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Ilustração digital: avançando nos conceitos de perspectiva

Planos inclinados - Introdução

Olá, meu nome é Rainer Petter, sou ilustrador, trabalho com ilustração para jogos, livros, revistas, história em quadrinhos, e esse é o curso de perspectiva avançada da Alura.

Caso você não tenha feito o curso de perspectiva básica, recomendo que você faça primeiro, porque aqui no curso mais avançado vamos utilizar vários conceitos que a gente aprende primeiro no curso de perspectiva básica. Caso já tenha feito, é aqui mesmo que você deve ficar e aqui vamos utilizar aqueles conceitos de ponto de fuga, de linha do horizonte que começamos lá, só que de forma mais avançada.

Assim como no outro curso, também gravei esse desenhando no Photoshop, mas você pode desenhar em outros programas, no tablet, no papel, lápis, borracha, e régua.

Essas são as imagens que a gente vai trabalhar durante o curso. Vamos começar entendendo como funcionam perspectivas de superfícies inclinadas, projeção de sombra, como trabalhar com a figura humana nesse ambiente de perspectiva, e também outras possibilidades, onde a gente tem vários pontos de fuga, essas linhas distorcidas para ter um alcance maior na imagem. E para finalizar alguns estudos com a perspectiva isométrica, onde não tem nenhum ponto de fuga.

Vamos lá.

Planos inclinados - Overview

A gente vai começar apresentando para vocês o que vamos fazer durante o curso de forma mais à fundo. Para começar, vamos trabalhar essas superfícies inclinadas. No primeiro curso de perspectiva básica, caso você não tenha feito faça antes desse, lá a gente viu como funciona o ponto de fuga, vários pontos de fuga, como funciona a perspectiva a partir da linha do horizonte.

Quando a gente tem superfícies inclinadas, como o telhado dessas casinhas, a gente não utiliza o ponto de fuga na linha do horizonte. A gente utiliza pontos de fuga que estão lá em cima, embaixo. A gente vai entender como calcular isso de forma com que todos os telhados sigam esses mesmos dois pontos de fuga. A gente vai ter mais de quatro pontos de fuga.

A projeção da sombra também funciona com esses pontos de fuga. A gente vai ver isso, faz parte da perspectiva, como projeta uma sombra vista do alto, mais próxima, mais longe, como isso afeta forma do objeto projetado no chão. Vamos ver várias possiblidades.

Depois a gente vai estudar a parte de figura humana, como a gente calcula o tamanho de uma pessoa, nesse espaço, nessa perspectiva, seguindo esses pontos de fuga. A gente vai ver como aplicar, pensar nessa altura do olhar, na linha do horizonte, que altura do olhar vão estar essas pessoas aqui, como a gente faz para calcular o tamanho dessas pessoas. Às vezes elas não estão alinhadas na linha do horizonte, estão mais alto, ou mais baixo. Como a gente faz para calcular isso.

Aqui a gente vai aplicar os pontos de fuga diretamente na figura humana, a gente vai estudar como funciona tanto na vertical, tanto para cima quanto para baixo, e depois os três pontos de fuga, que a gente viu no primeiro curso, aplicado naquele prédio. A gente vai aplicar na figura humana e ver como funciona toda essa distorção. O que está mais perto fica maior, o que está mais longe vai diminuindo.

Depois disso vamos começa uma parte mais avançada da perspectiva onde a gente não tem essas linhas saindo do ponto de fuga tão retas. Muitas delas são curvas, elas ligam o ponto de fuga a outro ponto de fuga. A gente vai ver primeiro do lado esquerdo essa possibilidade da distorção que a gente chama de perspectiva de olho de peixe, que tem como se fosse uma esfera e nela vão estar todos os pontos de fuga, da forma como a gente vê quando estamos olhando uma bola cromada, por exemplo. Uma bola de metal lisa. A gente vê tudo distorcido, os quatro pontos de fuga. É o que a gente vai ver aqui.

Depois vamos ver essa outra possibilidade de distorção onde a gente vê tudo que está na frente, do lado, em cima, embaixo e o que está atrás. É uma distorção bem maior que a gente abre esse meio tridimensional e coloca numa superfície plana.

Vamos ver como funciona a perspectiva isométrica, como calcular para fazer planos inclinados nessa superfície, como fazer esses círculos, que é um tipo de perspectiva onde a gente não utiliza nenhum ponto de fuga. Ela não tem o objetivo de ser realista, mas é muito útil em muitos tipos de situações, principalmente jogos. Vou mostrar alguns exemplos para vocês, e a gente também pode aplicar em outros tipos de ilustração.

