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Certificação PMP e CAPM: desenvolvendo habilidades em negociação, colaboração e mentoria

Negociação - Apresentação

Boas-vindas a mais um curso de Gerenciamento de Aspectos Humanos em Projetos. Sou Roberto Pina, consultor de empresas e instrutor da Alura.

Para fins de acessibilidade, farei uma breve audiodescrição.

Audiodescrição: Roberto Pina se descreve como uma pessoa de pele clara. Usa óculos, é calvo e não possui barba. Veste uma camiseta de cor preta.

Objetivos do curso

Este curso apresenta conceitos e técnicas ligados ao desafiador tema de Gerenciamento de Recursos Humanos em Projetos e contribui para sua preparação para as certificações CAPM e PMP do PMI. Os conceitos aqui tratados são exigidos no exame.

Para quem é este curso

O público-alvo deste curso são pessoas que desejam conhecer mais sobre Gerenciamento de Projetos e os postulantes às certificações que mencionei, que são a CAPM, a Certified Associate Project Management (Certificado Associado em Gerenciamento de Projetos) e, um nível acima, PMP, Project Management Professional (Profissional de Gerenciamento de Projetos), ambas do renomado PMI.

O que será tratado no curso

O que aprenderemos neste curso? Aprenderemos sobre negociação, princípios e boas práticas, colaboração, clareza e suporte a times virtuais, que é um assunto novo e bastante em evidência, ground rules (regras básicas) e mentoria, além de inteligência emocional.

Benefícios do curso para sua evolução

Os benefícios ao fazer este curso para sua evolução dizem respeito ao seu avanço no conhecimento sobre Gerenciamento de Projetos, contribuição para a preparação dos exames das certificações e, consequentemente, melhoria na sua competitividade no mercado de trabalho.

Próximos Passos

Vamos iniciar o nosso conteúdo aprendendo sobre negociação, princípios e boas práticas. Vamos lá?

Negociação - Princípios e boas práticas de negociação

Negociação

A negociação é um tema fundamental para o gerenciamento de pessoas, tanto no âmbito do gerenciamento de projetos como em qualquer contexto. É uma prática constante, seja nas contratações em geral, no dia a dia dos projetos e até na vida cotidiana. Mesmo sem perceber, estamos, muitas vezes, fazendo negociações, tentando chegar a acordos com as pessoas.

Muitas vezes, nos sentimos desconfortáveis diante de uma situação de negociação. As pessoas se sentem vulneráveis ou ficam muito defensivas partindo para um extremo, tentando assumir uma posição rígida com o objetivo de vencer a negociação.

Primeiramente, é importante compreender que a preparação desempenha um papel fundamental no sucesso de uma negociação. Antes de entrar em uma reunião desafiadora onde ocorrerá uma negociação, é essencial fazer uma análise prévia.

Coletar informações relevantes, refletir sobre os pontos a serem negociados, determinar o que está disposto a conceder e quais aspectos serão firmemente defendidos são passos essenciais para criar um plano mental antes de iniciar a negociação.

Princípios da negociação (Fisher & Ury)

Segundo Fisher & Ury, existem alguns princípios fundamentais para uma boa negociação.

  1. Separar as pessoas do problema (não deixar as emoções contaminarem a discussão).
  2. Concentrar-se nos interesses, não nas posições (ser firme com o problema e afável com as pessoas).
  3. Inventar opções de ganhos mútuos ("ganha-ganha").
  4. Insistir em critérios objetivos (busca por um patamar justo).

O primeiro deles é tentar separar as pessoas do problema, não deixar que as emoções contaminem a discussão.

Devemos focar no objeto da negociação e não em posições pessoais, porque se a disputa começa a ficar entre posições, as pessoas vão defender suas posições e tendem a ser mais fechadas.

Ao passo que se esquecermos as posições pessoais e nos debruçarmos sobre o problema, todos terão um espírito de visão mais analítica sobre a coisa, a coisa vai ficar mais racional, mais objetiva e isso vai facilitar bastante a negociação.

O segundo ponto é nos concentrarmos nos interesses, não nas posições individuais. Devemos ser duros com o problema e afáveis com as pessoas. Colocar na cabeça que não é nada pessoal, estamos tentando resolver um problema, uma questão que está eventualmente em disputa e não quem está certo ou quem está errado.

