Olá! É um prazer tê-lo conosco neste curso de Fundamentos do Marketing Digital, onde teremos uma visão abrangente da evolução do Marketing, desde sua base até os dias atuais.
Iniciaremos este curso no Módulo 1, abordando a evolução do Marketing e o mundo digital. Passaremos pelos Fundamentos e os 4 P's do Marketing, discutiremos um pouco sobre equipes de Marketing e exploraremos as diferenças entre modelos de negócio, como B2B e B2C.
Concluiremos o curso abordando o funil de vendas, a jornada do cliente e a comunicação no Marketing. Com certeza, você sairá com uma bagagem sólida e uma base bem estruturada sobre o que é Marketing, permitindo que continue seus estudos nesta vasta e rica área.
O Marketing é essencial para qualquer empresa no mundo atual, e este curso proporcionará uma compreensão clara de sua importância e recursos.
Olá! Meu nome é Felipe Freire e trabalho com Marketing Digital há 12 anos. Já passei por diversas empresas e, nos últimos 4 anos, atuei no mercado financeiro. Tenho grande interesse em Performance Marketing, liderando equipes e projetos de Marketing tanto no mercado financeiro quanto atualmente em uma empresa de educação. Estou aqui para compartilhar tudo o que aprendi ao longo desses anos e o que realmente será útil na sua jornada no Marketing Digital.
Além disso, já empreendi durante minha carreira, participando de duas pequenas startups. Embora nenhuma delas tenha me tornado rico, foi um prazer ter essa experiência empreendedora como bagagem. Atualmente, estou desenvolvendo, com o uso de inteligência artificial, outros dois negócios, dois aplicativos que, em breve, estarão no mercado.
Se desejar me acompanhar ou saber mais sobre o que estou fazendo, você pode me encontrar no Instagram, no perfil @ofelipefreire. Sinta-se à vontade para me enviar dúvidas sobre o curso.
Vamos começar este primeiro módulo do curso.
Vamos iniciar esta primeira aula do curso, na qual vamos explorar o que é marketing e como ele se transformou ao longo do tempo. É fundamental compreendermos que o marketing passou por uma grande transformação desde a era da Revolução Industrial até os dias atuais. Muitas mudanças ocorreram, especialmente com o avanço da tecnologia, que se atualiza constantemente. No passado, essas mudanças não eram tão rápidas. O marketing, principalmente antigamente, era visto como uma área de vendas. Embora ainda tenha essa função, hoje ele é muito mais abrangente, e é isso que queremos demonstrar nesta aula.
Vamos apresentar a definição moderna de marketing, sua evolução até o presente e conscientizar que marketing não se resume apenas a vendas ou anúncios que vemos em plataformas como Instagram e TikTok. Se ainda acreditamos que marketing é apenas vender, estamos presos em 1995, pois essa visão mudou significativamente. Mesmo naquela época, marketing não era apenas isso, mas essa era a percepção predominante. Hoje, essa visão é completamente diferente, pois todos nós consumimos marketing o tempo todo. Todas as experiências que temos com produtos, empresas, ou mesmo ao dirigir um carro ou viajar para o exterior, somos impactados por inúmeras ações de marketing, muitas das quais nem percebemos. No nosso dia a dia, mesmo sabendo o que é marketing, ainda somos influenciados pelas técnicas dos grandes profissionais da área.
Um exemplo que gostamos de trazer é a imagem da Times Square, que representa uma enxurrada de propaganda, com muita informação acontecendo simultaneamente. Quando pensamos em marketing e publicidade, essa imagem pode vir à mente. No entanto, marketing não se resume a isso. Não é apenas propaganda, campanhas, comunicação, pitch de vendas ou um logotipo bonito. Marketing vai muito além disso. O erro mais comum é confundir marketing com publicidade, pois marketing não é apenas realizar uma propaganda ou comunicação para divulgar um produto ou serviço. Ele vai muito além disso, não se limitando à mídia paga ou anúncios em mídias digitais, televisão, jornais impressos ou folhetos.
Marketing envolve a ação de venda, distribuição e comunicação com o consumidor para divulgar um produto ou serviço, mas isso é apenas uma parte do marketing. Ele não se resume a comunicar e vender. O marketing possui três etapas importantes: o entendimento do cliente, a criação de valor e a experiência do cliente. Na etapa de entendimento, o cliente precisa compreender o que estamos oferecendo, conhecer nosso produto ou serviço e entender sua utilidade. Em seguida, vem a criação de valor, onde o cliente percebe a autoridade da marca, a qualidade do produto e a experiência positiva que tem com ele. Isso pode levar o cliente a recomendar o produto ou serviço a outras pessoas.