Isso é o que a gente vai ver nesse curso de perspectiva avançada. Estão aí os materiais, é só utilizar o mesmo que você utilizou no curso de perspectiva básica e vamos lá.

Planos inclinados - Planos inclinados

Baixe aqui as imagens feitas no curso para usar de referencia, caso queiram.

Para começar a gente vai fazer alguns estudos de perspectiva onde a gente tem planos inclinados. São aqueles planos que não estão alinhados com a linha do horizonte. Se não estão alinhados, não tem como a gente utilizar pontos de fuga que estão saindo da linha do horizonte para calcular a perspectiva dele.

Vou mostrar um exemplo que a gente utilizou lá no curso de perspectiva básica, que é essa ilustração. No caso lá usei para explicar como funciona uma perspectiva com dois pontos de fuga, que a gente tem a linha do horizonte e essas linhas que seguem do lado direito da casa, indo para o lado direito do horizonte, chegando no ponto de fuga que está fora da imagem, e tem essa outra face da construção que também está indo em direção à linha do horizonte, mas vai chegar em outro ponto de fuga.

Os planos inclinados são aqueles que não seguem essa lógica, não estão na horizontal, a face de cima deles. No caso, temos duas coisas que não seguem. Temos esse telhado, que não está seguindo, não está deitado em relação à linha do horizonte, então não tem como calcular a perspectiva dele a partir da linha do horizonte. O ponto de fuga dessa estrutura está vindo para cá.

Esses pauzinhos que estão segurando esse telhado o ponto de fuga deles está indo para outro lado também, então não dá para utilizar como base para calcular isso aqui o ponto de fuga da linha do horizonte, são pontos de fuga em lugares mais soltos. É isso que a gente vai fazer aqui. Vamos calcular em superfícies inclinadas como a gente faz para encontrar esses pontos de fuga e colocar uma perspectiva certinho.

Vou voltar nesta imagem e primeiramente faço a linha do horizonte. Aqui vou colocar dois pontos de fuga, semelhante a essa imagem que a gente estava vendo agora, e aí vou fazer um plano no chão. Tenho esse retângulo no chão, que é de onde vão sair esse estudo.

Aqui a gente tem essa perspectiva a partir de dois pontos de fuga que estão na linha do horizonte. Esse plano está deitado paralelo à linha do horizonte. Não é porque ele está no chão que está funcionando. É o fato de estar paralelo à linha do horizonte. Poderia estar flutuando, que a gente já viu como funciona no curso de perspectiva básica, se a gente aplica seguindo os dois pontos de fuga vai estar certinho.

Para a gente fazer um plano inclinado, essa parte de cá posso levantar e deixar mais alta. Como faço isso? Vamos utilizar também o ponto de fuga, só que ele não vai estar na linha do horizonte. Onde tenho esse ponto de fuga inicial, que seria da superfície se ela não estivesse inclinada vou criar um ponto de fuga, e é dele que vou puxar as linhas para a perspectiva desse plano inclinado.

Se vou fazer um plano inclinado aqui, essa lateral ainda está paralela ao horizonte, ela ainda vai seguir o ponto de fuga da esquerda. O mesmo seria na hora que vou fechar esse plano inclinado. Aqui como vamos utilizar vários pontos de fuga, mais ainda que no curso de perspectiva básica, é importante apagar sempre porque isso é tudo esboço.

Esse plano está seguindo então a perspectiva do ponto de fuga da esquerda, essa parte que está paralela à linha do horizonte, mas essa parte inclinada está seguindo esse ponto de fuga de cima, a gente levantou um lado do plano e aí ele não está paralelo ao horizonte e a gente tem que calcular diferente.

O mesmo seria se a gente fizesse um ponto de fuga embaixo, para colocar esse plano abaixado na direita. Vou fazer um ponto de fuga lá embaixo e faço a mesma coisa, projeto a linha, e para fechar a face do nosso plano projeto no cantinho o outro ponto de fuga. Olha como a imagem vai ficar bem inclinada, fininha.

Isso a gente utiliza muito quando estamos fazendo algum cenário que tem casa. Tem muito telhado com uma inclinação assim. O exercício que a gente vai fazer de fato é esse exercício de telhado. É o momento que a gente vai mais aplicar quando estamos desenhando cenário, são telhados inclinados, rampas, a gente pode utilizar até essa regra para calcular como colocar a projeção de uma escada, por exemplo. Fizemos já no curso anterior uma escada simples sem utilizar esses pontos de fuga soltos, mas a gente também pode calcular dessa forma. O resultado vai ser o mesmo, mas o processo é diferente.