O terceiro ponto, que é uma ciência e uma arte, é inventar soluções do tipo ganha-ganha, soluções de ganhos múltiplos. Quando saímos de uma negociação onde os dois lados sentem que ganharam, que houve vantagem para os dois lados, isso é uma negociação perfeita. É claro que nem sempre isso é possível e exige bastante criatividade, mas devemos perseguir esse objetivo.

E o quarto é insistir em critérios objetivos e não em opiniões, mas sim discutir sobre um patamar justo.

Em uma negociação de venda de um bem, como por exemplo um carro usado, estou solicitando um valor de 40 mil. Se concentrar em critérios objetivos não envolve simplesmente criticar a outra parte, dizendo que estão pedindo um valor excessivo, como "40 mil é muito". O cerne dos critérios objetivos reside em questionar a base por trás dessa cifra.

Em vez de direcionar a crítica à pessoa que apresentou o valor, é mais produtivo indagar sobre os motivos que levaram a escolher esse montante específico. Discutir o critério em si, e não a pessoa por trás dele, é o que verdadeiramente importa.

Procurando, então, justificar de maneira racional aquilo que está sendo pleiteado. Isso também nos ajuda a focar no objeto da negociação e não nas vaidades, emoções e interesses estritamente pessoais.

Esses são princípios muito importantes para qualquer negociação.

Táticas de Negociação

Há também várias estratégias e posturas que devemos considerar ao realizar uma negociação.

Primeiramente, é fundamental ouvir atentamente a outra parte. O que significa ouvir atentamente? Significa dedicar total atenção, permitir que a outra parte se expresse e demonstrar evidências de escuta. Isso pode envolver tomar notas, parafrasear, ou seja, repetir o que a pessoa disse, e confirmar que entendemos, entre outras práticas.

É muito importante também, como tática, não ter pressa em fechar um acordo. Às vezes a negociação é algo desconfortável e queremos encerrar logo o assunto. Só que esse tipo de precipitação, às vezes, nos leva a fechar acordos ruins. Então, é importante ter paciência na negociação.

E também tomar cuidado com a maneira como colocamos as nossas palavras. Por exemplo, não devemos dizer, "você rompeu com a regra estabelecida". Mas sim, "me sinto prejudicado". No fundo, estamos dizendo a mesma coisa.

Quando expressamos nossos sentimentos em vez de acusar a outra pessoa diretamente, torna-se mais difícil para ela rebater. Ao falar sobre nossos próprios sentimentos de sermos prejudicados, não considerados ou discriminados, estamos descrevendo uma experiência pessoal que ninguém pode negar. Ao focar nos nossos sentimentos, estamos menos propensos a ser contestados.

Sentimos aquilo porque sentimos. Não tem como a pessoa discordar disso. Pode discordar de uma ideia, mas de um sentimento, não. Colocando dessa forma, estamos fazendo a nossa reivindicação ou testando o outro lado em cima de algo que fica difícil de discutir. Também, ao mesmo tempo, não estamos acusando a pessoa de nada.

Não estamos dizendo que você é preconceituoso. Estamos dizendo que nos sentimos discriminados. No fundo, é a mesma coisa, mas a postura é diferente e ajudará que o outro lado não assuma uma posição defensiva, a fim de defender a sua posição.

É importante manter a calma, combinando empatia com assertividade durante uma negociação. Devemos nos posicionar-nos firmemente, porém, ao mesmo tempo, ouvir atentamente e demonstrar receptividade.

É importante não encarar a outra parte como uma adversária, mas sim focar na questão em discussão e buscar estabelecer relacionamentos duradouros. Devemos considerar também as implicações a longo prazo, não apenas o ponto específico sendo negociado no momento.

Para assumir essa postura toda, o que podemos fazer? Uma coisa muito objetiva e fisiológica que podemos fazer é respirar fundo. Então, depois que ouvimos, antes de já responder em cima ou interromper a pessoa, respiramos fundo, respiramos mesmo, e aqueles segundos vão nos ajudar a ordenar o raciocínio e a nos acalmar, para que possamos, então, continuar a negociação de maneira equilibrada.

Conclusão e Próximos Passos

Essas são algumas táticas e princípios essenciais na arte importante da negociação, que se desenrolam diariamente no contexto dos projetos. Conflitos de interesse e diversas situações complexas surgem no cenário humano, demandando uma negociação que equilibre os interesses em jogo.

