A Alura Para Empresas é a organização que engloba as soluções corporativas da Alura — a maior escola online de tecnologia do Brasil, voltadas a empresas, órgãos governamentais e instituições educacionais.
Uma coisa é certa: não estamos nem perto da hora de recuar os avanços da tecnologia. Pelo contrário, a tecnologia vem com força em todas as áreas e impacta significativamente o mercado. Por consequência, as soluções digitais conduzem constantes transformações globais, exigindo das empresas e das áreas tech duas atenções principais: atualização constante e adaptabilidade.
No final das contas, os times tech precisam estar atentos aos assuntos sobre tecnologia e movimentos de mercado para prever possibilidades, gerenciar riscos e entregar soluções mais inovadoras em seus mercados. Por isso, este artigo reuniu as principais tendências de TI para os próximos anos. Continue a leitura!
As principais tendências de TI para os próximos anos
Como já dissemos, a tecnologia faz parte do nosso dia a dia e está avançando cada vez mais. Mas, você sabe quais são as áreas de TI em alta? O que o futuro prepara para profissionais deste setor? Vamos conferir agora!

1. Compartilhamento de dados
Segundo o relatório da Deloitte, uma das grandes tendências de TI é o compartilhamento de dados entre as organizações. Trata-se, de forma geral, de uma visão de rede em que, ao simplificar a mecânica de compartilhar informações, as empresas impulsionam umas às outras.
O resultado disso é a construção de novas tecnologias, que dão origem a novos modelos de negócios e a produtos inovadores. O relatório aponta que as organizações vão explorar mais oportunidades de compartilhar dados de forma segura e contínua. As possibilidades, nesse caso, podem ajudar a monetizar seus próprios ativos de informações e alcançar metas de negócios a partir do uso e da análise de dados de outras pessoas.
A Deloitte trouxe, por exemplo, o caso da pandemia do Covid-19, em que pessoas pesquisadoras, autoridades e farmacêuticas passaram a compartilhar, umas com as outras, os dados de testes de vacinas. Nesse caso, a ideia era chegar mais rapidamente em um antídoto efetivo contra o vírus e, em seguida, fosse possível produzir as doses necessárias para toda população.
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2. Automação de processos
A automação é uma tendência que, literalmente, une todas as outras, e ela ganha força tanto como oferta de solução quanto dentro dos processos. É ela quem, por exemplo, viabiliza a análise de dados mais estratégicos, mas também proporciona a otimização do tempo de produção.
A automação de processos também está relacionada à Internet das Coisas (IoT) e ao impacto dessa tecnologia na vida das pessoas. A perspectiva é que o foco da automação cresça em permitir interações entre máquinas mais úteis e complexas. Então, a tendência é que se desenvolvam mais padrões e protocolos globais que facilitem a comunicação entre os dispositivos.
Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias terá ênfase na segurança da IoT — adiante, falaremos também sobre essa tendência. Afinal de contas, ao mesmo tempo que a automação traz benefícios para a vida das pessoas, ela também cria alguns riscos de segurança.
Por isso, o foco dos investimentos será em melhorar os recursos de segurança para impedir as chances de ataques. Para entender mais sobre a proteção de dados atualmente, confira nossa Masterclass sobre cibersegurança na era da IA no vídeo abaixo:
3. Soluções por verticais
As soluções por verticais são, de forma resumida, conjuntos de dados específicos de um setor oferecidos em nuvem por vários fornecedores para diversas áreas, como saúde, manufatura, cadeia de suprimentos, agricultura e finanças.
Cada vez mais, de acordo com Padraig Byrne, diretor do Gartner, a tendência é que as empresas foquem em extrair valor comercial da tecnologia de nuvem, sem se se preocupar com infraestrutura:
“O que vimos foi o surgimento de componentes modulares específicos da indústria, dedicados a determinados segmentos da indústria que permitem às empresas criar rapidamente ofertas diferenciadas sem ter que desenvolver totalmente a tecnologia subjacente.”, afirmou Byrne.
