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Empreendedorismo: da ideia ao plano de negócios

Pilares do Empreendedorismo - Introdução

Vamos começar nosso curso de empreendedorismo na Alura. Este não será um curso motivacional, ele vai dar ferramentas para empreender com o seu próprio negócio, com a sua ideia inovadora, mas para que você possa utilizar as mesmas ferramentas de empreendedorismo - de repente, dentro da sua organização para poder lidar com os desafios na empresa que você trabalha. Desenvolver a mentalidade tanto empreendedora como intraempreendedora. Se você quer perseguir uma ideia de negócio, se você quer ter uma mentalidade empreendedora, este curso serve para você.

Nós conheceremos ferramentas muito interessantes, que ajudarão a ter sucesso na sua empreitada. Sou o André Farias, sou CEO na Blue Soft, estou bem envolvido no movimento de Management 3.0, ministro treinamento sobre o assunto e já tive a oportunidade de publicar um livro sobre métodos ágeis na Casa do Código. Traduzi o livro sobre "Gestão de Mudanças" do autor Jurgen Appelo, uma das maiores referências na área de gestão.

Eu tenho um podcast e um canal no Youtube. Criei o curso de Métodos Ágeis da Alura. Fiz um MBA na University of Pittsburgh e tenho bastante atuação entre as startups brasileiras, tanto como investidor na WOW - uma aceleradora de startups, como na Liga Ventures.

No curso, começaremos com uma introdução dos pilares do empreendedorismo, como é a mentalidade do empreendedor, como funciona o mindset, e depois, apresentaremos as três forças de um negócio (empreendedor, oportunidade e recursos).

Apresentaremos ainda a diferença entre ideia e oportunidade (que são bem mais raras), vendo como analisar se o mercado que queremos atuar é atrativo, se conseguimos efetivamente lucrar e como fazemos para diferenciar o nosso negócio para que ele tenha uma proposta única.

Vamos colocar tudo isso em um Modelo de Negócio, analisando como nossa proposta de valor vai funcionar, gerando valor para o nosso cliente. Vamos inserir tudo isso no Business Model Canvas apresentando uma empresa como exemplo.

Por fim, formalizaremos isso em um plano de negócio, que poderá ser utilizado em uma apresentação para os investidores ou para formalizar o que pensamos em fazer e qual é a nossa estratégia de execução. Podemos usa-lo inclusive na validação da nossa estratégia de execução e se a parte financeira vai funcionar.

Usaremos como exemplo o caso da Bytebank, um cartão 100% digital e inovador. Nós iremos criar juntos o modelo de negócios da empresa, isto tornará mais palpável todas as ideias que discutiremos.

Espero que você goste do curso. Vamos lá!

Pilares do Empreendedorismo - Sobre empreendedorismo

Vamos falar sobre os pilares do empreendedorismo. Começaremos falando sobre como construir um negócio, usaremos como exemplo o ByteBank. Apresentaremos o que é empreender, o que pensa um empreendedor, qual o mindset dos empreendedores de sucesso - se é que existe um padrão. Empreender as oportunidades e o recursos que você vai precisar para conseguir fazer seu negócio engrenar.

Nossa empresa será o ByteBank, nós iremos começá-la juntos para poder explorar todos os diversos conceitos relacionados ao empreendedorismo. Trabalharemos com um cartão de crédito, totalmente digital, para que você possa resolver problemas de cartões mais tradicionais, não precisar ir em agencias e sofrer com o mau atendimento. Um cartão feito para quem quer ter uma experiência mais moderna, digital.

O Bytebank só vai ter um produto, que é o cartão 100% digital. Ele foi criado por dois empreendedores, que chamaram mais seis pessoas que tinham experiência no setor bancário e conhecem bem a área de finanças. Então, eles conhecem bem do negócio e os problemas, além de compartilhar da frustração de ver o mau atendimento aos clientes. Os criadores do ByteBank sentiam que faltava o alinhamento de modernidade que temos nos serviços prestados.

O produto será totalmente virtual, para que o usuário possa fazer suas compras online, tanto no Brasil como no exterior. O público-alvo são jovens da classe média. Iremos explorar o conceito de autoatendimento, sem a implementação de agências físicas. Ou seja, não vai existir um local para o cliente nos visitar pessoalmente.

