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Tipografia: conceitos e prática

Letras e caracteres - Apresentação

Olá, tudo bem? Eu sou o Felipe Labouriau, designer gráfico e instrutor da Alura. Estou gravando esse vídeo do meu quarto, tem uma iluminação rosa atrás de mim, eu estou utilizando uma camiseta preta, tenho a pele branca e o cabelo preto.

Quero te convidar a participar do nosso curso sobre tipografia. Vou te apresentar esse assunto do zero, falando sobre como surgiu a tipografia móvel e como ela chegou ao modelo de tipografia como nós conhecemos hoje em dia.

Falaremos dos aspectos conceituais mais importantes relacionados à tipografia, entendendo, por exemplo, o que é uma tipografia com serifa e sem serifa. Vamos falar também da anatomia dos tipos e as características mais importantes que devem ser observadas.

Vamos explorar não só a tipografia nesse nível mais individual do caractere, mas também falaremos da tipografia agrupada em extensões maiores de texto, e falaremos das estilizações e ajustes que podem ser feitos nesses volumes maiores.

Nosso curso terá uma carga teórica maior, mas também terá uma porção mais prática. Vamos colocar a mão na massa utilizando o software Adobe Illustrator, para aplicar tudo aquilo que nós falamos durante o curso em textos de verdade em uma peça de design gráfico.

Esse curso é para você que está dando seus primeiros passos na área; para você que quer renovar o seu conhecimento; e quer aprender mais sobre tipografia de modo geral. Espero que a proposta tenha te agradado. Te vejo no curso!

Letras e caracteres - Visão geral

Olá, tudo bem? Quero te dar as boas-vindas a mais um curso na Alura. Muito obrigado pela sua participação! Eu vou aproveitar esse espaço para conversarmos rapidamente sobre tudo aquilo que de fato será trabalhado durante o curso.

O nosso curso é sobre tipografia, e eu vou te apresentar os conceitos fundamentais da tipografia, tanto do ponto de vista do caractere individual quanto da tipografia em uso em volumes maiores de texto.

Entretanto, nosso curso não é apenas sobre tipografia, mas também sobre como utilizá-la. Teremos uma porção mais teórica e conceitual, na qual eu terei diversas apresentações para te mostrar conceitos importantes e as origens da tipografia; como trabalhamos a tipografia organizada, por exemplo, em palavras, linhas e parágrafos; e como utilizamos a tipografia não só nas suas características mais fundamentais, mas também aplicada em volumes maiores de texto.

Uma vez aplicada a tipografia, vamos conversar sobre como devemos observar, por exemplo, a acessibilidade, ou seja, como garantir que nosso material não tenha barreiras à maior parte das pessoas.

Falaremos também sobre como escolher a tipografia, quais critérios podemos utilizar. Entenderemos que esse processo decisório é um pouco subjetivo, mas há ferramentas que podem ajudar mostrando referências e com as quais você pode fazer o download de tipografias. Conversaremos também sobre direitos autorais, porque você não pode baixar qualquer tipografia que encontrar na internet.

Após essa primeira porção mais teórica, em que falaremos sobre anatomia tipográfica, sobre serifas, estilos, famílias, e todas as classificações e parâmetros de configuração e padronização tipográficas, nós vamos, ao final, para uma porção mais prática, que trabalharemos no software Adobe Illustrator.

Eu não espero que você seja um especialista nesse software ou que você o utilize no seu dia a dia de trabalho. Mais importante do que necessariamente ficar atento às funcionalidades e ferramentas específicas do Illustrator, é compreender o processo por trás da tomada de decisões durante o ajuste de um texto que traremos para a arte de divulgação de um banco online.

Nós vamos colocar em prática tudo aquilo que conversamos durante o curso ao montar o texto dessa arte. Caso você não tenha o Illustrator instalado na sua máquina, isso não é problemático. É bom lembrar que esse software é pago, mas a Adobe oferece esse software gratuitamente durante um período de 7 dias de teste.

No material complementar da aula em que formos falar sobre isso, eu vou te explicar como conseguir o Illustrator. Caso você trabalhe com outro software de design, não tem problema, porque, novamente, o mais importante é o processo, como você vai executar as ações. Se você trabalha com o Photoshop ou com o InDesign, será mais tranquilo ainda, porque existe um intercâmbio das funcionalidades apresentadas no Illustrator entre os programas da Adobe.