Essas ações são previstas pelo marketing ao desenhar campanhas e estratégias de go to market (ir ao mercado). Embora nem tudo seja controlável, o marketing planeja esses pontos de contato, que culminam na experiência do cliente. Desde o momento em que o cliente conhece a marca e tem as primeiras interações até o momento em que consome o produto e forma uma opinião sobre ele, o marketing influencia toda essa jornada.
É fundamental compreendermos a definição moderna de marketing, que é um conjunto de ações que conecta necessidades com soluções de forma relevante e contínua. Essa continuidade é uma das principais características do marketing, pois o relacionamento do cliente com o serviço ou solução não termina no primeiro ponto de contato. Mesmo após a compra, é possível continuar vendendo para esse cliente, oferecendo outros serviços e produtos. No início da experiência, podem existir diferentes tipos de relacionamento ao longo da vida do cliente. Mesmo que ele não considere comprar ou se relacionar com a marca agora, pode reconsiderar no futuro. Portanto, o marketing está sempre ativo, atualizando-se e demonstrando que não se trata apenas de vendas, mas de percepção, construindo uma imagem na mente do consumidor.
Ao longo dos últimos 30, 40, 50, 100 anos, o marketing evoluiu significativamente. Desde a época do escambo, quando se trocava sal por mercadorias ou animais por serviços, até os dias de hoje, com redes sociais e algoritmos, o marketing sempre esteve presente. A negociação em si é uma estratégia de marketing, e as vendas possuem aspectos de marketing que se transformaram ao longo do tempo. Durante a Revolução Industrial, os meios de comunicação eram limitados a jornais impressos, folders, transmissões de rádio e o boca a boca. Com o tempo, surgiram a televisão e as grandes publicidades na mídia offline, como rádio e impressos.
Com a era da internet, o marketing de relacionamento evoluiu, e as empresas começaram a se comunicar com os consumidores de maneiras inovadoras, não apenas vendendo, mas também buscando interações. Hoje, somos impactados por diversos canais, aplicativos, sites e páginas, com a ajuda de algoritmos que personalizam a comunicação e o momento de interação. O marketing se transformou, abrindo novas áreas de comunicação e pontos de contato com o cliente. Embora o objetivo final seja vender, é essencial considerar toda a jornada de experiência e comunicação para alcançar o sucesso.
Concluímos que marketing não é o que dizemos, mas o que o outro entende. Podemos ter a melhor publicidade, campanha ou ação de marketing, mas se a mensagem não for compreendida pelo público, a campanha não terá sucesso. Convidamos a refletir sobre uma experiência com uma marca em que se percebe o marketing do início ao fim. Um exemplo é o Nubank, que oferece um atendimento excelente e uma experiência fluida no aplicativo, pontos de contato que fazem parte do marketing da empresa.
É um prazer tê-los nesta aula do curso, onde abordaremos o conceito de clutter (excesso de comunicação) e a mudança no comportamento do consumidor. Nosso objetivo é que vocês compreendam como o excesso de comunicação das marcas tem mudado ao longo dos últimos 20 a 30 anos, e como isso, juntamente com a evolução dos canais e das estratégias de marketing, impactou o comportamento do consumidor.
Nosso desafio é mostrar que, no final das contas, o consumidor deseja se envolver e ter experiências, mas há um momento certo para isso. Não adianta criar conteúdos genéricos, pois acabamos ignorando a maioria das informações devido ao excesso. Atualmente, estima-se que somos impactados por mais de 5 mil anúncios por dia, o que é um número significativo.
Vamos ilustrar isso: ao acordarmos, muitos de nós já interagimos com o celular, desligando o despertador e verificando notificações. No Instagram, por exemplo, após dois stories, já encontramos um anúncio. Notificações de cupons de desconto de aplicativos como iFood, MercadoLivre, Amazon e Netflix também aparecem. No entanto, ignoramos a maioria dessas informações, pois não estamos buscando por elas naquele momento.