Vamos oferecer juntamente seguros contra extravios, para que isso aconteça, cobriremos qualquer despesa que decorra dessa ocorrência. Iremos prezar a transparência, com todas as taxas, todas as cobranças que tivermos. É bastante simples e descomplicado.

Facilmente, você vai conseguir criar sua conta no ByteBank. Este é o conceito da empresa, para qual pensaremos todo o cenário de empreendedorismo.

Começaremos falando sobre o conceito de empreender. Confira a seguir uma definição do autor do livro “Empreendedorismo”, Robert Hisrich:

"O Processo de criar algo novo assumindo os riscos e recompensas."

Existem muitos riscos quando empreendemos, especialmente para os empreendedores, iremos nos aprofundar nisso mais adiante. Mas as recompensas também são grandes.

"Aquele que ativamente forma ou lidera seu próprio negócio e nutre para o crescimento e prosperidade." - UiTM

Vamos entender como funciona o Mindset Empreendedor:

Existem duas formas de pensar o empreendedorismo.

tipos de empreendedorismo

Nem todo negócio precisa ser uma startup, que costuma ser incerto, e no qual você precisa explorar um mercado novo e oferecer um produto diferente. No entanto, ela tem de forma intrínseca características de que crescerá bastante, escalará muito e vai conseguir atender várias pessoas. Ela conseguirá um dia se tornar um unicórnio - aquelas empresas que valem mais de $ 1 bilhão. É um negócio com potencial grandioso.

A outra opção é criar um negócio Lyfe Style, um modelo no qual você pode abrir sua loja de sapato, restaurante, um curso online, ou qualquer negócio digital que terá um limite no crescimento.

São tipos de negócios diferentes, com estratégias diferentes. Os dois são válidos e você deve ter clareza sobre qual seguir, porque as premissas para criar um negócio escalável e não escalável são diferentes.

##E o empreendedorismo corporativo?

Você pode trabalhar em um empresa e estar super satisfeito. Mas também considerar ter esse mindset empreendedor, sem deixar o trabalho atual.

É claro que essa é uma opção. Mas tem algumas distinções importantes que quero fazer. Primeiramente, explicaremos o que é Agency Issue. O que seria isso?

Agency Issue

Representar interesses de um conjunto bem maior de interessados (stakeholders)

Nossa organização já tem um produto, tem serviços que ela presta, tem um escopo bem definido. Você deve trabalhar dentro deste escopo e agradar os stakeholders, os sócios, investidores, e fazer com as ações estejam alinhadas com os objetivos de todos. É dado um limite, os fundadores do ByteBank tentaram o criar dentro do banco que eles trabalhavam, mas eles não conseguiram avançar e fazer com que as coisas acontecessem rápido o suficiente. Não foi possível porque o banco já tinha agências e uma série de outros interesses. Você pode "esbarrar" em situações como essas, devido às estratégias da empresa.

Existem as restrições do legado da organização, no qual precisamos nos preocupar se produto novo não vai prejudicar o faturamento dos produtos antigos. Você deve pensar em como lidar com tudo isso que já existe. Além desse, existe o Core Business Atual, se você trabalha em uma empresa que faz softwares para restaurantes, por exemplo, e de repente decide produzir produtos para empresas espaciais, é uma mudança radical do conceito. A organização vai perder sua identidade na qual você trabalha. Então, você não consegue fazer qualquer coisa, por ter um escopo limitado.

No caso, você não está assumindo os riscos. Mesmo que esteja sendo proativo, buscador de oportunidades e inovador, no entanto, o risco está todo com os sócios e com os investidores. Se tudo der errado, são eles que vão perder o investimento, você trabalha como um colaborador e tem os seus riscos reduzidos.

lack of skin in the game

Essas são as diferenças... Mas você pode empreender, este será o papel do intraempreendedor(a), que são os empreendedores dentro da própria organização. É um papel importante e as empresas querem pessoas com iniciativa, proatividade, se você tem esse perfil, está em um caminho bom. Os temas que abordaremos no curso vão servir para você também.

Pilares do Empreendedorismo - Os 3 pilares

O que é preciso para começar um negócio? São três pilares:

Fundadores são os empreendedores, são os empresários que criaram o ByteBank, o time de fundação. Ele terão uma bagagem, um aprendizado do passado, o que os americanos chamam de track record (um histórico, uma carreira, tradução livre do inglês). O fator que te torna a pessoa certa para começar um negócio.

