PHP: da instalação ao primeiro código

Introdução

Com o aumento do acesso à internet, tornou-se muito comum a criação de sites para representar empresas e marcas que querem expor seus serviços, vender seus produtos e ter contato mais próximo com clientes. Para isso, o PHP se tornou uma linguagem fundamental para criar negócios na internet.

Para compartilhar a importância do PHP, vou contar brevemente pra vocês como foi a decisão da Adopet, uma empresa especializada na adoção de animais de estimação, em usar essa linguagem e colher benefícios para seu negócio.

Para ir ao ar, a Adopet escolheu o Wordpress como sistema de gerenciamento do conteúdo para facilitar a criação das páginas. Com o crescimento da procura pela plataforma, as pessoas responsáveis decidiram adicionar mais funcionalidades ao site, além da adoção de animais.

Por conta da escolha pelo Wordpress, as pessoas desenvolvedoras da página web procuraram por plugins disponíveis que atendessem às suas necessidades. Entretanto, não conseguiram achar nada que resolvesse o problema.

Depois de “quebrar um pouco a cabeça”, a equipe descobriu algo muito interessante: é possível criar seus próprios plugins para Wordpress, utilizando uma linguagem chamada PHP.

Empolgadas com a possibilidade de criar plugins personalizados, as pessoas desenvolvedoras da Adopet então decidiram aprender PHP para implementar as funcionalidades desejadas. E começaram pelo primeiro passo: a instalação, que é o que trataremos neste artigo.

Vamos aprender a instalar e configurar o PHP nos principais sistemas operacionais: Windows, Linux e MacOS. Bora lá?!

Instalação do PHP no Windows

Para instalar o PHP em sistemas Windows, é necessário acessar a página de download do PHP para Windows. Nesta página, à direita, teremos diversas opções de download, separadas de acordo com a versão da linguagem.

Vamos procurar a versão mais recente disponível, algo como "VS16 x64 Non Thread Safe (2023-Jan-31 22:06:06)", e clicar na opção zip, que iniciará o download do PHP pré-compilado, conforme podemos acompanhar na figura abaixo:

Imagem mostra um print da tela da página de download do PHP para Windows. A tela mostra três opções de download, com destaque em vermelho para a primeira opção - Zip [30.21MB].

Após o download, teremos um arquivo com nome semelhante a "php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64".

Vamos copiar esse arquivo para a Unidade C do computador, conforme mostra a imagem a seguir:

Imagem de um print de tela da página do Disco Local (C:), do Windows. Há uma lista de pastas e abaixo da última pasta há uma pasta compactada com o nome “php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64”, destacado em vermelho.

Agora vamos descompactar esse arquivo na raíz do Disco Local (C:); para isso, vamos selecionar a pasta compactada, clicar com o botão direito e selecionar a opção Extrair para "php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64", como é mostrado abaixo:

Imagem do mesmo print anterior, que mostra a tela do Disco Local (C:), com destaque para o arquivo compactado “php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64”. A imagem mostra a seleção deste arquivo. Ao clicar com o botão direito do mouse, é mostrada uma aba com opções. Em destaque vermelho, há a opção que devemos clicar “Extract to php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64”.

Após ter selecionado a opção Extrair para "php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64", será criada uma pasta com este mesmo nome contendo os arquivos descompactados, conforme a figura abaixo na sequência:

Imagem do mesmo print anterior, que mostra a tela do Disco Local (C:), com destaque para a pasta criada a partir da descompactação com o nome “php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64”.

Para facilitar encontrar essa pasta, bem como dar um nome mais semântico e legível, vamos renomear essa pasta para "php":

Imagem do mesmo print anterior, que mostra a tela do Disco Local (C:), que mostra a pasta “php-8.2.2-nts-Win32-vs16-x64” sendo renomeada para “php”.

Ao entrar dentro da pasta, veremos os arquivos da instalação do PHP, conforme mostrado a seguir:

Imagem de um print de tela da pasta “php”, com a listagem dos arquivos de instalação.

Com isso, o PHP já está instalado no seu sistema Windows! No entanto, ele ainda não está sendo reconhecido na linha de comando, o que dificulta sua utilização.

Para fazer com que ele seja reconhecido no Prompt de Comando, vamos incluí-lo nas variáveis de ambiente do sistema.

Para acessar as variáveis de ambiente, vamos pesquisar na barra de pesquisa do Windows por "Editar as variáveis de ambiente do sistema":

Imagem de um print de tela da barra de pesquisa do Windows, que mostra a pesquisa “Editar as variáveis de ambiente do sistema”. À esquerda é mostrada uma lista com os resultados da pesquisa sendo que já existe a melhor correspondência, e à direita destaque em vermelho para o botão “Abrir”.