O que vamos fazer agora é uma casa. Acho que a gente pode fazer duas casas do mesmo tamanho seguindo esses pontos de fuga. Vou mostrar como. Vou até fazer uma camada nova.

A linha do horizonte está ali, coloco um ponto de fuga e outro ponto de fuga. Primeiro faço a base no chão, puxo a parede, e aí vou fazer o cubo da mesma forma que já fiz o plano. Um cubo simples seguindo dois pontos de fuga. Vou dar uma limpada no desenho e dar uma reforçada nesse cubo. Vai ser em cima dele que vamos projetar essa perspectiva desse telhado.

Uma coisa importante aqui é que poderia fazer um telhado inclinado, subindo para cá. Um telhado inclinado só para um lado, igual o exemplo que fiz desse plano. Funciona, só que o que é mais comum são telhados com dois lados, um para cima e outro para baixo.

Para ficar a mesma inclinação dos dois lados a gente tem que calcular os dois pontos de fuga com a mesma distância do ponto de fuga do horizonte. Vou fazer um ponto de fuga, tem o do horizonte. Para calcular o lado direito preciso fazer outro ponto de fuga aqui embaixo com a mesma distância de cima.

Você pode utilizar uma régua se estiver fazendo no papel para calcular certinho. No caso vou simplesmente copiar essas duas bolinhas e arrastar até achar a altura. Aqui embaixo é onde vai estar o ponto de fuga já que quero fazer esse telhado com a mesma inclinação do telhado da direita.

Já tenho aqui a inclinação que vai estar o telhado. Olha como ele está levemente mais alto que a linha do horizonte. Da linha do horizonte traço e acho certinho a inclinação do telhado. Se eu quiser imaginar de forma mais transparente, como um teto translúcido, posso projetar a parte de dentro do telhado. Olha como encaixa certinho.

É assim que a gente faz esse cálculo de superfícies inclinadas, no caso uma para cima e outra para baixo. Essa é a primeira parte do exercício que quero que vocês façam. A segunda parte vai ser baseada no que já vimos no curso anterior, que é a projeção de formas do mesmo tamanho. A gente vai projetar uma casa para o lado do mesmo tamanho e a gente vai aplicar esses mesmos pontos de fuga.

É importante se você estiver desenhando uma cena, uma paisagem urbana, que tem vários prédios, casas, várias casas com telhado inclinado. Esses pontos de fuga aqui só vão funcionar em todas as casas que tiverem exatamente o mesmo tamanho e a mesma inclinação do telhado. Se a gente muda a inclinação do telhado, esse ponto de fuga vai mudar de tamanho. Se a gente muda o tamanho da casa vai mudar também a inclinação do telhado.

Para funcionar esses dois pontos de fuga em várias casas, elas precisam ser idênticas, do mesmo tamanho. E para calcular isso podemos fazer aquele esquema do x, acha um ponto, puxa do ponto de fuga, a partir daí a gente projeta o meio. Sabendo esse meio a gente consegue fazer várias outras iguais. Do mesmo tamanho, projetando para a direita. No caso vamos fazer só duas mesmo.

A gente já tem essas duas construções do mesmo tamanho. Olha como a da esquerda está ocupando uma área na tela muito maior, porque está mais próxima, mas a proporção é a mesma.

Essa linha está saindo e projetando ali. Essa linha do outro telhado vai ser a mesma coisa, saindo e projetando. O telhado dessa casa da esquerda está indo para lá. O telhado da casa da direita seguindo a mesma perspectiva. E aí aqui a gente projeta, posso fazer essa projeção daqui para a linha do horizonte, calcular o tamanho, e aqui a gente tem a proporção da casa.

Se a gente for fazer uma casa maior, por exemplo, vai mudar a inclinação, a gente vai ter que mudar os pontos de fuga. Cada casa de um formato diferente, por mais que todas tenham telhados inclinados, cada casa vai ter sua inclinação, então cada casa vai ter seus dois pontos de fuga, um de um lado e do outro.

O que quero que vocês façam são essas duas casas iguais, utilizando quatro pontos de fuga. O da direita do horizonte, o da esquerda, um de cima e um de baixo. Terminando isso aqui a gente já está pronto para a próxima etapa.

Sobre o curso Ilustração digital: avançando nos conceitos de perspectiva

O curso Ilustração digital: avançando nos conceitos de perspectiva possui 147 minutos de vídeos, em um total de 37 atividades. Gostou? Conheça nossos outros cursos de Ilustração Digital em UX & Design, ou leia nossos artigos de UX & Design.

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