto, ligando-a à nossa área de desenvolvimento para que a ida ao mercado seja mais rápida e acelerada.
Na próxima aula, discutiremos com mais profundidade a inovação fechada e as ferramentas ou atividades necessárias para implementar essa estratégia dentro da organização. Nos vemos em breve!
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