Como conclusão, os fornecedores de nuvem e softwares oferecem soluções específicas para verticais que modernizam processos antigos e impulsionam a inovação.
4. Inteligência artificial
Tudo bem que a inteligência artificial (IA) não é nenhuma novidade. De fato, ela já está presente em todos os aspectos da vida das pessoas. O desenvolvimento dessa tendência de TI não vai parar tão cedo. De acordo com Sundar Pichai, CEO do Google, a IA é “mais significativa que o fogo e a eletricidade”.
A ideia é que a atividade de IA proporcione o aumento de profissionais. Ao mesmo tempo que ela leva, inevitavelmente, ao desaparecimento de alguns tipos de empregos, fará surgir novos postos para substituí-los. No entanto, esses novos(a) profissionais, estarão por dentro das novas tecnologias e aproveitarão as novas ferramentas de inteligência artificial que estão disponíveis.
Outro ponto nessa tendência de TI é o aproveitamento do poder criativo da IA para produzir imagens, sons ou informações novas. Então, por exemplo, ela poderá imitar a inteligência de seres humanos ao pintar um quadro ou ao recriar comunicações em linguagem humana de uma forma mais suave e realista.
5. Blockchain
Tradicionalmente, os processos que envolvem um acordo online de confiança entre duas partes acontecem por meio de uma parte intermediária, como bancos e empresas. Esses serviços ajudam a evitar fraudes e a criar maior segurança de armazenamento e processamento de informações financeiras.
No entanto, quando todos os serviços estão na mão de uma única empresa, ainda existe o risco de não funcionarem de forma segura e eficiente. Por isso, a tendência é que as novas tecnologias girem em torno da descentralização. Ou seja, isso significa remover o controle final de uma única empresa, por meio de uma rede descentralizada construída em torno de consenso e criptografia.
Esse é o princípio de desenvolvimento do blockchain, o qual é uma forma de armazenar dados e executar programas que estão espalhados por vários computadores que não podem sofrer interferências de outras pessoas. A proposta é que essa tendência de TI impulsione uma evolução do relacionamento com propriedade digital e alimente um impulsionamento de consumo no processo.
Um exemplo disso é o uso dessas tecnologias por marcas, como Prada e Balenciaga, para que seus consumidores e consumidoras tenham versões digitais originais dos produtos de luxo.
6. Web3
A Web3 compreende plataformas e aplicativos que permitem mudanças em direção a um modelo futuro de internet que descentraliza a autoridade e a redistribui às pessoas usuárias. A ideia é que isso forneça maior controle sobre como as informações pessoais são monetizadas e fortaleça a segurança dos dados e das propriedades digitais.
Além do mais, a Web3 oferece novas oportunidades comerciais como, por exemplo, novos modelos de negócios e a possibilidade de eliminação de intermediários nos contratos, que são os contratos inteligentes.
7. Internet das Coisas (IoT)
Assim como a Web3, a Internet das Coisas (IoT) continua a expandir seu alcance, conectando dispositivos inteligentes em uma variedade de setores, desde casas inteligentes até cidades e indústrias. A convergência de dispositivos físicos e tecnologia da informação permitirá o compartilhamento de dados e a criação de ambientes mais eficientes e convenientes.
À medida que a IoT se desenvolve, a segurança cibernética será uma preocupação central. Os fabricantes de dispositivos IoT e provedores de serviços precisarão implementar padrões de cibersegurança robustos para proteger os dados dos usuários e usuárias, e evitar vulnerabilidades que possam ser exploradas por pessoas com más intenções.
Quer saber mais sobre a IoT em um papo descontraído? Ouça agora mesmo o episódio sobre Internet das Coisas, Android e até Cerveja no podcast Hipsters #43.
https://www.alura.com.br/podcast/internet-das-coisas-android-e-ate-cerveja-hipsters-43-a543
8. Internet 5G
A internet 5G oferece velocidades de conexão significativamente mais rápidas em comparação com a tecnologia 4G, além de proporcionar uma experiência mais fluida para os usuários e usuárias. Vale destacar que a latência reduzida da internet 5G possibilita a transmissão de dados quase em tempo real, o que é crucial para aplicações que exigem respostas instantâneas, como veículos autônomos e cirurgias remotas.
