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Por que o Golden Circle é a aposta das empresas

Athena Bastos

Athena Bastos


O mundo é povoado por uma infinidade de empresas de diferentes portes, das mais variadas áreas, que atraem inúmeros perfis de talentos e que atendem a públicos completamente distintos entre si.

Mas não importa quão heterogêneo seja o universo corporativo, a concorrência sempre existirá. E, para conquistar o destaque em seus respectivos meios de atuação, é fundamental que as empresas tenham as estruturas de seu modelo de negócio muito bem definidas.

Foi pensando nesses alicerces que o escritor, palestrante e especialista em liderança Simon Sinek desenvolveu o Golden Circle — método que estimula empresas e lideranças a refletirem profundamente sobre os propósitos por trás daquilo que fazem profissionalmente, para que, a partir disso, sejam capazes de engajar tanto suas equipes quanto as pessoas impactadas por seus produtos ou serviços.

pessoas trabalhando

O que é Golden Circle? Conheça a teoria do Círculo Dourado

Para chegar à premissa do Golden Circle, Simon analisou os perfis de grandes lideranças históricas, como Steve Jobs e Martin Luther King, e constatou que a maioria dessas personalidades seguia um padrão comportamental que se refletia na maneira como se comunicavam com seus círculos sociais e profissionais. Esse padrão era ligado ao poder inspiracional de suas ideias e ações.

Segundo Simon, a clareza do propósito era o principal fator pelo qual as pessoas se sentiam motivadas a levar os projetos e ideias dessas lideranças adiante. E é justamente esse o fator que define o princípio do Golden Circle.

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Isso porque, de acordo com a teoria de Simon Sinek, o nível de engajamento das pessoas é muito mais influenciado por um propósito com o qual possam se identificar do que pelo resultado final de um conjunto de ações.

Ou seja: as lideranças que pensam, agem e se comunicam de dentro para fora, e que investem no estabelecimento de uma cultura corporativa coerente para nortear suas estratégias, têm uma probabilidade de sucesso maior do que aquelas que se concentram apenas em seus objetivos finais.

Para ilustrar melhor esse conceito, Simon criou uma estrutura simples que se desdobra em três círculos. Cada um deles é compreendido como uma etapa de desenvolvimento dentro de um modelo de negócio.

A ideia é que o centro seja sempre considerado o ponto de partida, pois representa a essência do todo. Mais uma vez, é uma representação do olhar de dentro para fora, o sentido que norteia as etapas subsequentes.

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Os três círculos do sucesso: quais as 3 perguntas do Golden Circle?

Também conhecidos como “esferas de trabalho”, os círculos que compõem o Golden Circle são representados por um diagrama em formato de alvo, que se divide entre três círculos.

O primeiro e mais importante é o círculo menor e central, chamado de “Por Quê”, seguido do intermediário, chamado de “Como”, e finalizado pelo círculo maior, “O Quê”.

Três circulos com bordas na cor preta, um dentro do outro, o menor e no centro com a palavra "why", o segundo mais interior com a palavra "how" e o mais exterior contendo os outros dois com a palavra "what". Abaixo desse diagrama a frase em azul "do we do?"

Por quê

A primeira etapa do Golden Circle reflete justamente o propósito de um negócio, o motivo de sua existência.

Este é considerado o ponto mais importante do Golden Circle porque estimula a liderança a refletir sobre o que diferencia seu produto ou serviço de toda a concorrência. Além disso, representa toda a essência por trás do negócio, sua filosofia, seus valores e tudo aquilo que a liderança deseja alcançar.

Quando se sabe o porquê da existência de um negócio, a tendência é que tudo caminhe de maneira mais assertiva, e que as colaboradoras e colaboradores envolvidos se sintam motivados a levar a ideia adiante.

Como

A etapa intermediária, o “Como”, diz respeito às estratégias necessárias para que o propósito da empresa seja cumprido. Afinal, para concretizar grandes ideias, é preciso que haja um plano de ação.

Portanto, nesta etapa do Golden Circle, a liderança deve demonstrar que está apta a colocar em prática tudo aquilo que acredita ser a essência de seu negócio, seja no recrutamento, no marketing, no desenvolvimento de produtos e serviços ou em qualquer outro aspecto que possa ser impactado pela cultura estabelecida.

O quê?

A terceira e última camada do Golden Circle, chamada de “O Quê”, representa um objetivo final de entrega. Por ser o círculo distante próximo do “mundo exterior”, é compreendido como o próprio produto ou serviço resultante de todo o trabalho realizado nas outras etapas.

A partir deste ponto, o caminho natural é que a empresa expanda em seu ramo de atuação, pois suas bases já são suficientemente sólidas para que comece a evoluir e alcançar outros patamares de sucesso.

O Golden Circle na prática

Apesar de partir de uma premissa simples, composta por poucas etapas, é importante ressaltar que a aplicação do Golden Circle exige um grande comprometimento e sensibilidade por parte das lideranças na hora de ser aplicado.

Atualmente, a grande maioria das empresas prioriza o investimento em estratégias de marketing focadas em apresentar seus produtos ou serviços como os melhores do mercado, construindo uma imagem para o mundo exterior que nem sempre se sustenta na prática.

Neste caso, o caminho é o contrário ao proposto por Simon Sinek, que foca em uma construção interna mais consciente e madura, para depois divulgar uma imagem mais autêntica e realmente diferente da concorrência.

Como o próprio Simon diz, “As pessoas não compram o que você faz, mas o porquê do que faz”.

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Golden Circle exemplos

Um dos exemplos mais conhecidos de Golden Circle é a Apple. Da gestão de Steve Jobs à gestão de Tim Cook, da oferta de produtos à oferta de serviço, é inegável que a empresa é uma Love Brand. Ou seja, uma marca amada por consumidores e consumidoras de todo o mundo.

Mas o que torna a Apple tão bem sucedida também é resultado da comunicação de uma mensagem. E principalmente, depende do que está por trás dos produtos.

Assim, um exemplo de Golden Circle para a Apple é:

  • Por quê: nós acreditamos em desafiar o status quo e fazer diferente;
  • Como: nossos produtos possuem um bom design e são simples de usar;
  • O quê: nós fazemos computadores, aparelhos de celular, entre outros.

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Athena Bastos
Athena Bastos

Supervisora de Conteúdo da Alura Para Empresas. Bacharela e Mestra em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Pós-graduanda em Branding: gestão estratégica de marcas pela Universidade Castelo Branco - UCB. Escreve para blogs desde 2008 e atua com marketing digital desde 2018.

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