Ao clicar na opção Abrir, será aberta uma tela "Propriedades do Sistema", onde vamos clicar na opção "Variáveis de Ambiente..." no canto inferior direito:

Imagem de um print de tela da janela “Propriedades do Sistema”, aberta ao clicar em “Abrir”, após a pesquisa feita anteriormente. Há informações de gerenciamento do computador com destaque em vermelho para o botão “Variáveis de Ambiente…” no canto inferior direito.

Após isso, será aberta uma tela com todas as variáveis de ambiente do sistema, divididas em duas categorias: "Variáveis do usuário" e "Variáveis de Sistema". Vamos procurar nesta segunda categoria pela opção "Path", e dar duplo clique nela:

Imagem de um print de tela da aba “Variáveis de Ambiente”, com foco na lista “Variáveis do Sistema”. Há uma lista com duas colunas, do lado esquerdo temos “Variável” e do lado direito temos “Valor”. Há destaque em vermelho para a opção “Path”.

Será aberta uma nova janela que lista todos os diretórios contidos na variável Path. Para adicionar o nosso diretório de instalação do PHP, vamos clicar no botão "Novo" no canto superior direito, que vai nos levar para o campo de edição de texto, em que vamos preencher com o caminho do PHP, "C:\php". Confira abaixo:

$Imagem de print de tela da aba “Editar a variável de ambiente”. Essa aba foi aberta ao clicar na opção “Path” anteriormente. Há uma lista com as variáveis de ambiente do sistema do lado esquerdo, com destaque para a última opção que se trata do local “C:\php”.$

Por fim, podemos clicar no botão "OK", no canto inferior direito.

Agora, para verificar se a instalação funcionou corretamente, vamos abrir o nosso Prompt de Comando Windows e digitar o comando

php -v

E, caso esteja tudo certo, veremos uma tela com informações sobre a versão instalada do PHP, algo como:

Imagem de print de tela do Prompt de Comando que mostra informações da versão instalada do php.

Prontinho, agora o PHP está instalado em sua máquina Windows!

Instalação Linux

Em sistemas Linux, a instalação pode ser feita completamente via linha de comando através da ferramenta de gerenciamento de pacotes, como é característico do sistema.

Instalação no Debian

No Debian, o processo é bem simples. Primeiro vamos garantir que estamos com o repositório de pacotes atualizado através do comando:

sudo apt update

Agora que o gerenciador de pacotes do nosso sistema está sincronizado com o repositório central do apt, podemos fazer a instalação do PHP com o comando:

sudo apt install php

Esse comando já instala a linguagem em sua versão LTS, bem como a ferramenta que permite utilizá-la na linha de comando e os principais pacotes de recursos.

Ubuntu e demais distribuições baseadas nele

Para instalar o PHP no Ubuntu e suas distribuições baseadas, caso você queira utilizar a versão LTS, o passo a passo é o mesmo feito no Debian, porque o Ubuntu é uma distribuição filha do Debian.

No entanto, caso você queira a versão mais recente, vamos precisar adicionar mais um repositório de pacotes mantido pelo desenvolvedor Ondřej Surý, que mantém as versões mais atualizadas da linguagem disponíveis. Para adicionar o repositório, é necessário abrir o terminal e executar o comando:

sudo add-apt-repository ppa:ondrej/php

Após entrar com a sua senha de usuário, será mostrada uma tela com informações sobre o novo repositório adicionado, onde vamos apertar a tecla Enter para concluir a adição.

Confira abaixo:

Imagem de print de tela que mostra o resultado da ação de apertar “Enter” após o comando. As informações mostradas na tela são referentes ao repositório remoto que contém a versão do PHP atualizada.

Agora que o repositório foi adicionado, é necessário atualizar os pacotes para garantir que o sistema reconheça os recém adicionados, através do comando:

sudo apt update

Esse comando atualiza a lista de pacotes contidos em todos os repositórios configurados.

Enfim, podemos fazer a instalação da versão mais recente do PHP, a 8.2 (até a data da escrita deste artigo), através do gerenciador de pacotes, por meio do comando

sudo apt install php8.2-common php8.2-cli

Esse comando instala o interpretador PHP, bem como seu cliente em linha de comando. Após a execução dele, aparecerá uma tela com informações dos pacotes a serem instalados.

Para prosseguir, é necessário apertar a tecla "Y", conforme a imagem:

Imagem de um print de tela que mostra o resultado da ação do comando “sudo apt install php8.2-common php8.2-cli”. As informações mostradas na foto são referentes à instalação dos pacotes do PHP.

Após isso, o PHP e seu cliente em linha de comando serão instalados, e a instalação pode ser verificada através do comando:

php -v

Esse comando mostra informações sobre a instalação da linguagem, algo como:

Imagem de print de tela do Terminal que mostra informações da versão instalada do php.

Prontinho, o PHP está instalado em sua máquina Linux!