Nosso cérebro é constantemente bombardeado por anúncios, mas ele ignora a maioria, pois não estamos focados naquilo. Esse é o comportamento natural. O clutter é justamente esse excesso de comunicação e propaganda, o ruído que recebemos o dia todo, especialmente com o uso da tecnologia. Seja no celular, na televisão, nas ruas ou no rádio, estamos sempre expostos a anúncios.
A audiência não tem mais paciência para isso. No passado, já nos incomodava assistir a comerciais na televisão. Com a chegada do streaming, apreciamos a possibilidade de assistir séries sem interrupções. No entanto, até os serviços de streaming agora incluem anúncios, a menos que paguemos por planos mais caros.
Com o avanço da tecnologia, as marcas têm mais oportunidades de se comunicar conosco. Antes, a televisão ocupava boa parte do tempo de lazer, e havia panfletos, jornais e outdoors. Com o tempo, leis foram criadas para proibir a poluição visual, como em São Paulo. Contudo, a internet e os celulares abriram um leque de opções para comunicação, como vídeos, banners, e-mails e SMS, além das ligações de telemarketing.
É muita informação e muitos anúncios, geralmente sem o momento certo ou a comunicação adequada. Isso nos cansa. No final do dia, nós, como consumidores, não queremos ser interrompidos ou bombardeados por anúncios o tempo todo. Queremos nos envolver com conteúdos relevantes e digerir a comunicação das marcas no momento certo.
Vamos dar um exemplo.
Quando estamos consumindo o conteúdo de uma pessoa criadora, algo muito presente na atualidade, como no TikTok, Reels ou YouTube, muitas vezes ela faz uma propaganda de uma marca de forma tão sutil que nem percebemos. Estamos tão envolvidos no conteúdo, na sátira ou no ensinamento, que não notamos a indicação de um produto ou serviço. Isso é o que buscamos: uma propaganda sutil sobre um assunto específico que nos interessa. No entanto, a maioria das comunicações não é assim; não nos envolvem e acabam se tornando excessivas.
Nesse contexto, surge a questão de quem consegue superar esse excesso de informações, quem consegue se destacar em meio a tanto ruído publicitário. Quem sabe realmente chamar a atenção no momento certo, com o conteúdo certo, para a pessoa certa? Parece algo muito personalizado, mas hoje, com a tecnologia e os avanços que tivemos, isso é possível. Antigamente, era difícil direcionar um anúncio para um público específico em canais de televisão, rádio ou jornais. Hoje, conseguimos impactar de forma mais precisa, como ao fazer uma ação com uma pessoa influenciadora que fala de moda para um público específico.
Um exemplo é o anúncio de TV, que hoje é muito caro e normalmente não permite um tempo longo de comunicação. São 30 ou 20 segundos para passar uma mensagem, o que exige uma qualidade audiovisual elevada e um anúncio marcante para ser lembrado. No passado, tínhamos propagandas memoráveis, mas hoje, com tanta informação, até as boas acabam sendo esquecidas.
Por outro lado, um vídeo de 90 segundos no TikTok, Instagram Reels ou Shorts é mais fácil e barato de produzir. Muitas vezes, não é necessário gastar com anúncios; basta postar, e a própria plataforma distribui para o público mais adequado. Por ser algo nativo e humanizado, com uma comunicação mais simples, esses conteúdos engajam e viralizam, alcançando milhões de pessoas. Nós, como consumidores, queremos nos envolver e ser impactados por uma comunicação sem perceber que é um anúncio. Queremos ver pessoas falando com pessoas.
No final das contas, o que buscamos hoje é a evolução do consumidor, a percepção de marca e como ele se relaciona com o mercado. Quem entende o valor da atenção começa a pensar melhor sobre o quê, como e quando comunicar. Hoje, com tantos canais, dados e algoritmos, podemos personalizar a experiência. Saímos do que era a revolução industrial, onde não conseguíamos personalizar muito, e agora podemos criar um conteúdo envolvente que fala da nossa marca, produto ou serviço sem parecer chato ou interromper o tempo precioso das pessoas.
Ninguém quer ser impactado por propaganda. Estamos dispostos a pagar mais caro por serviços de streaming para evitar anúncios. Temos essa opção e a escolhemos sempre que possível, pois não queremos ser interrompidos. Portanto, nós, profissionais de marketing, devemos escolher outros caminhos, de forma muito personalizada, para trazer essa comunicação de maneira sutil e ser lembrados pelo cliente no momento da decisão de compra.
Nos vemos na próxima aula.
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