A internet 5G também deve estimular o crescimento da Internet das Coisas, à medida que mais dispositivos inteligentes se tornam conectados. Isso abrirá caminho para novas oportunidades de negócios e melhorias em diversos setores, como saúde, transporte, manufatura e entretenimento.
Apesar das grandes metrópoles e algumas cidades mais desenvolvidas já possuírem essa tendência de TI que é a internet 5G, no Brasil, ainda faltam muitos lugares para o sinal estar presente.
9. Segurança digital ou cibersegurança
Não existe nenhuma dúvida de que as inovações e as tecnologias trazem diversos benefícios para as pessoas e empresas. No entanto, em contraponto ao bônus surge o ônus, que são os diversos riscos para a segurança de dados e de propriedade digital.
Todas essas inovações, automações e compartilhamentos precisam, cada vez mais, andar em conjunto com uma análise de riscos e com medidas de segurança digital ou cibersegurança. O objetivo é que essas medidas protejam não apenas os dados, mas também as soluções tecnológicas.
Nesse ponto, a inteligência artificial pode ser uma poderosa ferramenta, tanto para permitir que as equipes de segurança respondam mais rápido aos ataques cibernéticos, mas para que também antecipem as mudanças e consigam agir com antecedência.
É importante destacar também o papel do Sistema Imunológico Digital na cibersegurança, o DIS. Uma analogia a como o sistema imunológico do ser humano, que protege o organismo contra ameaças e infecções, aplicado ao setor de tecnologia.
Dessa forma, é necessário adotar uma série de medidas e práticas de segurança cibernética projetadas para proteger redes e sistemas.
10. Identidade digital
Na mesma linha da segurança digital ou cibersegurança, cada vez mais ouviremos falar do termo identidade digital (core digital identity). Ela representa como as pessoas são reconhecidas e autenticadas em plataformas onlines, e sua relevância cresce com o uso de redes sociais e ferramentas digitais.
Para acessar nossos dados bancários hoje, por exemplo, podemos utilizar apenas nossa face ou digital. Assim, tecnologias de identidade virtual, como autenticação multifatorial, biometria e chaves criptográficas, vão ganhar destaque na proteção de contas e informações pessoais. O que, por sua vez, exigirá também um cuidado especial com esses dados.
Para aumentar a proteção, governos e empresas também podem implementar soluções de identidade digital baseadas em blockchain, como vimos, para garantir maior segurança e privacidade dos dados das pessoas usuárias.
Você já é um aluno ou aluna da Alura? Confira um vídeo exclusivo da nossa plataforma sobre Compliance e LGPD: Desafios regulatórios e tecnológicos.
11. Computação em nuvem
A computação em nuvem continua sendo uma tendência de TI para os próximos anos. Afinal, apesar dos avanços, muitas empresas ainda resistem a essa mudança, seja por cautela com o formato ou por dificuldade de migrar para a nuvem.
No entanto, a computação em nuvem oferece diferentes benefícios para a operação, como redução de custos, escalabilidade, acesso a recursos avançados de TI e maior flexibilidade. Apesar das medidas de segurança que a opção exige em criptografias, autenticação e outras ações, ela será cada vez mais atualizada com novos sistemas de proteção para assegurar as organizações e suas necessidades específicas de negócios.
12. Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV)
A Realidade Aumentada também continua entre as principais tendências de TI. E vale destacar sua importância para áreas de educação, treinamento e comércio eletrônico, por proporcionarem experiências imersivas e interativas que atraem a atenção dos consumidores e consumidoras, além de melhorarem a eficiência das operações empresariais.
Diferentes empresas já estão usando a RA para permitir que os(as) clientes experimentem virtualmente os produtos antes de fazer uma compra, como óticas que possibilitam que as pessoas experimentem uma armação por meio de uma câmera apontada para o rosto.