Nesse espaço, eu queria te contar o que veremos no curso um pouco mais a fundo em relação ao vídeo anterior, de apresentação do curso. Não se esqueça de que temos um espaço no fórum para você tirar suas dúvidas, fazer seus comentários e compartilhar os seus trabalhos caso queira. Lembre-se de sempre ler os materiais complementares nos Para Saber Mais, nas atividades, e nos Faça como eu fiz. Mais uma vez, boas-vindas, e até o próximo vídeo!

Letras e caracteres - A tipografia na história

Vamos começar o nosso curso conversando sobre as origens da tipografia. Nesse primeiro vídeo, eu farei um rápido apanhado histórico para entendermos como a tipografia surge no Ocidente e como ela caminha até chegar ao que temos hoje em dia. Eu acho importante que você entenda exatamente o que é a tipografia para, na sequência, trabalharmos sobre ela durante o curso.

A tipografia surge de uma iniciativa de imitar a caligrafia, ou seja, a escrita manual. Mas, diferentemente da caligrafia, não estamos falando de gestos corporais. Não estamos falando de letras desenhadas individualmente, mas sim de manufaturas criadas para a repetição.

Em uma definição ainda mais literal, a palavra “tipografia” deriva do grego Týpos, que significa “impressão”, e Graphía, que significa “escrita”. Então, estamos falando da escrita impressa.

A tipografia surge com os tipos móveis, caracteres individuais que são agrupados em palavras. Palavras criam frases, frases criam linhas, linhas criam parágrafos, e podemos chegar até livros completos. Temos, então, a organização desses tipos em textos. Esses tipos são embebidos com uma tinta e pressionados em uma folha de papel, por exemplo, gerando a impressão.

O primeiro livro produzido em maior escala data de aproximadamente 1450: a Bíblia de Gutenberg, que era um tipógrafo alemão. A partir disso, começamos a ter uma revolução na escrita, porque passamos a conseguir produzir livros em massa de maneira muito mais rápida e fácil do que se dependêssemos de escribas, por exemplo. Em um primeiro momento, teremos trabalho para organizar todos esses tipos em um texto, mas uma vez organizados, basta imprimi-los em uma folha de papel, processo muito mais rápido do que se fôssemos depender de uma pessoa escrevendo cada uma dessas letras e palavras.

No momento em que a tipografia aparece no Ocidente, começam a surgir os estilos tipográficos. Na tela, temos a escrita manual gótica. Vamos lembrar que a tipografia surge da imitação da escrita, então o primeiro estilo tipográfico deriva justamente do estilo gótico. A Bíblia de Gutenberg, inclusive, é impressa nesse estilo, com letras muito pronunciadas e pesadas.

Na sequência, outros tipógrafos que começam a trabalhar com tipografia vão mudando um pouco esse estilo. No século XV, escritores e acadêmicos abandonam o estilo gótico, dando preferência à chamada lattera antica, ou letra antiga.

Observe esse trabalho de Francesco Griffo, de 1495. Note como a tipografia é muito menos pesada e com traços bem mais finos. Esse estilo de tipografia influencia até hoje os tipos chamados Humanistas. Mais à frente no curso, nós vamos conhecer esses estilos a fundo.

Comparando, por exemplo, o estilo gótico à lattera antica, note a diferença que nós temos: a lattera antica é muito mais leve e, de certa forma, até mais fácil de ser lida do que o estilo gótico.

As versões itálicas da tipografia surgem como opções mais rápidas e baratas. Assim, temos o surgimento de uma derivação de um estilo tipográfico, que são as letras itálicas, inclinadas.

Já no Renascimento, os artistas passam a vincular proporções humanas à tipografia. Nos diagramas de Geoffroy Tory, de 1529, observe a tentativa de trazer a tipografia para o rosto humano e de trazer formas mais perfeitas ao desenho dos caracteres. Começamos a ter acabamentos diferentes, as chamadas serifas, nas partes terminais da tipografia. Mais à frente no curso, vamos conversar sobre as serifas. Nesse primeiro momento, estamos fazendo somente um apanhado histórico.