Para entender mais a fundo sobre o processo de instalação com o repositório mantido pelo Ondřej Surý, é interessante a leitura da página de perguntas frequentes no Github, que também auxilia no tratamento de erros durante o processo.

Instalação do PHP no MacOS

No sistema operacional MacOS o processo de instalação é bastante similar ao dos sistemas Linux, e pode ser feito completamente em linha de comando.

Para começar, vamos instalar o gerenciador de pacotes Homebrew, com o comando

/bin/bash -c "$(curl -fsSL https://raw.githubusercontent.com/Homebrew/install/HEAD/install.sh)"

Agora que temos o Homebrew instalado, precisamos nos certificar que temos acesso ao repositório de pacotes mais recente através do comando

brew update

Similar ao que acontece no Linux, o repositório que contém a versão 8.2 do PHP não é reconhecida por padrão no sistema, então precisamos adicioná-lo com o comando

brew tap shivammathur/php

Esse configura o repositório, conforme a imagem:

Imagem de um print de tela após a execução do comando anterior. As informações mostradas são referentes à configuração feita pelo comando para a adição do novo repositório.

Agora já temos acesso ao repositório que contém a versão mais recente do PHP, e para fazer a instalação dela, podemos executar o comando:

brew install [email protected]

Essa execução vai baixar as dependências e módulos do PHP, como na imagem:

Imagem de um print da tela do terminal do Mac após a execução do comando anterior. As informações mostradas na foto são referentes ao download dos pacotes e instalação deles.

Por fim, podemos verificar a instalação com o comando

php -v

Esse nos dará informações sobre a versão da linguagem como na imagem abaixo:

Imagem de um print de tela da saída do comando “php -v”, com informações sobre a versão da linguagem instalada.

Prontinho, agora o PHP está instalado em sua máquina!

Gif animado que mostra ao centro a fotografia de um bebê de pele clara e cabelos claros com uma blusa verde e branca fazendo um gesto que lembra uma comemoração. Ele está com os lábios bem pressionados e um dos braços levantado com a mão fechada. Abaixo há a seguinte expressão: “YES!”. Ao fundo há uma imagem geométrica divida em vários triângulos em tons de roxo e azul.

Fonte: https://tenor.com/pt-BR/

Bônus: nosso primeiro programa em PHP!

Agora que o PHP está instalado em nosso sistema, que tal escrevermos nosso primeiro programa na linguagem?

Para isso, vamos abrir um editor de texto! Pode ser o bloco de notas em sistemas Windows, o Gedit em sistemas Linux, ou qualquer outro da sua preferência. Eu vou usar o bloco de notas do Windows.

Com o editor de texto aberto, vou digitar o seguinte bloco de código:

<?php
    echo “Boas-vindas ao universo do PHP!” . PHP_EOL;

Perceba que no início do arquivo temos a instrução <?php, que sinaliza para o sistema que se trata de um arquivo com código php! Mas vamos descobrir o que este código faz?

Para isso, vamos salvar o arquivo com o nome “ola.php”, dentro da pasta de sua pasta de preferência. É importante que a extensão do arquivo seja .php, pois é ela que indica ao sistema o tipo de arquivo.

Agora vamos abrir o terminal e navegar até a pasta onde está salvo o arquivo “ola.php”. No meu caso, ele está salvo no “Desktop”, então utilizarei o comando

cd Desktop

E para garantir que o arquivo que criamos está por aqui, vou usar o comando dir para listar os arquivos da pasta:

Imagem de um print de tela do Prompt de Comando Windows que mostra o resultado do comando “dir”. As informações mostradas são referentes à armazenagem do sistema e uma lista dos arquivos e pastas contidos na pasta atual. Entre as informações exibidas, há o arquivo “ola.php”, criado anteriormente.

Agora que nós certificamos que estamos na pasta certa, podemos executar o trecho de código que escrevemos e finalmente entender sua função. Para isso, ainda na linha de comando, vamos chamar o PHP para interpretar o arquivo que criamos, através do comando:

php ola.php

Esse comando vai passar nosso código pelo utilitário do PHP, executar o programa e nos dar o resultado de sua execução, como na imagem a seguir:

Imagem de print de tela que mostra o resultado do comando “php ola.php”. A imagem traz também o resultado do comando, com a frase “Boas-vindas ao universo do PHP!”.

Conclusão

Neste artigo aprendemos a instalar e configurar o PHP nos principais sistemas operacionais. Além disso, escrevemos e executamos nosso primeiro código na linguagem! Demais, hein?!

Para mergulhar ainda mais fundo, conheça:

Formação PHP
Formação Wordpress
Formação começando com Linux
Artigo CMD: dicas para trabalhar no prompt do Windows
Manual do PHP
Agradecimentos Especiais

Agradeço à Mariana Cerigatto e Vinicius Louzada pelas trocas de ideias, sugestões de melhoria e apoio prestados durante a escrita deste artigo.