Já a RV pode ser usada para simular cenários realistas, permitindo que os funcionários e funcionárias pratiquem suas habilidades em um ambiente seguro e controlado, como situações de treinamento contra incêndios.
13. Edge computing
O edge computing, ou computação de borda, visa levar o processamento de dados mais próximo da fonte para reduzir a latência e melhorar a eficiência da rede.
Com o aumento do número de dispositivos IoT e a necessidade de processar grandes volumes de dados em tempo real, o edge computing se tornará essencial para várias aplicações, como veículos autônomos, cidades inteligentes, saúde conectada e indústria 4.0.
Ao processar as informações na borda da rede, em vez de enviá-las para a nuvem, as empresas podem obter respostas mais rápidas, economizar largura de banda e garantir maior segurança e privacidade dos dados.
14. Business Intelligence
Com a quantidade crescente de arquivos gerados pelas empresas, não poderíamos deixar de lado a análise de dados e a inteligência de mercado. Por isso, o Business Intelligence (BI) continuará a desempenhar um papel crucial no estudo e interpretação dessas informações.
A previsão é que o BI se torne ainda mais sofisticado, incorporando análises preditivas e inteligência artificial para fornecer insights valiosos para tomadas de decisão estratégicas.
Além disso, as ferramentas de BI já estão se tornando mais acessíveis e amigáveis ao usuário e usuárias, permitindo que profissionais de negócios explorem e visualizem dados por conta própria, sem depender inteiramente de especialistas em TI. Isso permitirá que as empresas tomem decisões mais informadas e baseadas em dados, impulsionando a inovação e o crescimento.
15. Outsourcing de TI
O outsourcing de TI é uma prática em que empresas contratam serviços de terceiros para realizar atividades relacionadas à tecnologia da informação, por isso, merece destaque entre as tendências de TI. Isso porque essa solução é necessária à medida que as organizações buscam reduzir custos operacionais, melhorar a eficiência operacional e ter acesso a especialistas em TI com alta qualificação.
Com o aumento da complexidade das tecnologias e a escassez de profissionais especialistas, muitas empresas preferem terceirizar certas funções de TI para fornecedores confiáveis. O outsourcing de TI pode abranger serviços como desenvolvimento de software, suporte técnico, gerenciamento de infraestrutura, segurança cibernética e análise de dados.
16. Superapps
Os superapps são aplicativos que oferecem uma ampla variedade de serviços e funcionalidades em uma única plataforma. Eles combinam recursos de mensagens, pagamentos móveis, compras online, entretenimento, entrega de alimentos, serviços de transporte e muito mais. O objetivo é proporcionar uma experiência de usuário ou usuária completa, evitando a necessidade de alternar entre diversos aplicativos diferentes.
Essa convergência de serviços em um único aplicativo facilita a vida dos usuários e usuárias e também oferece vantagens para as empresas. Isto porque podem criar ecossistemas digitais mais amplos e fidelizar os clientes. Com a crescente popularidade dos superapps, as empresas de tecnologia buscarão expandir suas ofertas e competir para se tornarem os principais players neste mercado em constante crescimento.
17. Sustentabilidade
Por fim, a última tendência se refere ao aspecto da sustentabilidade: é necessário que a tecnologia se desenvolva de uma forma ambientalmente sustentável. Isso porque muitas tecnologias se baseiam em dados, e o alto consumo de computação traz custos ambientais muito altos. É imprescindível, portanto, que as organizações não desperdicem recursos valiosos.
Nesse ponto, Byrne adverte que não se trata exclusivamente da natureza e das mudanças climáticas, mas também das pessoas por trás dos negócios. É necessário promover um ambiente de trabalho saudável, diverso e inclusivo.
Sem contar que, as pessoas consumidoras e investidoras, cada vez mais, procuram por credenciais verdes nas empresas, por entenderem que seu consumo pode fazer diferença na sustentabilidade.
E aí, como a sua empresa está se preparando para lidar com as tendências de TI para os próximos anos? O que você acredita que será uma inovação para o futuro?
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