A seguir, vamos abordar outro aspecto fundamental de recursos humanos em projetos, que é a questão da colaboração. Vamos avançar?

Colaboração - Princípios da colaboração

A colaboração deriva de colaborar, que significa trabalhar em conjunto.

Colaboração

A colaboração consiste em realizar um trabalho conjuntamente, combinando conhecimento, experiência e habilidades, para atingir um objetivo.

Portanto, trata-se de realizar um trabalho em equipe, onde as pessoas combinam conhecimento, experiência e habilidades para atingir um objetivo. Como se esse grupo de pessoas se transformasse em uma única entidade, focada no objetivo, formando um espírito de corpo.

Princípios da Colaboração

  1. Transparência e confiança
  2. Objetivos e papéis claros
  3. Foco em soluções, não em culpas
  4. Gestão de conflitos e aprendizado
  5. Comunicação e proximidade
  6. Celebração de conquistas

Existem alguns princípios fundamentais para a colaboração, que são os seguintes:

Primeiramente, transparência e confiança. Se as pessoas não confiam umas nas outras em uma equipe, fica difícil trabalharem juntas de maneira eficiente. Energia será gasta para defesas e outros expedientes que não focam no objetivo. Portanto, as pessoas devem confiar umas nas outras para formar uma equipe efetiva.

Outro ponto muito importante é ter objetivos e papéis claros. O grupo deve saber onde quer chegar e o** papel de cada um**. Esses papéis podem sofrer um rodízio, podemos trabalhar com multifuncionalidade, mas é importante que todos conheçam as competências necessárias para atingir o objetivo e quando cada um está exercendo cada uma dessas competências.

Outro aspecto crucial para a colaboração é ter foco em soluções, não em culpas. Portanto, falhas, problemas e erros acontecem. Na colaboração, essencialmente, não devemos buscar culpados, nem ficar nos defendendo excessivamente. Mas sim, analisar o que aconteceu, aprender com isso e mobilizar ações para que o fato não se repita e seguirmos em frente. Esse é o espírito da colaboração diante dos percalços que são comuns, principalmente em projetos.

Devemos também ter uma gestão contínua de conflitos e aprendizado. Resolver diferenças de opiniões, diferenças de interesses e aprender com isso, não considerar o conflito ou a necessidade de uma negociação como algo negativo.

A comunicação e a proximidade são fundamentais, mesmo que a equipe esteja distribuída, ela deve, de alguma forma, se sentir próxima. E isso é possível através de uma comunicação efetiva. As pessoas devem ter acesso umas às outras com facilidade. Ninguém pode ficar isolado.

A comunicação deve ser clara, constante e efetiva. Quando precisamos que a equipe saiba algo, devemos comunicar imediatamente e de forma clara. Ninguém pode ficar sem saber o que está acontecendo.

E também, uma prática muito interessante em colaboração, em equipes, é a celebração de conquistas. Cada pequena conquista que a equipe dá rumo ao objetivo, devemos celebrar, reforçar o nosso moral, o moral da equipe, à medida que estamos caminhando rumo aos nossos objetivos.

No desenvolvimento de um produto, por exemplo, cada etapa conquistada, cada entrega, a equipe deve comemorar um pouco para criar aquele espírito de missão, aquele espírito de que estamos vencendo desafios conjuntamente.

Não é necessário organizar uma festa todas as semanas, mas ocasionalmente pequenos momentos simples de celebração podem ser bastante eficazes. E em algumas ocasiões, algo um pouco mais elaborado pode ser útil, pois isso contribui para criar um ambiente de construção de equipe que é importante para os projetos.

Próximos Passos

Esses são alguns princípios fundamentais para uma colaboração eficaz. Existem ferramentas tecnológicas que podem auxiliar na colaboração, especialmente no contexto do trabalho remoto e equipes dispersas? Sim, de fato existem, e abordaremos um pouco sobre essas ferramentas e recursos no próximo vídeo.

Sobre o curso Certificação PMP e CAPM: desenvolvendo habilidades em negociação, colaboração e mentoria

O curso Certificação PMP e CAPM: desenvolvendo habilidades em negociação, colaboração e mentoria possui 76 minutos de vídeos, em um total de 26 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de COBIT, PMP e CAPM em Inovação & Gestão, ou leia nossos artigos de Inovação & Gestão.

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