Essas tipografias, por serem gravadas em madeira, um material mais maleável, e não mais em metal, permitem linhas mais fluidas. William Caslon e John Baskerville criam tipografias com uma diferença nas espessuras dos caracteres. Observe a letra S na palavra “Specimen”, por exemplo, e como eu tenho partes mais finas e partes mais grossas. Essas tipografias recebem o nome de Transicionais.

Se você já trabalhou com tipografia antes, talvez já tenha ouvido falar nas tipografias Caslon e Baskerville, criadas em homenagem a esses tipógrafos que são muito importantes na história da tipografia.

Começa a surgir uma nova tendência de traços finos e espessuras contrastadas. Observe como, nos trabalhos de George Bickham, temos traços bem mais delicados e finos do que os anteriores.

Essa disposição foi levada ao extremo no século XIX. Nos trabalhos de Giambattista Bodoni (Bodoni é outra tipografia muito importante), nós temos diferenças muito marcadas entre os traços mais finos e os mais espessos. Observe a letra A, por exemplo, que tem uma perna muito fina e a outra muito mais espessa.

Firmin Didot é outro tipógrafo muito importante na história da tipografia. Temos uma marcação de eixos verticais muito presentes, ou seja, a tipografia é mais verticalizada e alta do que espessa; e temos o forte contraste entre as linhas mais grossas e mais finas, e as serifas, que são os acabamentos das letras, também mais finas. Esses são os chamados tipos Modernos.

Ainda no século XIX, começa a acontecer o processo de industrialização pela Revolução Industrial. Com isso, surge também a propaganda. As pessoas querem anunciar, divulgar aquilo que estão produzindo, aquilo que a indústria está criando. Aparecem, assim, as fontes Monstruosas, que hoje chamamos de Display, que têm propriedades muito exageradas, como no caso do anúncio da tela.

Observe que temos caracteres muito comprimidos, como no caso do texto “The American Cow Milker”. Conseguimos trazer bastante texto, o qual é muito condensado, mas também muito alto. Note como isso é bem diferente do que vimos anteriormente.

Existem estilos chamados, por exemplo, de Fat Face, com o corpo da letra bem espesso; um estilo extra estreito, que é a tipografia bem condensada; as chamadas tipografias egípcias, que são também muito pesadas, mas são mais largas do que as anteriores; e as góticas, com o acabamento da imagem do exemplo.

No século XX, mais próximo da nossa Era, temos uma reação a esses exageros. Os tipógrafos começam a descartar um pouco as tipografias Display e buscam letras puras, chamadas de “não corrompidas”.

Nesse momento, surgem movimentos, como a tipografia desenhada por Theo von Doesburg, em que temos o alfabeto reduzido a elementos puramente perpendiculares. Note como o A, o I, o L, e o J são apenas traços na vertical e na horizontal. Assim, os estilos tipográficos começam a seguir esse tipo de pensamento, como a tipografia do Herbert Bayer: ele traz letras com linhas retas e circulares, e apenas letras minúsculas, as quais, segundo ele, eram o ideal.

Nós temos também a tipografia Futura, que traz dentro de si formas geométricas perfeitas. Essa é uma tipografia muito importante de 1927, criada por Paul Renner.

Esse foi um resumo do movimento da tipografia que deu origem ao cenário de hoje em dia. As tipografias, em um primeiro momento, surgem dos tipos impressos, que queriam imitar a caligrafia e trazer uma produção mais fácil e em maior escala ao texto escrito. Agora, nós temos a possibilidade produzir textos em larga escala.

É evidente que, nos anos mais recentes, surgiu a computação gráfica, impressão que não acontece mais por meio dos tipos móveis, mas esse era o apanhado geral que eu queria fazer com você nesse primeiro momento.

No próximo vídeo, vamos começar a conversar sobre as propriedades mais específicas das tipografias e das famílias tipográficas. Encerramos esse vídeo por aqui, e te vejo no próximo! Lembre-se que temos o nosso espaço do fórum aberto para você tirar suas dúvidas e fazer os seus comentários. Nos vemos no vídeo seguinte!

Sobre o curso Tipografia: conceitos e prática

O curso Tipografia: conceitos e prática possui 117 minutos de vídeos, em um total de 41 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Design Gráfico em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.

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