Por que os fundadores do ByteBank são as pessoas certas para começar esse negócio? Porque para eles isso é muito importante, eles vão realizar um sonho, e eles já entendem e tem conhecimento (know-how) sobre o negócio. Eles têm gestão, tem as habilidades e as competências necessárias para fazer o negócio dar certo. Cada tipo de negócio vai ter um requerimento diferente das habilidades e dos skills.

Então, empreendedores com skills diferentes podem fazer duas empresas darem certo, sem uma fórmula mágica. Eles são dirigidos por metas e objetivos.

Nós também precisaremos ter uma boa oportunidade. Nem toda ideia de negócio é uma oportunidade. Iremos nos aprofundar bastante nas diferenças, encontrar a oportunidade, dar definição, entender se é uma necessidade real de alguém, se é uma dor verdadeira. Se o usuário do cartão de crédito de uma agência convencional está incomodado o suficiente com o serviço que recebe atualmente? Será que o mercado é grande o suficiente?

Falamos que o nosso público-alvo são os jovens de classe média, mas precisamos saber quantos eles são, para justificar o investimento. Será que o público vai crescer na velocidade que eu preciso? Será que é o momento certo, quais são as forças impulsoras (nos aprofundaremos nessa parte)? Precisamos questionar se é um negócio com lucratividade e potencial de retorno? Como faremos para ganhar dinheiro com o ByteBank?

Descobriremos se o modelo de negócio faz sentido, se ele é lucrativo e quantos clientes precisaremos para começar a ter lucro. Por último, veremos quem serão nossos clientes pioneiros.

Investigaremos sobre os recursos. A parte financeira, identificaremos quanto precisamos investir inicialmente e se teremos os recursos. Como vamos pagar os salários das pessoas que estão trabalhando no negócio, os sócios vão ter que ficar sem receber por algum tempo. Temos que pensar se temos acesso à tecnologia e à pesquisa necessária. Veremos se produziremos algo antes. A quantidade e perfil de pessoas que precisaremos ter acesso para fazer o negócio dar certo. Todos os sistemas, conselheiros e consultores, além dos controles de gestão do mercado.

Existe um Guia de Startups elaborado pela Universidade Havard,

guia do empreendedor

Pense que você precisará validar se deve seguir com o seu projeto de negócio. Para tomar essa decisão, você deve levar alguns pontos em consideração:

Minhas metas estão bem definidas?

Levaremos em consideração outros pontos:

Minha estratégia está correta?

Posso executar a estratégia?

Esse é o modelo proposto por Harvard. Apresentaremos o modelo proposto pelo Flávio Augusto, no podscast do Nerdcast. Segundo ele, o empreendedor deve ter a visão. No caso do ByteBank, olhamos para o mercado de cartão de crédito, vimos a frustração e conseguimos ter a visão em que os usuários conseguiam fazer as compras do cartão de crédito sem burocracia. Pessoas fazendo suas compras de forma rápida e fácil, com o FAC resolvendo os problemas. Os fundadores do ByteBank enxergaram que dessa forma, o mundo seria um lugar muito melhor. É quase como ter uma visão privilegiada, você consegue ver o que acontecerá no futuro.

O Flávio Augusto demonstra esse conceito com o exemplo do time de futebol que ele lançou (Orlando City) no Estados Unidos. Ele percebeu que naquele país todas as crianças estão fazendo aula de futebol na escola e que a quantidade que vão até aos estádios acompanhar as partidas já é maior do que no Brasil.

Porém, ninguém estava investindo nisso. Ele conseguiu ver isso antes de todos. Mas não basta você conseguir apenas enxergar. Como aquelas pessoas que dizem "pensei no eBay antes do seu lançamento...". Infelizmente, a pessoa teve a ideia mas não a colocou na prática. A ideia em si não é uma oportunidade, você precisa ter a coragem de investir o seu capital, se tiver, e de fazer o que for preciso para alcançar o sucesso.

Por último, Flávio Augusto afirma que você deve ter a competência, ter as habilidades necessárias - ou encontrar as pessoas que as tenham.

Seja qual for o negócio que você queira criar, ou o motivo que tenha trazido você para assistir o curso, recomendo que você pense sobre os três pontos. Eles são bastante úteis para validar sua ideia.

Referências da aula:

Sobre o curso Empreendedorismo: da ideia ao plano de negócios

O curso Empreendedorismo: da ideia ao plano de negócios possui 96 minutos de vídeos, em um total de 25 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Startups e Empreendedorismo em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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